enigma; taekook [c]

duodecim

NARRADOR.

Uma chuva estarrecedora deixava todos da faculdade acolhidos em seus dormitórios depois de uma noticia de ameaça de tufão por causa dos fortes ventos. O barulho era incessante e muitos raios cortavam o céu causando altos estrondos em seguida. Jeongguk estava sentado em sua cama comendo um chocolate enquanto abraçava um travesseiro e mexia em seu celular.

Olhou de relance ao de cabelos castanhos que estava sentado na cadeira do computador. Já tinha se tornado mais que rotina ele ali tentando resolver o jogo de Jeon. Ele passará de algumas fases, mas lhe esperavam muito mais. Ele parecia concentrado e o menor não falava nada, pois sabia que apenas uma palavra proferida de sua boca o tiraria toda a atenção.

Fazia duas semanas desde que Lalisa havia falecido e Jeongguk ainda tentava se acostumar com aquilo, ele esquecia por alguns momentos, sempre pensava em mandar mensagens então nesse momento a ficha cai mais uma vez o trazendo a realidade de que ele não responderia mais nenhuma de suas mensagens ou ligações.

Haviam sido dias um tanto quanto escuros para si. Não que já tivesse essa aura sempre, mas pareceu ficar pior e quem sofria era Taehyung. Jeongguk se sentia um estúpido por trata-lo às vezes rudemente, ele não queria, mas já era algo tão natural que saía sem ao menos pensar.

Viu os olhos de Taehyung perderem a cor diversas vezes por isso e o pedia desculpas em seguida, mas sabia que se continuasse assim o Kim simplesmente desistiria dele.

— Ferinha. — ouviu e revirou os olhos suspirando e encarando o menino.

— Sim. — disse e viu a mão dele se esticar para que o mesmo fosse lá. — jura que nesse frio você quer que eu me levante?

— Eu vou te deixar aquecido meu amor, não se preocupe. — disse com um sorriso e Jeongguk queria poder negar, mas ficava cada vez mais difícil de negar algo ao menino tatuado que lhe cativava mais a cada dia que passava.

Jeongguk se levantou pegando o cobertor grosso enrolando em si e indo devagar ao moreno que riu do mesmo. A cadeira era grande e ele fez o menino se sentar entre as suas pernas e passou os braços pela cintura dele colocando a cabeça no ombro alheio que esperou ele dizer algo. Mas não veio nada.

— E ai Taehyung?

— Ah, desculpa você é muito cheiroso. — deu um beijo no pescoço do menor que se arrepiou, não pelo frio. — eu meio que entendi o negócio dos relógios, mas eu não sei o que fazer com os números. — mostrou o caderno com as anotações feitas e Jeongguk riu vendo o tanto de pensamentos avulsos havia naquelas paginas. Abaixou o cobertor e encostou-se a Taehyung o fazendo encostar-se à cadeira.

— O que nós fazemos com números quando precisamos encontrar algo ou alguém Taeh? — perguntou virando o rosto encostando o nariz na bochecha dele.

— Telefone? — perguntou.

— E esse bando de número dá um endereço de telefone Taehyung?

— Não.

— Outra coisa. — disse.

— Me deixa pensar... — beijou o pescoço de Jeongguk que suspirou percebendo que na verdade Taehyung não queria ajuda e sim proximidade.

— Você já sabe a resposta não é? — perguntou e sentiu a risada do Kim seu pescoço e não pode deixar de sorrir.

— Óbvio isso são coordenadas. — se abraçou ao menino. — mas eu queria ficar perto de você, sério fica aqui eu não gosto de chuvas. — ouviram o barulho do vento em seguida alto e algo bater fora do local.