Acordei assustada com o barulho do meu despertador, já estava me levantando para ir para a escola quando me lembrei que era domingo. Olhei para o despertador, percebendo que o que estava tocando era o meu celular. Esfreguei os olhos e pude ver que eram três e meia da manhã. Quem poderia estar me ligando uma hora dessas? Peguei o celular e vi que era um número restrito, atendendo-o assustada.
— Alô. – Disse ainda sonolenta.
— Te acordei? – A voz do outro lado perguntou, e eu sorri involuntariamente ao ouvi-la.
— Droga, estou sonhando de novo.
— Oi? – Ele perguntou sem entender.
— Nada não. Por que você está ligando restrito?
— Ah, esqueci. Espera aí! – Shawn disse e desligou o telefone. Fiquei olhando para o celular, pensando seriamente se eu não estava imaginando tudo aquilo, quando o celular tocou novamente, e o número de Shawn apareceu no visor. Meu coração palpitou em pensar que ele realmente estava me ligando, e que havia se lembrado de mim.
— Por que você desligou?
— Eu costumo deixar no restrito e esqueço.
— Hum.
— E como você está?
— Bem e você?
— Também. Acabei de chegar de viagem.
— E como foi o show?
— Muito bom, estava lotado.
— Que bom! – Eu disse me lembrando do show em Oshawa, como eu queria poder repetir aquele momento.
— Então, eu estou perto de Whitby.
— Sério? – Eu disse me sentando na cama espantada.
— Sim.
— Como teve show aqui perto e eu não fiquei sabendo? – Estava indignada, querendo ligar o computador e verificar novamente a sua agenda.
— Não, o show não foi aí perto... Ah, é uma longa história. – Ele disse atropelando as palavras. Estava começando a ficar intrigada, Shawn estava aprontando alguma coisa. – Eu queria saber se posso te ver.
— Agora? – Eu perguntei assustada.
— É, a menos que você não possa sair.
— Posso. – Disse. Estava tentando assimilar as palavras dele. Ele queria me ver, ele havia se lembrado de mim e queria me ver. Meu coração parecia querer saltar pela boca.
— A onde eu posso te encontrar?
— Tem uma praça perto da minha casa, não vão muitas pessoas lá.
— Ótimo. – Expliquei para ele como chegar até a praça e ele desligou dizendo que estaria lá em vinte minutos.
Cambaleei até o banheiro, com a sensação de que poderia dar cambalhotas de felicidade. O sonho, aquele em que eu vivi todo meu final de semana passado, ainda não havia acabado. E nada poderia descrever a felicidade de saber que iria vê-lo novamente, que mais uma vez sentiria o toque da sua pele, e o brilho dos seus olhos só para mim. Troquei de roupa rapidamente e saí de casa na ponta dos pés. Eu sabia que minha mãe não ouviria, pois ela toma remédio para dormir, e Frederico dorme que nem uma pedra. As ruas estavam desertas, e o vento gelado batia na minha blusa fina, mas estava ansiosa demais para sentir frio. Cheguei à pequena praça vazia e me sentei em um banco no canto, próximo a uma árvore. Coloquei meus fones de ouvido para tentar me distrair e despistar meu nervosismo, mas a música não conseguia acalmar meus pensamentos. Pensava em como seria ver Shawn outra vez, se meu coração já havia se acostumado com a sua presença ou se seus olhos ainda me causavam tanto deslumbro. Já estava ficando nervosa com a demora, quando Shawn chega por trás e me abraça, fazendo meu coração sofrer um solavanco, acelerando compulsivamente. E então eu pude sentir seu cheiro doce que me fazia tão bem.
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Diário de uma fã
ФанфикEla era uma garota comum, ele um ídolo internacional. Ela o amava mais que qualquer coisa, ele não sabia da sua existência. O universo conspirou a favor dos dois, eles se conheceram. Ela realizou seu sonho, ele descobriu o amor. Ela se tornou o s...