Capítulo vinte e nove

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Acordei no sábado de manhã com os raios solares me incomodando, alguém havia aberto a janela. Já estava me levantando para fechar quando me deparei com um arranjo de flores na mesa do computador. Me aproximei confusa, era um buquê com vários tipos de flores, todas cor-de-rosa. Peguei o cartão que havia no meio delas e abri. Sorri ao ver a caligrafia torta que eu tanto conhecia.

"Eu sei que você prefere uma única flor a um buquê. Mas ainda assim escolhi cada uma delas como se fossem únicas, porque eram para você! Feliz Aniversário!"

Não conseguia segurar o sorriso bobo ao olhar aquele cartão, e aquelas flores tão lindas. Passei a ponta dos dedos delicadamente sobre elas, mal contendo a emoção, finalmente havia chegado o dia do meu aniversário e Shawn havia se lembrado. Então percebi que tinha algo escrito atrás do cartão em letras pequenas.

"Mas eu comprei esta rosa para você e eu preciso saber, você vai deixa-la morrer ou deixa-la crescer?"

Reconheci ser um trecho de uma das suas músicas e tive que me sentar na cama para não cair no chão de tanta emoção que eu estava sentindo. Enxuguei uma lágrima que insistiu em escorrer pelo meu rosto e caminhei lentamente até o banheiro com o coração querendo sair pela boca. Parei no meio do caminho, me virando para olhar novamente o buquê. Por que elas eram rosas? Eu havia dito para Shawn que cor-de-rosa significava o amor, e ele sabia disso. Isso significava que ele me amava? É claro que ele não havia dito, mas ele havia deixado a entender, não havia? Ele poderia ter mandado brancas, eu não me importaria se fossem brancas. Mas ainda assim, mesmo sabendo o significado ele havia escolhido todas elas cor-de-rosa. A minha vontade era sair correndo e gritar com todos os pulmões para todo mundo ouvir o quanto eu o amava. Eu não ligava se me chamassem de louca, eu só queria poder dizer aos quatro ventos que eu era a garota mais feliz do mundo.

Tomei banho agitada, querendo dar cambalhotas de felicidade, e assim que troquei de roupa, peguei o celular e me joguei na cama para ligar para Shawn e agradecer pelo buquê.

— Feliz aniversário! – Ele disse atendendo no terceiro toque.

— É lindo! – Disse animada. – Obrigada!

— Que bom que gostou. – Pude ouvir a sua risada pelo telefone, fazendo meu coração bater ainda mais rápido.

— Eu adorei.

— Eu sei que você preferia apenas uma, mas não encontrei nenhuma floricultura que entregasse um buquê de uma rosa só.

— Não tem problema, eu me senti especial do mesmo jeito.

— Leu atrás do cartão?

— Li e eu definitivamente vou deixá-la crescer.

— Eu fico feliz por isso. – Eu sorri.

— Como você conseguiu que entregassem aqui?

— Eu comprei aí.

— Como assim? – Perguntei confusa.

— Passei aí hoje bem cedo.

— E porque não me acordou? – Estava indignada. Um abraço dele era melhor do que qualquer presente que eu pudesse ganhar.

— Não deu. Se eu demorasse mais de cinco minutos seria um cantor desempregado.

— Exagerado. – Eu disse rindo.

— É sério. Só um minuto. – Ele pediu, e eu ouvi enquanto ele conversava com alguém do outro lado. – Luly, vou ter que desligar agora e ir trabalhar, mais tarde te ligo.

Diário de uma fãOnde histórias criam vida. Descubra agora