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Marina

Eu e Taehyung andamos por entre as pessoas que dançam incansavelmente pelo salão. Todos já aparentemente alcoolizados, ou pelo menos bem empolgados.

Sem sentir mais o aperto de Taehyung em volta de meu pulso, paro de andar, olhando ao redor, mas são quase todos mais altos que eu, me dando a visão apenas de cabeças, cabelo e me fazendo engasgar com a mistura de perfumes com as bebidas.

Piscando um pouco, consigo por fim sair do meio de todas aquelas pessoas.

Como posso ter perdido um cara do tamanho do Taehyung?

Me pergunto diversas vezes enquanto fico na ponta dos pés, o que é um pouco difícil por conta dos sapatos.

Ocasionalmente desviando-me de algumas pessoas, sinto alguém tocar meu braço. Sei que não é um esbarrão comum, já que não há pedidos de desculpas sussurrados, assim como a mão permanece em meu braço.

Me virando já com um sorriso no rosto, ergo uma sobrancelha ao perceber quem segura meu braço.

Seus cabelos escuros para cima, deixando a testa lisinha à mostra. O rosto bonito, com nariz fino e maxilar marcado, onde um pequeno sorriso se projeta ao me avaliar.

Suas roupas são como as "padrão" de todos os caras da festa. Um terno chique com uma camisa social desabotoada nos primeiros três botões.

Mas este usa calças jeans escuras, que combinam com seu terno preto sobre seu ombro e a camisa social azul escura.

- Marina! - O garoto sorri mais, abrindo um poucos os braços. Entre seus dedos, uma das taças do bar com um líquido colorido quase no fim. - Não sabia que viria!

Ele continua falando, o rosto animado enquanto espera por uma resposta. Vasculhando em minha memória à procura de alguma informação sobre esse ser, por fim abro um sorriso sincero.

- Gustavo! - Mesmo parecendo impossível, ele abre mais o sorriso, os olhos cor de mel brilhando mesmo à pouca luz. - Eu é quem deveria estar surpresa com sua presença! O que faz aqui?

- Não que eu namore alguém... - Ele começa, indicando minha mão que carrega meu anel de compromisso com Taehyung. - Mas digamos que minha presença seria indispensável.

- Como...

- Meus pais meio que tem uma grande parceria com a Pledis Entertainment por conta de alguns contratos de 2008... - Começa o rapaz, tomando um gole do conteúdo de sua taça com um pequeno sorriso. - Somos amigos da família, muito acesso coisa e tal.

- E como... - Ele me interrompe mais uma vez, fazendo-me revirar os olhos, o que lhe arranca uma risada baixa.

- Como estou naquela escola? - Ele pergunta e confirmo. - Eu pedi. Não gosto muito de chamar atenção.

- Disse o cara que está ostentando um relógio que custa minha casa e tomando um drink numa mansão. - Digo, cruzando os braços.

- Seria falta de educação recusar um convite de seu tio. - Ele dá de ombros.

- Seu tio é...

- Han Sung Soo. - Ele confirma. - Não tenho muito contato com ele, mas meu pai... - Ele mais uma vez dá de ombros. - De qualquer forma, se você encontrar mais alguém que não conhece pela casa, pelo menos para aquele lado. - Ele aponta para uma das portas duplas brancas, cuja está trancada, servindo de encosto para algumas pessoas que se agarram. - Vai achar minha família.

- Mas não era brasileiro? - Pergunto, confusa.

- Nasci no Brasil, mas como disse aquela vez, de longe pareço um coreano. - Ele diz, rindo e finalizando o drink. - Vamos alí no bar?

Amor ou Ilusão? [Livro 2]Onde histórias criam vida. Descubra agora