Capítulo 6

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sou muito dorminhoco, admito. mas hoje tive que me levantar mais cedo para fazer o pequeno-almoço para a Carol, porque, tadinha, tinha discutido com o melhor amigo e aposto que não queria comer. mas eu vou mudar isso.

Acordei às 07:30h, apesar de só ter aulas às 9h, vesti-me rapidamente e vim à rua comprar croissants para comermos, claro.

Ia pelo corredor, em direção ao elevador quando chamam por mim.

- Luis?- chama o Henrique.

- Bom dia.- sorriu-lhe.

- Bom dia. já vais para as aulas?

- não, só às 9h. vim buscar croissants para o pequeno-almoço.

- A Carol gosta deles simples, quentes e c queijo e fiambre.

- obrigado, hei-de fazer isso.- volto a sorrir.

- olha, achas que ela está muito chateada comigo?- ele encara o chão.

- não, tenho a certeza que vocês vão-se entender.

- acho que não, a discussão foi feia.

- queres que fale c ela?- pergunto.

- não, não. vai ser pior. apenas não menciones nada, pode ser que ela sinta saudades minhas.

- ela sente, acredita.- encorajo.

- achas mesmo?- ele olha-me esperançoso.

- claro que sim, vocês estão juntos à muito tempo, não pode acabar uma amizade assim sem mais nem menos.

- não tenho esperança nenhuma.- ele entristece.

- hey meu, não tiques assim.- abraço-o.

- eu gosto mesmo muito dela, sabes? fui eu que a ensinei a andar de bicicleta, fui eu que a ajudei a atar os sapatos. e agora por uma coisa mínima, ela manda-me embora.

- olha Henrique, eu não prometo que consiga falar c ela...- ele interrompe-me.

- não, não fales c ela. não digas que falei contigo. Apenas trata bem dela.

- eu trato, não te preocupes.

- já agora, quando chegares a casa adianta-lhe o relógio porque ela põe o despertador muito tarde e depois anda a correr para se arranjar.- assinto c a cabeça.- e nós dias dr chuva, põe sempre um guarda-chuva na mala dela, se não ela esquece-se.- apenas olho para ele.- as chaves de casa. ela perde sempre as chaves de casa. tens umas suplentes?- assinto.- ainda bem, é que...

- Henrique, relaxa. não vai dar tempo de eu fazer essas coisas por ti, porque vocês vão fazer as pazes.

- mesmo que não voltemos a falar, quero que ela fique bem.

- ela vai ficar.- ponho a mão no seu ombro.- mas bem, deixa-me despachar que são quase 08h.

- sim, claro. desculpa. vemo-nos por aí.

- ok, até já.- digo, e corro no corredor.

Fui imediatamente à pastelaria sem sequer parar para pensar direito na informação que o Henrique me dado, apenas queria chegar o mais rápido a casa sem que a Carol acordasse.

Nem tão pouco depois das 08:15h quando cheguei a casa cheio de croissants saídos do forno, pus tudo no balcão e fui adiantar o relógio da Carol para despertar naquele preciso momento.

Mal ele despertou ouvi uma voz ensonada de quem queria dormir mais umas 48 horas seguida, ajoelhei-me à beira da cama e sorri para ela.

- Bom dia.- digo a sorrir.

Começamos de novo?Onde histórias criam vida. Descubra agora