Capítulo 20

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o jantar já tinha sido servido, e estávamos todos a conversar e rir à volta da mesa. o ambiente estava agradável menos a parte de quando o Luis decidia que descansar a mão dele na minha perna não era grande coisa

Isso deixava-me mesmo desconfortável, mas era só atos de amigos, dois bons amigos.

Que mais poderia ser?

- Carol?- a minha mãe puxa-me dos meus pensamentos.

- diz.

- vou fazer uma entrevista, quero-te presente filha.- assinto.

Levanto-me e ando atrás da minha mãe.

A entrevista corre muito bem, mas é chato ouvir a minha mãe a faltar de futuros projetos enquanto faço de "vela" para a câmara, até porque chega sempre uma parte da entrevista que se fala na área pessoal. eu odeio isso; por exemplo, o ano passado, perguntaram-me se já tinha planos de casamento c o Henrique. Era uma novata, entende-se. Neguei imediatamente e o Henrique riu-se. foi sempre assim c os mais novos na área.

- Carol, estás lindíssima esta noite.

- obrigada, a senhora também.

- e tu, tens algum plano para o futuro?

- bom, neste momento quero acabar a universidade e o resto vem por acréscimo.

- podemos considerar o acréscimo como relações amorosas?

- sim, era exatamente isso que estava a falar.- forço um sorriso.

- nada de namorado por agora?

- não, estou completamente solteira.

- continuação de uma boa noite para vocês e para os vossos lindíssimos pares.

- obrigada.- eu e a minha mãe dízemos em uníssono.

Olho para a minha mãe que parece que tem pontos de interrogação à volta da cabeça, não sei se quero explicar-lhe agora, sinceramente.

- não me faças esse olhar mãe.

- como assim és solteira?

- quem é que é solteira?- o Henrique aparece c o meu telemóvel na mão.- A Paula ligou.

- depois ligo-lhe.

- quem é que é solteira?- insiste novamente.

- a Carol, pelo jeito.

- estás solteira por alma de que santo?- pergunta-me espantado.

- eu posso explicar...- Luis interrompe-me.

- hey, como correu?

- correu bem.- sorriu-lhe.

- isso de estares solteira foi repentino?- a minha mãe pergunta-me.- eu sempre soube desde o momento em que não quiseste convidar o Ayrton.

- Ayrton!- enervo-me.- olha chega, eu sei o que faço.

- Luis, vai para a beira da Helena que eu já volto.- ordena-o.- anda Carol.- agarra-me no braço - c licença.

Ele puxa-me até ao balneário feminino e pede-me para verificar se tem alguém, uma vez que está livre entro e ele atrás de mim, tranca a porta.

Sento-me no lavatório de mármore preta cuidadosamente limpa e brilhante e espero que o Henrique exploda uma bomba no meu colo, enquanto isso caminha de uma lado para o outro puxando o cabelo freneticamente para trás.

Aprecio o espetáculo e questiono-me porque raio o Henrique está assim, quer dizer, não tem motivos. acho.

Sou interrompida dos meus pensamentos quando o Henrique se posiciona entre as minhas pernas e massaja as minhas coxas.

Começamos de novo?Onde histórias criam vida. Descubra agora