o jantar já tinha sido servido, e estávamos todos a conversar e rir à volta da mesa. o ambiente estava agradável menos a parte de quando o Luis decidia que descansar a mão dele na minha perna não era grande coisa
Isso deixava-me mesmo desconfortável, mas era só atos de amigos, dois bons amigos.
Que mais poderia ser?
- Carol?- a minha mãe puxa-me dos meus pensamentos.
- diz.
- vou fazer uma entrevista, quero-te presente filha.- assinto.
Levanto-me e ando atrás da minha mãe.
A entrevista corre muito bem, mas é chato ouvir a minha mãe a faltar de futuros projetos enquanto faço de "vela" para a câmara, até porque chega sempre uma parte da entrevista que se fala na área pessoal. eu odeio isso; por exemplo, o ano passado, perguntaram-me se já tinha planos de casamento c o Henrique. Era uma novata, entende-se. Neguei imediatamente e o Henrique riu-se. foi sempre assim c os mais novos na área.
- Carol, estás lindíssima esta noite.
- obrigada, a senhora também.
- e tu, tens algum plano para o futuro?
- bom, neste momento quero acabar a universidade e o resto vem por acréscimo.
- podemos considerar o acréscimo como relações amorosas?
- sim, era exatamente isso que estava a falar.- forço um sorriso.
- nada de namorado por agora?
- não, estou completamente solteira.
- continuação de uma boa noite para vocês e para os vossos lindíssimos pares.
- obrigada.- eu e a minha mãe dízemos em uníssono.
Olho para a minha mãe que parece que tem pontos de interrogação à volta da cabeça, não sei se quero explicar-lhe agora, sinceramente.
- não me faças esse olhar mãe.
- como assim és solteira?
- quem é que é solteira?- o Henrique aparece c o meu telemóvel na mão.- A Paula ligou.
- depois ligo-lhe.
- quem é que é solteira?- insiste novamente.
- a Carol, pelo jeito.
- estás solteira por alma de que santo?- pergunta-me espantado.
- eu posso explicar...- Luis interrompe-me.
- hey, como correu?
- correu bem.- sorriu-lhe.
- isso de estares solteira foi repentino?- a minha mãe pergunta-me.- eu sempre soube desde o momento em que não quiseste convidar o Ayrton.
- Ayrton!- enervo-me.- olha chega, eu sei o que faço.
- Luis, vai para a beira da Helena que eu já volto.- ordena-o.- anda Carol.- agarra-me no braço - c licença.
Ele puxa-me até ao balneário feminino e pede-me para verificar se tem alguém, uma vez que está livre entro e ele atrás de mim, tranca a porta.
Sento-me no lavatório de mármore preta cuidadosamente limpa e brilhante e espero que o Henrique exploda uma bomba no meu colo, enquanto isso caminha de uma lado para o outro puxando o cabelo freneticamente para trás.
Aprecio o espetáculo e questiono-me porque raio o Henrique está assim, quer dizer, não tem motivos. acho.
Sou interrompida dos meus pensamentos quando o Henrique se posiciona entre as minhas pernas e massaja as minhas coxas.