Dê-me o que mereço e faça-me feliz

O RESULTADO

Logo chega o fim de semana, estou feliz, pois conversei com o meu marido pelo telefone e Rapha conversou com as crianças, Alê continua dormindo comigo, diz que irá dormir até o Thor voltar, diz também que Stella está te mimando e mantem a sua promessa de não contar nada ao Sr. Tom por enquanto. Sábado amanheceu nublado, mas domingo o sol aparece e vamos todos para a piscina. Dani, Erik e Beta se juntam a nós e fazemos uma farra na água. Thomas está nos braços de Dani que tenta lhe ensinar a nadar, Adam está sempre ao meu lado, nos damos tão bem, adoro seu jeitinho e ele também parece me curtir bastante. Ele olha para Dani ensinando o irmão a nadar e fala:

– Papai estava lhe ensinando, mas de uns tempos para cá, ele sumiu.

– Ele não sumiu.

– Sumiu sim. Ele não vai mais em casa, fala as vezes com a gente no telefone, mas não aparece.

– Você e sua mãe já falaram sobre isso?

– Não. Acho que eles se separaram, mas ela não quer dizer, quando ele liga, fala só comigo e com o Thomas, mamãe sai até de perto.

– Você já perguntou a ela o que está acontecendo?

– Não. Tenho medo dela dizer que meu pai não vai voltar nunca mais.

– Mesmo que eles tenham se separado, ele vai continuar sendo o seu pai, vocês serão sempre pai e filho. Mesmo que ele não esteja agora com vocês pode ter certeza que uma hora ou outra ele vai aparecer morto de saudades.

– Se os meus pais se separarem o que eu faço? – sua carinha de tristeza me corrói por dentro.

– Eles têm o direito de se separarem se quiserem, mas de vocês, eles nunca irão se separar, pois filhos são para sempre. Seu pai irá apenas morar em outra casa e você e o Thomas irão poder vê-lo sempre que quiserem.

Abraço o meu pequeno e começo a brincar com ele para que possa esquecer de seus problemas.

A semana caminha tranquilamente, levo e busco as crianças na escola, faço o trabalho da Rapha e o meu, falo as vezes com Thor pelo telefone ou em e-mails. Eu, Alê e as crianças visitamos Erik, Dani e Beta na quarta à noite e pedimos uma pizza, mas mais uma vez minha cunhada come como uma louca e quando chegamos em casa coloca tudo para fora e se deita ao meu lado todo murchinha. Quinta, Alê e eu vamos ao shopping depois que pegamos as crianças na escola e compramos as fantasias que usaremos em sua festa. Adam escolheu a fantasia do capital américa, Thomas o do homem aranha, Alê escolheu a da mulher maravilha e eu a da Cleópatra, comprei também uma para Thor, para ele escolhi uma de deus grego; um pedaço de pano branco que o deixará quase nu, caído em apenas um ombro e se tornando uma saia e um cinto, uma sandália e uma coroa de louro pintada como se fosse de ouro. Fico até excitada em imagina-lo vestido de deus grego. Final de semana vamos para a piscina na casa de Dani e Erik e a zorra é por lá. Na segunda levo as crianças para escola e vou direto para a clínica. Dani, Erik e Beta estão sentados na sala de espera, me junto a eles e quero saber se Beta já fez o exame, eles dizem que sim e que estão esperando o doutor os chamarem. Não demora muito uma enfermeira aparece e diz que o médico nos aguarda. Seguro a mão de Dani que está suando frio, Beta segura a outra. Entramos na sala do doutor que realizou a inseminação e ele nos recebe com um sorriso. Ele pede que nos sentemos, mas há apenas duas cadeiras, Beta se senta em uma e eu, Erik e Dani ficamos em pé, estamos nervosos demais para sentarmos.

– Bom, – diz o médico – aqui está o resultado do exame de sangue – ele mostra um envelope. – Deixei para abrir com vocês.

Ficamos o olhando, ansiosos e apreensivos, ele rasga o envelope e ler, dobra o papel e nos olha, seu olhar não diz nada, não sorri e nem faz cara de decepção.

– Fala doutor – Dani se estressa – pelo amor de Deus!

– Positivo.

Todo meu corpo se arrepia, Dani agarra o marido, Beta se levanta sorrindo e eu à abraço forte. Dani e Erik também a abraçam chorando e sorrindo e a agradecem. Dani vai para casa com ela e eu e Erik vamos para o escritório radiantes de tanta felicidade, de lá ligo para Thor e o faço feliz com a notícia.