PROBLEMAS COM A MATERNIDADE

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Assim que chego no escritório, Rapha me chama em sua mesa e diz:

– O Harry apareceu lá em casa ontem e pediu para dar um a volta com as crianças, também pediu desculpas por ter demorado tanto tempo para ter coragem de olhar em nossos olhos novamente. Precisa ver como os meninos ficaram loucos com a volta do pai.

– Imagino! Fico muito feliz por ele enfim ter voltado ao convívio dos filhos, aqueles meninos não merecia tanta saudades. Falar pelo telefone não é a mesma coisa de um abraço, olhos nos olhos e carinhos.

– Eu o pedi para pegar os meninos pelo menos um final de semana por mês. Ele adorou a ideia de levar os meninos para o seu apartamento. Me agradeceu dezenas de vezes como se eu tivesse fazendo um favor. Ele não se acha digno de exigir seus direitos de pai.

– Ele quis falar de vocês?

– Não, ele quis falar de Dani, me perguntou se ele está bem e quando eu disse que ele seria pai em menos de três meses, Harry perdeu até a cor. Acho que ele nunca mais na vida irá conseguir esquecer o Dani.

Dani e Erik chegam e mudamos de assunto. A barriguda mais linda da minha vida também chega com eles. Beijo Beta e digo como em todos os outros dias que ela está linda.

Certo dia contrato um fotógrafo que faz uma sessão de fotos com Beta, Dani e Erik, Alê, com os irmãos e o namorado. Eu também entro nessa e fico no meio de Alê e Beta. Os álbuns ficam lindos como a história de cada uma dessas crianças que estão prestes a chegar para iluminar nossas vidas.

Stella faz um jantar para reunir a família, na mesa falamos dos bebês e quando chegamos em casa Thor fala novamente de sua vontade de ser pai e mais uma vez brigamos. Ele não falta nenhuma consulta com a psicóloga e diz que ela quer me conhecer. Aceito o convite e o acompanho em uma consulta. Dra. Saphira, me estende a mão sorrindo, retribuo o sorriso e digo que é um prazer conhecê-la. Saphira aparenta ter quarenta anos, mulata de olhos puxados; fruto de negro com japonês, linda e muito simpática. Seus cabelos, como os meus estão quimicamente tratados, na altura dos ombros e com uma franjinha.

– Como estão as coisas, Angel? – Saphira me pergunta – Posso lhe chamar, assim? É porque o Thor sempre lhe chama desse jeito carinhoso.

– Claro que pode. Estou curiosa para saber o que o meu marido anda falando de mim para você. – sorrio e olho para Thor que também sorri.

– Ele fala do amor que sente por você, de como se sente bem ao seu lado, de como você é especial e de como o casamento lhe faz feliz.

Mordo o lábio e o olho, acho que cheguei a suspirar.

– Conversamos muito sobre várias coisas, mas o que ele gosta de priorizar é o casamento, ele teme em um dia lhe perder.

– Isso nunca irá acontecer.

– Também acho que não. – Saphira se encosta em sua cadeira. – Você consegue se imaginar sem ele?

– Não.

– E você Thor, consegue ver algum motivo que possa separá-los?

– Vejo vários e por isso tenho medo.

Olho surpresa para ele e digo:

– Me diz um motivo.

– Minha mãe.

– Ah, claro. – me encosto também em minha cadeira.

– Você – Saphira me olha – acha que sua sogra seja um motivo forte para separá-los, Angel?

Dê-me o que mereço e faça-me felizOnde histórias criam vida. Descubra agora