Jonas Bencke
O rapazinho magrelo anda todo assustado pelos corredores e, muitas vezes preciso o empurrar. A quantos dias está sem comer?! Fica caindo. Coisa chata do cacete!
– Vou ter que te arrastar?! – Ele nega com a cabeça e já começo a me irritar com o tal Natan. Viro-me para ele de uma só vez e lhe acerto a cara com uma porrada bem dada. Ele cai pra trás e eu faço questão de prende-lo contra o chão com meu antebraço em seu pescoço. – Vai andar direito?!
Ele concorda com a cabeça finalmente. Os seus olhos arregalados de medo estão me encarando. Sorrio de volta fitando seus olhos castanhos, então olho para trás. Rápido. Que cheiro lindo. Ela. Uma moça. Uma moça da limpeza. Deixei o cara no chão. Ela não é bonita. Vai ficar linda. Linda.
Me viu. Ela me viu e correu. Correu rápido! Maldita seja a salada! Preciso de carne. Quero o sangue. Um pouco do gosto dela. Só um pouco! Ela corre. Eu corro mais. Corro atrás. Ela conhece o lugar. Eu também. Eu conheço. Conheço essa porta, ela entrou. Não adianta trancar a porta. Não adianta chamar ajuda. O telefone dessa sala nunca funciona. Deixe eu lhe deixar linda.
Linda. Linda. Vermelho. Gosto de ferro. Sangue quente. Eu quero sentir. Sentir o gosto. Porta fraca. Está entornando! Entortando! Vai abrir.
– My name is Jonas... ♪
Chuto a porta de novo. Ela grita. Chuto mais. Outro grito. Grita mais. Gosto quando gritam. Grita! Outro chute. Outro grito. Eu vou te deixar linda.
Uma mão no meu ombro. Magrelo. Natan. Tira a mão de mim! O empurro e chuto a porta. Ela chora. Eu ouço. Não chore, vai ficar linda. Chutei. Abriu. Quebrei a porta. Sala com pouca luz e bagunçada. Vai servir. Ela tentou me jogar objetos. Gargalhei. Peguei pelo pulso.
Peguei e joguei no chão. Estou em cima dela. Não consegue sair. Gosto delicioso. Sangue. Ainda tão quente, tão doce. Enche minha boca. Enche meu rosto. Se debata mais! Eu gosto. Você agora é linda. Muito sangue. Suja meu rosto. Ela ainda está respirando. Vai durar. Muito sangue quente, doce. Sangue. Tão bom... Muito linda, muito quente, muito doce, muito ferro. Cheiro delicioso.
Me olhando. Está olhando. Natan. Venha, Natan! Peguei ele pela nuca, pelo cabelo. Peguei e abaixei na frente dela. Fraca. Já não consegue levantar. Fica tentando se arrastar para longe. Volte aqui!! Puxei pelo pé. Vai ficar ainda mais linda!
– Bebe.– Ordenei colocando o rosto dele no lugar mais lindo. Mais vermelho. Mais encharcado. Apertei. Apertei o rosto dele ali. Ele também vai achar lindo. Vai achar lindo SIM!! Não adianta tentar falar. Bebe! Não adianta tentar me empurrar. Bebe! Não adianta tentar levantar. Eu não deixo! Bebe o sangue. Eu também bebo. Bebo o sangue. Mordi outro lugar. Ela reclama. Tinha uma régua de metal na mesa. Usei a régua. Quebrei o dedo. Quebrei e tirei pedacinhos dos dedos. Guardei no bolso. Bolso do uniforme.
Natan bebeu. Bebeu eu ouvi. Agora está sozinho. Não precisa da minha mão para beber.
– Morde. – Puxei pelos cabelos. Puxei o magrelo que já esta ficando lindo. Lindo com o cheiro dela. Coloquei a cara dele onde eu não mordi. Ele não quer!! Não quer morder!! Bati a cara dele nas costelas dela. – Morde!!
Ele morde. Obedece bem. Obedece com medo.
Ela parou. Parou de respirar direito. Não posso perder! Pescoço. Muito sangue. Tirei a pele. Tirei do pescoço. Não quero pele. Sangue. Quero sangue. Quente. Não morno. Quero quente. Quente! Empurrei o queixo. Para ter mais sangue. Empurrei. TOCK! O som surdo de novo. Não vai acabar. Essa não vai!
Mordo mais. Mais.
Natan encosta. Encosta no ombro. Encosta assustado.
– TIRA A MÃO! – Ameaço morder ele. Ele afasta. Afasta dois passos. Mordo mais aquele pescoço. Ela não mexe. Não mexe mais. Tem que ter mais sangue. Tem que ter. Chupo no pescoço. Chupo para vir mais. Mais sangue! Tão lindo, tão doce, ferro, gosto de ferro quente.
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Island Asylum
Gizem / GerilimATENÇÃO! ESTA HISTÓRIA CONTÉM CONTEÚDO INAPROPRIADO PARA PESSOAS SENSÍVEIS Você conhece o inferno? Bem vindo a essa ilha. Estamos em meados do século XX, a medicina em franca expansão. Uma grande construção foi erguida e comportaria o expurgo da so...