Capítulo 2 - Pedido

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Capítulo 2 - Pedido

[...]
A primavera chegou a Nova York e conforme a temperatura da cidade aumentava, Christian e Anastásia avançavam e esquentavam cada vez mais aquela nem tão inocente relação.
- Melhor pararmos por aqui. - Christian falou tirando a mão da coxa da morena.
Ambos estavam se beijando ardentemente nos fundos do colégio. Correto, o jovem tentava se controlar mas atrevida, Ana sempre queria mais.
- Você é tão certinho, Christian Grey. Aposto que em uma das suas vidas passadas deve ter sido um príncipe daqueles bem caretas e virgem. - Levantou-se da grama, batendo a mão sob si para tirar as folhas que estavam grudadas em suas roupas.
- Você nem acredita em vidas passadas, senhorita Steele. - Roubou um último beijo dela que deu risada e juntos, eles foram ao pátio da frente da escola, onde encontraram Ethan e Mia.
Mia era a irmã mais nova de Christian e tinha dezesseis anos enquanto Ethan, tinha vinte e um. Ambos namoravam firme há oito meses. Se conheceram em uma missa em homenagem as vítimas do onze de setembro, onde ela perdeu o avô adotivo e ele, os pais.
- Oi casal! - Ethan acenou para eles.
Ethan era magro, pouco  musculoso e pálido. Seus cabelos eram cacheados e escuros. O jovem estava no penúltimo ano da faculdade onde cursava gastronomia, mas sempre que podia dava uma escapada para ir até o colégio visitar a namorada.
- Vocês não se desgrudam mais hen? Parecem até aqueles casais chatos de comercial de margarina! - Mia ironizou  brincando com eles.
- Mais grudentos que vocês,  impossível. - Ana retrucou se sentando na beira da mesa.
- Até porque de tão fofos vocês chegam a ser irritantes. - Christian completou segurando na cintura de Ana.
- E esse grude vai ser pra sempre né príncipe? - Mia deu um selinho no rapaz. - Até o mesmo curso que meu gatinho faz pretendo fazer também. 
- Sério? - Ana perguntou surpresa.
- Super sério. - Ethan confirmou bebendo um gole de suco. - Ela vai cursar gastronomia, como eu. Um dia, teremos nosso próprio restaurante francês, que será um dos melhores de New York. 
- E nos casaremos, teremos um monte de filhos e seremos muito felizes, como nos contos de fadas. - Mia disse toda sonhadora. - E vocês? Já decidiram qual curso irão fazer?
- Ainda não. - Christian negou olhando para a namorada que também fez sinal de negativo com a cabeça. - Mas é provável que eu faça algo que me permita assumir os negócios do papai um dia, pois é o sonho dele e por consequência, o meu. 
- E eu pretendo fazer algo relacionado a música que como sabem, é minha paixão. - Ana afirmou dando um sorrisinho de canto de boca. - Quem sabe eu não vire uma professora de piano ou musicista?
~*~
- Acredita que Carrick teve a audácia de me dar 10% das ações da minha empresa como se fosse uma esmola? Minha vontade naquele momento era de apertar o pescoço dele até que ...

 - Quem sabe eu não vire uma professora de piano ou musicista? ~*~- Acredita que Carrick teve a audácia de me dar 10% das ações da minha empresa como se fosse uma esmola? Minha vontade naquele momento era de apertar o pescoço dele até que

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- Para com isso, pai. - Elena, uma loira de cabelos longos e cacheados o repreendeu. - O senhor precisa aprender a controlar seu ódio. Vive me dizendo isso, mas não pratica! - A jovem completou se deitando no sofá da sala da cobertura que ficava em um prédio de classe alta de NY. 
- É muito difícil fingir que adoro aquele imbecil do Carrick  durante todo esse tempo, que está sendo um verdadeiro  martírio. Sabe o que Billy me disse? Que além de mudar o nome e o segmento da minha empresa, aquele idiota mudou toda a decoração também! - Steve começou a andar de um lado para o outro, ainda raivoso. 
- Normal, já que agora querendo ou não a empresa pertence à ele. - A loira suspirou olhando para o lustre de cristal que brilhava intensamente no teto.
- Não por muito tempo! Elena, você precisa conquistar logo o Christian, esse é o único modo de conseguir que o controle da empresa volte para as minhas mãos.
- Vai ser difícil, já que Grey só tem olhos para aquela tal de Anastásia. Menina sem sal, sem graça. Não entendo o que aquele gatinho viu nela. - Colocou o braço atrás da cabeça e suspirou.
- Ana não é nem um pouco sem graça. - Jack discordou entrando na sala. - Você sim é super sem graça, bastarda. - Olhou para Elena com desdém.
- Pare com isso, Jack. - Steve deu uma bronca no filho. - Temos que nos unir nesse momento. Só assim iremos conseguir a nossa empresa de volta, entenderam?
- Entendemos. - O loiro fingiu concordar, revirando os olhos.
~*~
(Mansão dos Grey)

- Então quer dizer que nesses meses todos Steven ainda não foi na empresa? - Grace questionou enquanto se deitava na enorme cama de casal da suíte que dividia há muitos anos com o marido.
- Não, mas todo mês deposito uma quantia generosa de dinheiro na conta dele do banco para suas despesas gerais. - O loiro respondeu, enquanto vestia uma camiseta de tom acinzentado.
- Não acha estranho ele não frequentar nossa empresa mesmo sendo acionista? - A mulher de cabelo castanho escuro perguntou se ajeitando na cama.
- Lá vem você de novo. Não adianta né? Você nunca confiará no Steve. Tem uma implicância gigante com ele há anos, mesmo sabendo que o tenho como  irmão. - Abriu o armário e pegou mais um cobertor, pois a noite estava ficando fria.  
- Não consigo explicar, mas desde que vi ele pela primeira vez, senti que não prestava. Percebo que sente inveja do seu sucesso, aliás, não sou só eu que percebo isso, sua mãe também dizia a mesma coisa. Uma pena que você não consiga enxergar isso. Mesmo assim por favor, tome cuidado com ele. - Pediu enquanto o empresário se deitava e estendia a coberta sob eles.
- Apesar de não achar necessário, prometo tomar cuidado com ele, se isso for lhe deixar mais tranquila. - Deu um selinho nela.
- Obrigada! Boa noite querido. - Despediu-se sorrindo.
- Boa noite, Grace! - E respirou fundo, virando-se para o outro lado a fim de dormir também.
~*~
[...]
Mesmo em pleno início do século XXI, lá estava Christian, vestido com roupa social composta por terno e gravatas pretas, cabelos lambidos de gel e as pernas bambas de nervosismo, prestes a pedir Anastásia em namoro para seus pais.
- Quais são suas intenções com minha filha, rapaz? - Um desconfiado Raymond  questionou  medindo o garoto de cima a baixo.
- Intenções? Er... - O moreno deu uma rápida olhada para Ana que estava sentada com sua mãe, Carla, no outro sofá, quase tão apreensiva quanto ele. 
- Ray... Deixe o menino respirar primeiro antes de enchê-lo de perguntas! Christian, quer um café? Chá, sanduíche? Sente-se e relaxe! - Carla sugeriu sendo simpática e amigável.
- Não, obrigado. - O jovem se sentou no sofá á frente da poltrona do delegado. -  Olha,  amo demais a filha de vocês. Tenho certeza que Ana é a mulher da minha vida. Que é com ela que casarei e terei filhos em um dia não muito distante.  Por isso, garanto que minhas intenções com ela são as mais sérias possíveis. - Explicou  afrouxando o nó de sua gravata, enquanto suava frio.

Depois de ler esse capítulo alguém aí tem raiva do Christian ainda? Hahahaha
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