Capítulo 43 - Descobertas

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Capítulo 43 - Descobertas.

- Você foi até a empresa? Está maluca filha?! - Carla perguntou ao visitar Anastasia no hotel e aproveitar para levar o resto das roupas para ela.
- Fui sim e estou totalmente dentro do meu juízo. Aliás, aquela empresa também é minha. - Ana lembrou guardando suas roupas no armário. - Tenho uma porcentagem bem interessante dela, aliás.
- Conseguiu falar com Christian?
- Ia falar, mas Steve apareceu e sei lá, travei novamente. Ainda não estava pronta para encara-lo, mas juro que essa é a última vez que hesito. - Olhou para a mãe. - Juro que a partir de hoje não hesitarei mais em tomar minhas decisões.
- Mas o que pretende fazer? - Carla perguntou sentando-se na cama da filha.
- Irei falar com Christian e explicar que quero meus filhos de volta. - Foi até a penteadeira e se olhou no espelho. - Então arrumaremos uma forma de conversar com meus filhos e explicar que estou livre, sou inocente e...
- Ana, antes de tomar qualquer atitude você precisa saber de uma coisa muito importante. - A médica se levantou e foi até ela.
- O que foi? - A morena se virou e encarou Carla vendo os olhos da mãe começarem a se encher de lágrimas.
- Seus filhos não sabem que você foi presa.
- Como assim? Christian inventou o que para eles? Uma viagem? Já sei, disse que eu estava em  outro país trabalhando? Talvez tenha sido melhor assim, pois elas nem precisarão saber que fui presa. - Deduziu sorrindo.
- Não Ana. Grey mentiu para os filhos dizendo que você estava morta.
- Ele... Ele o quê? - Ana arregalou os olhos boquiaberta.
- Ele criou uma farsa de que você tinha morrido em um acidente há dez anos. Na verdade, seus filhos nem sabem que você é a mãe deles. Christian pegou a foto de uma mulher qualquer e disse que era a mãe dos meus netos.
- Ele não faria isso. - Ana fechou os punhos sendo tomava pela raiva.
- Faria tanto que fez. Seu marido
fez um pacto com todos lhes oferecendo dinheiro para que não contassem jamais as crianças sobre a sua existência. Steve e Billy por exemplo, aceitaram o acordo porque Carrick lhes dá dinheiro todo mês, já que depois do que aconteceu no julgamento, os Greys romperam relações com os dois. Elena se fez de boazinha e calou-se, mesmo não tendo recebido dinheiro algum e agora está noiva do Christian. Já eu e seu pai nos recusamos, por isso nunca pudemos nos aproximar das crianças nesses anos todos. De tempos em tempos Grey nos manda informações sobre nossos netos através de Grace, mas nunca pudemos ter uma relação de neto e avô com as crianças pois o desgraçado nunca nos permitiu. Até pensamos em reagir mas ele tem a guarda das crianças, qualquer coisa que fizéssemos poderia prejudicar nossos amores.
- Ele não tinha esse direito! - Ana pegou um vaso que havia por perto e o jogou na parede, partindo-o em mil pedaços. - Como teve coragem de fazer uma coisa tão baixa como essa comigo?! Se fingir de viúvo e fingir que estou morta? Maldito! Como vou recuperar meus filhos se eles nem sabem da minha existência, mãe?! - Começou a chorar de desespero, mas logo limpou as lágrimas passando as mãos pelo rosto. - Já chega! Hoje mesmo vou resolver essa situação.
- O que vai fazer minha filha?
- Logo a senhora vai saber mãe. - Respondeu enigmática. - Mas antes disso preciso que me conte tudo o que aconteceu durante o tempo que fui presa, não quero mais ser pega de surpresa por nenhuma notícia desagradável.  
- Pode deixar querida, irei te contar tudo.
~*~
- Você tinha que ver, filho. Aqueles pestinhas surtaram quando eu disse que ia me casar com Grey.  - Elena contou  mastigando um pedaço de torrada durante o café da manhã com o filho.
- Imagino! Phoebe não curte a ideia de alguém substituir sua mãe. - Alec justificou bebendo um gole de seu achocolatado.
- Mas a opinião dessa pestinha não me importa nem um pouco.  - Elena deu de ombros.
- Não fale assim da Ebe. - O garoto de olhos claros e cabelos escuros repreendeu a mãe.
- Alec, preciso conquistar esses pirralhos senão não poderei me casar com Grey e assim,  conseguir roubar as ações que ele tem na empresa para juntar com as do meu pai e virarmos os acionistas majoritários daquele maldito lugar! É nosso direito afinal, a empresa era do meu pai, os Greys que roubaram de nós.
- Mãe, eles não roubaram nada, foi meu avô que vendeu a parte dele para a família Grey porque faliu a empresa, sabes muito bem disso.
- Está defendendo aquela corja Alec Lincoln?! Eles não valem nada, passaram a perna em nós, mas vamos honrar o nome da nossa família, pode ter certeza disso. - Afirmou dando um sorriso maléfico. - E você vai nos ajudar.
- Como? - Levantou-se da cadeira e arqueou a sobrancelha.
- Conquistando a pirralhinha da Phoebe. Assim, garante que a fortuna da empresa ficará para todo sempre com nossa família. - Riu maldosa.
- Mãe, a senhora é louca. - Pegou sua mochila e a pôs nas costas. - Não vou fazer isso de jeito nenhum. Ah, já ia me esquecendo, ontem uma amiga sua esteve aqui.
- Amiga? Mas não tenho amigas. - A loira deu de ombros.
- Uma tal de Stefany que disse ter estudado com a senhora no ensino médio. Ela até disse que me conheceu quando bebê. Ah, e ela mandou dizer que logo voltará e que está morrendo de saudades da senhora.
- Não conheço nenhuma Stefany.
- Não? Que estranho! Bom, vou pra aula que ganho mais, tchau!  - Se despediu dela para ir embora do apartamento dos Lincolns.
~*~
- Beth, estou tão preocupada. - Grace desabafou enquanto conversava com a vovó em seu quarto. - Essa volta da Anastasia, o que vai ser dos nossos netos? Ela já saiu há mais de um dia e até agora não apareceu, o que será que está tramando?
- Com certeza vai querer fazer justiça, Grace. - A senhorinha avisou sentando-se em sua poltrona. - E temos que apoia-la pois vai querer se reaproximar das crianças.
- Claro, temos que apoia-la sim, desde que não faça nada que prejudique meus netos.
- Anastasia jamais faria isso, nós a conhecemos. - Elizabeth disse a olhando de rabo de olho, pois estava ocupada fazendo tricô.
- Será mesmo? Dizem que a prisão transforma as pessoas para pior. E se isso aconteceu com Anastasia? E se ela decidir ferrar com todos, sem medir as consequências? Confesso que esse é meu maior medo nesse momento, sogra. - A morena desabafou suspirando.
~*~
- Elliot continua tão lindo e forte, Mia. - Katherine comentou  vendo uma voto sua com o jogador da época em que  namoravam. - Foi tão difícil revê-lo...
- Kate, será que essa não é a oportunidade que a vida te deu de reconstruir a história de vocês? Poxa, você e meu irmão se amavam tanto, não deveriam ter se separado daquela maneira. Tenho certeza que se tivesse contado a ele da tentativa de estupro, vocês ainda estariam juntos.
- Eu era muito nova na época, cunhada. Dai surtei, virei policial, anos atrás consegui por na cadeia o canalha que me atacou. Agora já se passou muito tempo, é tarde demais para mim e para ele. - A loira disse guardando a foto de volta no criado-mudo. - Ei, nem pense em contar ao Elliot sobre meu segredo. - Alertou-a.
- Kate, fiz um pacto de silêncio com você e com a Ana, lembra? Jamais contaria nem a meu irmão, nem a ninguém sobre o que aconteceu naquela noite. Sei muito bem guardar segredos, mesmo que sejam os mais tristes e sombrios. - A loira garantiu apertando a mão da amiga e se lembrando de sua omissão no julgamento, fato que a corroía cada dia mais.
~*~
[...]
Já era madrugada e Grey estava em seu quarto deitado na cama olhando para o teto. Gostava de ficar assim, calado, lembrando do passado.
De um tempo que não voltaria nunca mais.
Fechava os olhos e se lembrava do sorriso mais lindo que já viu na vida, o de Anastasia.
Foi tão apaixonado por ela, mas não a via há sete anos, desde que a visitara no hospital e doara seu fígado quando o presídio passou por uma rebelião e ela se feriu. Se sentia culpado por nunca mais tê-la visitado, mas como manteria contato com Ana, se ela não queria mais vê-lo? Com toda a razão, aliás.
- Senhor Grey? Está acordado ainda? - Gail perguntou baixinho batendo na porta do quarto dele.
- Oi? - Christian se levantou, colocou um roupão preto e abriu a porta.
- Acho melhor o senhor descer agora mesmo e discretamente, é muito importante. - A  empregada avisou parecendo aflita.
- Está bem. - Notando a apreensão dela, o rapaz fechou a porta do quarto, passou pelos corredores com cuidado para não fazer barulho e acordar os familiares e descendo as escadas até a sala de estar, onde teve a maior surpresa de sua vida. - Ana?!

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E finalmente tivemos o reencontro u.u

O que acharam?

Amanhã continuamos a maratona, deixem seus votos e comentem esse capítulo do babadooooooooo kkkkk

O próximo juro que ta de arrasar <3

Se der posto a noite, senão só amanhã.

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