[...]
- Sinto muito que tenham largado a lua de mel por minha causa. - Carrick lamentou já de volta a mansão Grey. Por recomendação médica, estava em absoluto repouso em seu quarto, sendo mais que mimado por sua esposa e filhos.
- Não tem problema. Precisava ver se o senhor estava bem mesmo e fico feliz que esteja. - Christian falou pondo a mão sob o ombro do loiro.
- Mas até que aproveitamos um pouco da lua de mel, visitamos alguns pontos turísticos bem legais. - Ana, que estava ao lado do marido, contou sorrindo.
- Tiraram fotos? - Grace perguntou se levantando da beira da cama e a morena assentiu com a cabeça. - Venha, quero ver tudinho. - Foi em direção a morena, segurou sua mão e juntas, caminharam para fora do quarto deixando pai e filho sozinhos.
- Como está se sentindo filhão? - Carrick perguntou curioso.
- Feliz Carrick! Ana é maravilhosa, carinhosa e hoje, mais do que nunca tenho certeza que ela é a mulher da minha vida. - Respondeu ficando corado quando Ray entrou no quarto.
- Carrick, eu... Christian? Já voltaram da lua de mel? - O homem perguntou franzindo o cenho.
- Sim senhor Steele. - O moreno respondeu indo até ele e apertando sua mão.
- E onde Annie está? - Olhou para os lados.
- Saiu com minha mãe agora há pouco.
- Ah sim. Bom, chequei as câmeras de segurança das ruas pois desde o onze de setembro, estamos implantando um sistema moderno na cidade toda para que possamos vigiar tudo e todos. Até conseguimos uma boa imagem do carro que te atropelou, mas a placa infelizmente era fria. - Revelou olhando para o empresário.
- Já imaginava, mas obrigado por ter investigado, Raymond. - Carrick agradeceu.
- Vou continuar investigando, esse caso vai ficar aberto até encontrarmos quem te atropelou, prometo. - Garantiu e o loiro assentiu com a cabeça.
~*~
- Este será o quarto de vocês enquanto estiverem morando aqui, Ana. Como pode ver, não está totalmente decorado pois não sei direito qual seu gosto pessoal. - Grace explicou entrando em uma das suítes da mansão.- É enorme e muito lindo! Olha o tamanho dessa cama! - A morena levou as mãos a boca, totalmente impressionada e Grace deu risada.
- Espero que seu tempo nesta casa seja feliz e agradável, querida. - A abraçou. - Mas onde estão as fotos?
- Na minha bolsa! Daqui a pouco o motorista subirá com as malas, daí te mostro. - Sentou-se na cama.
- Ah, preciso te contar uma coisa. Não sei se você sabe que Christian tem uma avó. - Sentou-se ao lado dela e cruzou as pernas.
- Sei sim, ele me contou que desde o acidente com o pai do seu marido, ela se afastou da família.
- É, mas ela está de volta e hospedada nesta casa.
- Sério? - A morena indagou surpresa.
- Sim querida. Elizabeth é uma grande mulher, forte, decidida. Acredito que tem muito a ensinar não só a você, mas a mim também. No passado tivemos alguns problemas, pois ela sempre foi muito apegada ao Rick e acabava se intrometendo um pouco além da conta na minha relação com ele, mas espero que a partir de agora tudo fique bem entre nós todas. E olha Ana, estou aqui para o que você precisar. - Segurou a mão dela. - Sei que parece assustador se casar e vir morar com a família do marido, mas tenho certeza que vai se adaptar.
- Com o apoio da senhora? Tenho certeza. - Ana afirmou sorrindo e apertando a mão dela.
~*~
- Filho, precisamos conversar. - Elizabeth disse entrando no quarto de Carrick após o jantar.
- Claro, venha. - Ela sentou-se na beira da cama dele e respirou fundo. - Parece tensa, o que houve mãe?
- É sobre esse atentado que você sofreu.
- Não sabemos ainda se foi um atentado ou um simples acidente. Não tire conclusões precipitadas. - Ele a alertou passando a mão por seu topete.
- Nós dois sabemos muito bem que foi atentado. Tem muita gente que quer seu mal, Rick. Você precisa tomar cuidado, andar sempre com seus guarda-costas.
- Mas eu ando com eles, mãe. Só que o Starbucks é pertinho da empresa, achei que não tinha necessidade.
- Depois do que aconteceu ontem, você já deve ter notado que tem sim necessidade. Eu já perdi seu pai, não posso te perder também. - A senhorinha disse com os olhos lacrimejando.
- A senhora não vai me perder dona Beth, eu prometo. - O loiro fez carinho no rosto dela.
- Então tome mais cuidado. Vivemos em um covio de cobras, aqueles canalhas fingem que nos adoram, mas na verdade nos odeiam.
- Já vai começar? - O loiro revirou os olhos.
- Eu criei o Steve, meu filho. Sei muito bem que a essência dele não é boa, que sempre sentiu inveja de você por ser mais bonito, inteligente e interessante que ele, assim como Billy que tem motivos de sobra para te odiar e sabemos disso.
- Os meus problemas com Billy já foram superados há muito tempo, mãe. Hoje somos amigos e Steve nunca fez nada de mal contra mim e duvido que atentaria contra minha vida. Por favor, pare com essa implicância!
- Não vou parar coisa nenhuma, Carrick. E algum dia você descobrirá que estive certa o tempo todo sobre esses trambiqueiros. Só espero que quando se der conta disso, não seja tarde demais.
[...]
Meses Depois...
O fim de 2003 estava próximo e Ana estava com trinta e oito semanas de gravidez. Há meses morando na casa do marido, sentia-se praticamente adaptada. Seu quarto estava decorado ao seu rosto, assim como o de seu bebê que se chamará Theodore, em homenagem ao pai de Carrick.
Christian estava indo muito bem na universidade ao lado de sua irmã, Mia, e seu melhor amigo Jack. Naquele ano Elena começou a cursar publicidade e durante os intervalos da aula, costumava ficar conversando animadamente com Grey. Mia sempre contava a Ana o que sua rival sabia e de vez em quando a morena acabava brigando com o marido por ciúmes. Christian sempre argumentava que não fazia nada demais com Elena e que como ela era irmã de seu grande amigo, não tinha coragem de trata-la mal. Apesar de brigarem constantemente, tudo sempre acabava em beijos e declarações afetivas do moreno mais belo de New York.
Raymond continuava tentando encontrar pistas do atropelamento do sogro de sua filha, mas a investigação esfriou e por falta de provas teve que arquivar o caso. Carla estava feliz com a vinda do neto, mas a única coisa que lhe incomodava era o tempo que o marido estava trabalhando demais pois desde que sua filha foi embora, tinha que passar seus dias e as vezes, noites sozinha.
Com muito esforço Billy conseguiu comprar mais três porcento das ações da empresa de Carrick e Steven já estava tentando arquitetar um jeito de conseguir tudo que acreditava ser seu, de volta.
Voltando a mansão Grey, Ana estava se dando muito bem com a matriarca dos Greys que lhe dava, todos os dias, diversas dicas de como cuidar de seu bebê que naquela fria sexta-feira estava prestes a nascer.
Anastásia passou mal enquanto estava tomando banho e foi rapidamente socorrida por Elliot que a levou imediatamente ao hospital. Christian estava fazendo uma prova da faculdade quando lhe ligaram avisando que sua mulher estava entrando em trabalho de parto e quase bateu o carro dirigindo loucamente pelas ruas até a clínica central para encontrar a esposa.
- Como ela está?! - Perguntou assim que chegou a recepção onde seus pais, sogros e amigos já estavam lhe aguardando.
- Parece que vai ser parto normal, filho. - Grace se aproximou dele. - Pretende assisti-lo?
- Assistir? - Arregalou os olhos. - Eu... Não sei. Estou tão nervoso, mãe. - A abraçou. - Tenho medo de deixa-la mais nervosa ainda.
- Quer que eu fique com ela Christian? - Carla perguntou esfregando uma mão na outra pois também estava nervosa.
- O correto é que o marido esteja ao lado da esposa durante o parto. - Elizabeth argumentou se aproximando do moreno. - Seja forte meu neto e vá auxiliar sua esposa. - Sorriu segurando as mãos dele.
- A senhora está certa como sempre, vovó. - Respirou fundo e beijou a testa dela. -O correto é que eu esteja ao lado da Ana quando meu filho chegar ao mundo e é isso que irei fazer.
[...]
- AHHHHHHHHHHH.... Eu... Não aguento mais. - Anastásia falou jogando a cabeça para trás.
Ela estava há mais de uma hora na sala de parto tentando gerar seu bebê. Christian estava ao seu lado, tendo a mão quase esmagada de tão apertada que estava sendo por sua mulher.
- Acho que estou vendo a cabeça! Tente mais um pouco, Ana. - O médico insistiu.
- Vamos, só mais um pouco meu amor, você vai conseguir. - A encorajou unindo sua testa a dela.
- Ta bom. - Ana concordou ofegante e mais uma vez, fez força para empurrar a criança, gritando com toda sua força.
Nesse momento um choro foi ouvido e então, toda a dor que Anastásia sentia se tornou pequena perto da imensa felicidade que sentia dentro de seu peito.
Theodore chegou ao mundo em seis de outubro, pesando três quilos e medindo cinquenta e um centímetros. Após cortarem seu cordão umbilical e o enrolarem em uma manta, Anastásia sentiu o calor de seu filho pela primeira vez.
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A Madrasta
FanfictionDez anos. Já imaginou como seria se você perdesse dez anos da sua vida trancafiada em uma cadeia por um crime que não cometeu? Foi exatamente isso que aconteceu com Anastásia Steele, que tinha uma vida perfeita ao lado do marido, Christian Grey, e...