Capítulo 10 - Nascimento

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[...]
- Sinto muito que tenham largado a lua de mel por minha causa. - Carrick lamentou já de volta a mansão Grey. Por  recomendação médica, estava em absoluto repouso em seu quarto, sendo mais que mimado por sua esposa e filhos.
- Não tem problema. Precisava ver se o senhor estava bem mesmo e fico feliz que esteja. - Christian falou pondo a mão sob o ombro do loiro.
- Mas até que aproveitamos um pouco da lua de mel, visitamos alguns pontos turísticos bem legais. - Ana, que estava ao lado do marido, contou sorrindo.
- Tiraram fotos? - Grace  perguntou se levantando da beira da cama e a morena assentiu com a cabeça. - Venha, quero ver tudinho. - Foi em direção a morena, segurou sua mão e juntas, caminharam para fora do quarto deixando pai e filho sozinhos.
- Como está se sentindo filhão? - Carrick perguntou curioso.
- Feliz Carrick! Ana é maravilhosa, carinhosa e hoje, mais do que nunca tenho certeza que ela é a mulher da minha vida. - Respondeu ficando corado quando Ray entrou no quarto.
- Carrick, eu... Christian? Já voltaram da lua de mel? - O homem perguntou franzindo o cenho.
- Sim senhor Steele. - O moreno  respondeu indo até ele e apertando sua mão.
- E onde Annie está? - Olhou para os lados.
- Saiu com minha mãe agora há  pouco.
- Ah sim. Bom, chequei as câmeras de segurança das ruas pois desde o onze de setembro, estamos implantando um sistema moderno na cidade toda para que possamos vigiar tudo e todos. Até conseguimos uma boa imagem do carro que te atropelou, mas a placa infelizmente era fria. - Revelou olhando para o empresário.
- Já imaginava, mas obrigado por ter investigado, Raymond. - Carrick agradeceu.
- Vou continuar investigando, esse caso vai ficar aberto até encontrarmos quem te atropelou, prometo. - Garantiu e o loiro assentiu com a cabeça. 
~*~
- Este será o quarto de vocês enquanto estiverem morando aqui, Ana. Como pode ver, não está totalmente decorado pois não sei direito qual seu gosto pessoal. - Grace explicou entrando em uma das suítes da mansão.

- É enorme e muito lindo! Olha o tamanho dessa cama! - A morena levou as mãos a boca, totalmente impressionada e Grace deu risada

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- É enorme e muito lindo! Olha o tamanho dessa cama! - A morena levou as mãos a boca, totalmente impressionada e Grace deu risada.
- Espero que seu tempo nesta casa seja feliz e agradável, querida. - A abraçou. - Mas onde estão as fotos?
- Na minha bolsa! Daqui a pouco o motorista subirá com as malas, daí te mostro. - Sentou-se na cama.
- Ah, preciso te contar uma coisa. Não sei se você sabe que Christian tem uma avó. - Sentou-se ao lado dela e cruzou as pernas.
- Sei sim, ele me contou que desde o acidente com o pai do seu marido, ela se afastou da família.
- É, mas ela está de volta e hospedada nesta casa.
- Sério? - A morena indagou surpresa.
- Sim querida. Elizabeth é uma grande mulher, forte, decidida. Acredito que tem muito a ensinar não só a você, mas a mim também. No passado tivemos alguns problemas, pois ela sempre foi muito apegada ao Rick e acabava se intrometendo um pouco além da conta na minha relação com ele, mas espero que a partir de agora tudo fique bem entre nós todas. E olha Ana, estou aqui para o que você precisar. - Segurou a mão dela. - Sei que parece assustador se casar e vir morar com a família do marido, mas tenho certeza que vai se adaptar.
- Com o apoio da senhora? Tenho certeza. - Ana afirmou sorrindo e apertando a mão dela.
~*~
- Filho, precisamos conversar. - Elizabeth disse entrando no quarto de Carrick após o jantar.
- Claro, venha. - Ela sentou-se na beira da cama dele e respirou fundo. - Parece tensa, o que houve mãe?
- É sobre esse atentado que você sofreu.
- Não sabemos ainda se foi um atentado ou um simples acidente. Não tire conclusões precipitadas. - Ele a alertou passando a mão por seu topete.
- Nós dois sabemos muito bem que foi atentado. Tem muita gente que quer seu mal, Rick. Você precisa tomar cuidado, andar sempre com seus guarda-costas.
- Mas eu ando com eles, mãe. Só que o Starbucks é pertinho da empresa, achei que não tinha necessidade. 
- Depois do que aconteceu ontem, você já deve ter notado que tem sim necessidade. Eu já perdi seu pai, não posso te perder também. - A senhorinha disse com os olhos lacrimejando.
- A senhora não vai me perder dona Beth, eu prometo. - O loiro fez carinho no rosto dela.
- Então tome mais cuidado. Vivemos em um covio de cobras, aqueles canalhas fingem que nos adoram, mas na verdade nos odeiam.
- Já vai começar? - O loiro revirou os olhos.
- Eu criei o Steve, meu filho. Sei muito bem que a essência dele não é boa, que sempre sentiu inveja de você por ser mais bonito, inteligente e interessante que ele, assim como Billy que tem motivos de sobra para te odiar e sabemos disso. 
- Os meus problemas com Billy já foram superados há muito tempo, mãe. Hoje somos amigos e Steve nunca fez nada de mal contra mim e duvido que atentaria contra minha vida. Por favor, pare com essa implicância!
- Não vou parar coisa nenhuma, Carrick. E algum dia você descobrirá que estive certa o tempo todo sobre esses  trambiqueiros. Só espero que quando se der conta disso, não seja tarde demais.
[...]
Meses Depois...
O fim de 2003 estava próximo e Ana estava com trinta e oito  semanas de gravidez. Há meses morando na casa do marido, sentia-se praticamente adaptada. Seu quarto estava decorado ao seu rosto, assim como o de seu bebê que se chamará Theodore, em homenagem ao pai de Carrick.
Christian estava indo muito bem na universidade ao lado de sua irmã, Mia, e seu melhor amigo Jack. Naquele ano Elena começou a cursar publicidade e durante os intervalos da aula, costumava ficar conversando animadamente com Grey. Mia  sempre contava a Ana o que sua rival sabia e de vez em quando a morena acabava brigando com o marido por ciúmes. Christian  sempre argumentava que não fazia nada demais com Elena e que como ela era irmã de seu grande amigo, não tinha coragem de trata-la mal. Apesar de brigarem constantemente, tudo sempre acabava em beijos e declarações afetivas do moreno mais belo de New York.
Raymond continuava tentando encontrar pistas do atropelamento do sogro de sua filha, mas a investigação esfriou e por falta de provas teve que arquivar o caso. Carla estava feliz com a vinda do neto, mas a única coisa que lhe incomodava era o tempo que o marido estava  trabalhando demais pois desde que sua filha foi embora, tinha que passar seus dias e as vezes,  noites sozinha.
Com muito esforço Billy conseguiu comprar mais três porcento das ações da empresa de Carrick e Steven já estava tentando arquitetar um jeito de conseguir tudo que acreditava ser seu, de volta.
Voltando a mansão Grey, Ana  estava se dando muito bem com a matriarca dos Greys que lhe dava, todos os dias, diversas dicas de como cuidar de seu bebê que naquela fria sexta-feira estava prestes a nascer.
Anastásia passou mal enquanto estava tomando banho e foi rapidamente socorrida por Elliot  que a levou imediatamente ao hospital. Christian estava fazendo uma prova da faculdade quando lhe ligaram avisando que sua mulher estava entrando em trabalho de parto e quase bateu o carro dirigindo loucamente pelas ruas até a clínica central para encontrar a esposa.
- Como ela está?! - Perguntou assim que chegou a recepção onde seus pais, sogros e amigos já estavam lhe aguardando.
- Parece que vai ser parto normal, filho. - Grace se aproximou dele. - Pretende assisti-lo?
- Assistir? - Arregalou os olhos. - Eu... Não sei. Estou tão nervoso, mãe. - A abraçou. - Tenho medo de deixa-la mais nervosa ainda.
- Quer que eu fique com ela Christian? - Carla perguntou esfregando uma mão na outra pois também estava nervosa.
- O correto é que o marido esteja ao lado da esposa durante o parto. - Elizabeth argumentou se aproximando do moreno. - Seja forte meu neto e vá auxiliar sua esposa. - Sorriu segurando as mãos dele.
- A senhora está certa como sempre, vovó. - Respirou fundo e beijou a testa dela. -O correto é que eu esteja ao lado da Ana quando meu filho chegar ao mundo e é isso que irei fazer.
[...]
- AHHHHHHHHHHH.... Eu... Não aguento mais. - Anastásia falou jogando a cabeça para trás.
Ela estava há mais de uma hora  na sala de parto tentando gerar seu bebê. Christian estava ao seu lado, tendo a mão quase esmagada de tão apertada que estava sendo por sua mulher.
- Acho que estou vendo a cabeça! Tente mais um pouco, Ana. - O médico insistiu.
- Vamos, só mais um pouco meu amor, você vai conseguir. - A encorajou unindo sua testa a dela.
- Ta bom. - Ana concordou ofegante e mais uma vez, fez força para empurrar a criança, gritando com toda sua força.
Nesse momento um choro foi ouvido e então, toda a dor que Anastásia sentia se tornou pequena perto da imensa felicidade que sentia dentro de seu peito.
Theodore chegou ao mundo em seis de outubro, pesando três quilos e medindo cinquenta e um centímetros. Após cortarem seu cordão umbilical e o enrolarem em uma manta, Anastásia sentiu o calor de seu filho pela primeira vez.

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