[...]
Ana se interessou pela proposta de Jane.
Por isso resolveu ir com a garota até um starbucks próximo do hotel para conversarem melhor.
- Quer dizer que está disposta a me ajudar no que eu quiser em troca de dinheiro? - Ana indagou enquanto tomava um gole de seu milk-shake de chocolate.
- Exatamente, pode ser legal, ilegal, não me importo desde que receba uma pequena fortuna no final para que consiga fugir desse país e viver uma vida nova bem longe daqui. - Jane garantiu pondo uma colher de sorvete de pistache na boca.
- Está bem, então topo esse acordo. E você já vai começar seu trabalho hoje mesmo, não quero perder tempo.
- Sem problemas, o que quer que eu faça Anastasia? - Jane mostrou-se bem disposta.
- Quero dar o troco em duas pessoas pra começar, o Ethan e a Mia, meus cunhados. Ela omitiu uma coisa no julgamento que poderia ter me ajudado por culpa do marido e agora vou fazer aqueles dois sofrerem um pouco. - Explicou dando um sorriso maldoso.
~*~
- O que você quer José? - Christian perguntou quando o moreno entrou em sua sala.
- Entregar uns documentos do contrato com os chineses. - Ele respondeu deixando os papéis na mesa do rival. - Christian, tem certeza que quer se casar com a Ana mesmo sabendo que ela não te ama mais?
- Quem garante que ela não me ama?! Você que a conheceu outro dia?! - Grey retrucou encarando o rapaz.
- Pelo que ela me disse, não sente absolutamente nada pela sua pessoa. Acho que deveria voltar atrás com esses planos de casar, pois isso não tem como dar certo. - Aconselhou-o.
- Pois sabe o que acho? - Christian deu a volta na mesa, aproximando-se mais de Rodriguez. - Que você não deveria se meter nisso, afinal, não pedi sua opinião em momento algum. E que se você tivesse um pingo de respeito, se afastaria da Anastasia agora que sabe que ela vai se tornar uma mulher casada dentro de poucos dias.
- Pois saiba que vou continuar investindo na sua noiva, afinal, esse casamento é uma grande farsa. - José cruzou os braços. - E sei que Ana sente algo por mim.
- Não sente coisa nenhuma. - Christian negou fechando os punhos, morto de ciúmes.
- Sente sim, cada vez que nos beijamos percebo que seu desejo aumenta. - O Grey arregalou os olhos. - Pois é, nós já nos beijamos várias vezes e...
- Cale essa boca, José. - Christian ordenou se enfurecendo cada vez mais, quando seu pai entrou na sala da vice-presidência e notou toda a tensão que havia por ali.
- Ei rapazes, se acalmem. - Carrick interviu ficando no meio deles. - Vocês precisam se controlar.
- Com licença. - José pediu se retirando.
- Que raiva! - Christian deu um soco na parede. - Ele disse que já beijou a Ana várias vezes pai, várias! Ela não gosta de mim, nunca mais vai gostar, não sei mais o que fazer pra tê-la de volta, só sei que não vou aguentar vê-la nos braços de outro. - Desabafou cobrindo o rosto com as mãos.
~*~
- Precisamos fazer alguma coisa contra o Carrick, Billy. Desde que a assassina voltou a paz reina cada vez mais naquela família e isso não posso permitir, não é justo eles serem felizes.
- E o que podemos fazer? - O cadeirante indagou dando de ombros. - Tudo que fizemos até hoje não serviu de nada, se quer acabar com o Carrick só se uma nova tragédia acontecer.
- E que tipo de tragédia poderia ser? - O moreno questionou sentando-se em sua poltrona em sua sala na empresa. - Algo como uma morte?
- Sim, uma morte. Só uma morte poderia acabar com aquela família de vez. Ai, ai... É uma pena que não sejamos assassinos.
- Não somos? - Steve deu um pequeno sorriso. - Como dizem por aí, sempre tem uma primeira vez pra tudo, meu amigo. - Completou misterioso e ambos gargalharam.
~*~
- O que veio fazer aqui? - Theodore perguntou ao se deparar com Ana assim que abriu a porta da mansão.
- Vim visitar meu noivo e a família dele, que inclui você aliás. Posso entrar Theodore? - Ela perguntou mordendo os lábios.
- Pode né, fazer o quê! - O garoto deu passagem para que ela entrasse na casa.
- Olá Phoebe. - Cumprimentou a garota que estava fazendo lição de casa no meio da sala de estar.
- Oi. - A garota respondeu secamente, sem sequer olhar para a morena que engoliu em seco, mas manteve-se segura.
- Onde estão os outros? - Ana tentou puxar assunto.
- Minha vó foi levar a bisa em uma consulta médica, meu tio está treinando e papai ainda não chegou em casa. - Theodore explicou. - A senhora bem que podia voltar outra hora, não? - Sugeriu sendo levemente mal educado.
- Prefiro esperar meu noivo chegar. - Ana retrucou jogando sua bolsa no sofá. - Está estudando o que? - Perguntou se agachando em frente a mesinha de centro da sala onde a filha estava.
- História... Segunda guerra mundial, tenho que responder algumas questões chatíssimas. - Phoebe respondeu coçando a cabeça.
- Posso ver? - A garota olhou para Theodore que continuava de pé e entregou o caderno a futura madrasta. - Em que ano explodiu as bombas atômicas? Hum... Foi em 1945, 6 e 9 de agosto se não me engano.
- Valeu! - Phoebe agradeceu pegando o caderno de volta e escrevendo a resposta nele. - Pronto, finalmente terminei.
- Vamos dar comida ao senhor Jingles, maninha. Fique a vontade, Anastasia. - Theodore se despediu, mas foi interrompido pela mãe.
- Senhor Jingles ainda está vivo? - A ex-presidiária indagou esboçando um sorriso.
- Sim, mas está bem velhinho. A senhora o conhece? - Ebe perguntou curiosa.
- Sim, posso ir com vocês dar a comidinha dele? Sinto muita falta do senhor Jingles. - Levantou-se e as crianças se entreolharam.
- Hum... Pode ser. - A menina concordou e os três foram até o quartinho do hamster.
- Como ele está velhinho. - Ana foi até a gaiola, abriu-a e pegou o ratinho na mão. - Oi senhor Jingles, lembra de mim?
- Parece que ele gosta da senhora. - Renesmee notou ao ouvir o animalzinho emitir um som.
- Somos velhos amigos, né senhor Jingles? - Ana fez um carinho na cabeçinha dele. - Venham crianças, me ajudem a dar o jantar dele. - Os chamou animada.
- De onde a senhora conhece nosso hamster? - Teddy perguntou se aproximando dela com a irmã.
- Ah, da época em que frequentava essa casa. Fui muito amiga do seu pai e da sua mãe. Era um tempo bom, feliz, que não volta mais. - Deu um sorriso triste enquanto alimentava o bichinho. - Gostaria de pedir desculpa a vocês por meu jeito no dia em que nos conhecemos. Estava muito sensível e acabei passando do ponto com aquele choro todo, me desculpem.
- Realmente aquilo foi estranho, mas tudo bem. - Phoebe respondeu dando de ombros quando Christian surgiu.
- Olá... Família! - Falou sorrindo e tentando controlar a emoção de ver os três reunidos novamente.
- Pai! - Phoebe o abraçou forte e recebeu um beijo na testa. Já Teddy recebeu um carinho nos cabelos. - Ué, não vai cumprimentar meu pai?
- Claro que vou, olá Christian! - Ana disse pondo o hamster de volta na gaiola.
- Oi amor. - Ele deu um sorriso torto.
- É assim que um casal de noivos se comporta? Se estão tão apaixonados a ponto de já quererem se casar porque sequer se beijaram? - Theodore questionou cruzando os braços.
- É mesmo, ainda não os vi se beijando. - Phoebe constatou. - Se não se gostam tanto, não deveriam se casar.
- Eu amo a Ana. - Christian afirmou se aproximando dela. - Só estava com vergonha de beija-la na frente de vocês, mas já que tanto querem... - Segurou as mãos da morena que não sabia bem o que fazer.
- É, nós nos amamos muito. - Ana garantiu engolindo em seco e vendo o rosto do noivo se aproximar cada vez mais do seu. Ainda perdida, Ana apenas fechou os olhos e segundos depois, sentiu os lábios do Grey grudarem nos seus. Logo Christian pediu passagem com a língua e ela se sentiu obrigada a ceder para manter a farsa que ela mesma inventou.A língua de Grey passeou pela boca de Ana, enquanto suas mãos puxavam seus cabelos de leve. Ela gemeu quando ele terminou o beijo chupando seu lábio e abriu os olhos quando ele se afastou, vendo o rapaz abrir um lindo sorriso, feliz por tê-la beijado mais uma vez.
- É... Eles parecem mesmo apaixonados. - Phoebe murmurou dando uma cotovelada no irmão que bufou de raiva, um tanto quanto fustrado.
~*~
[...]
- Hoje o movimento foi ótimo, conseguimos mais alguns milhares de dólares, princesa. - Ethan disse após terminar de analisar as finanças do dia no restaurante.
- Que ótimo, príncipe. - Mia respondeu enquanto fechava as janelas e portas do restaurante. - Mas vamos embora, estou muito cansada e não muito bem.
- O que você tem? - O loiro perguntou preocupado indo até a chef e segurando sua mão.
- Estou com uma sensação estranha, um pressentimento ruim. - A loira explicou colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha e respirando fundo. - Mas deve ser uma bobagem, já liguei na casa dos meus pais e todos estão bem, Ana inclusive está com eles.
- Então deve ser bobagem mesmo, princesa. - Pegou sua carteira e colocou no bolso de seu casaco. - Vamos logo embora daqui. - Falou apagando a luz, saindo do bistrô e trancando o portão para em seguida, pegar seu carro e ir embora de lá com a esposa.
[...]
Do outro lado da rua estava Jane, que ao ver os donos saindo e as luzes do restaurante apagadas, se preparou para atacar.
- É... Está na hora do show. - A bandida murmurou sorrindo.~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*
Eu disse que as coisas com as crianças iam melhorar pra nossa Ana ❤
E o que será que Jane vai fazer hen? Cof, cof, quero teorias...
Votem, comentem...
O cronograma de postagens dessa fic está lá no meu perfil :*
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A Madrasta
Fiksi PenggemarDez anos. Já imaginou como seria se você perdesse dez anos da sua vida trancafiada em uma cadeia por um crime que não cometeu? Foi exatamente isso que aconteceu com Anastásia Steele, que tinha uma vida perfeita ao lado do marido, Christian Grey, e...