Passando aqui rapidinho só pra deixar avisado que esse capítulo tem 16 mil palavras, aka, 35 páginas, então sintam-se a vontade para fazer um break caso queiram jsaklsjkl
3 anos e meio antes...
Respira fundo, Jess. Vai dar tudo certo. Ele é seu melhor amigo, o que pode dar errado? Bom, isso pode destruir a amizade de vocês. Ou pode fazer de você a pessoa mais feliz do mundo. Mas você precisa contar. Já passou da hora, certo?
Eu esperava que sim.
Olhei ao redor, para as paredes da pequena casa de madeira, esperando que aquilo acalmasse a bagunça dos meus pensamentos. Nós costumávamos passar muito tempo ali quando pequenos. Agora, mal cabíamos lá, a não ser que ficássemos sentados, sem movimentos bruscos. Mas, ainda assim, aquele lugar era nosso. Por isso, quando Julie insistiu que eu deveria contar logo para ele, aquele foi o lugar que eu escolhi. É claro que, antes de tomar essa decisão, eu enrolei, e enrolei muito, mas assim que contei para ela, eu não tive mais paz. Inclusive, ela me deu um ultimato três dias atrás.
— Você precisa contar logo! Ou pretende ficar guardando isso pra sempre?
Encolhi os ombros.
— Não, eu não pretendo, mas não é tão simples assim. E se ele não me corresponder? Tudo vai ficar estranho e, quando eu ver, nós vamos ser mais um desses melhores amigos que "perderam o contato".
Julie revirou os olhos, já sem paciência. Eu a entendia. Nem eu mesma estava me reconhecendo. Eu era a Jessica Corinne, caramba! Se eu gostava de um cara, ia lá e falava pra ele e pronto. Eu sempre tive atitude, coragem e agora, eu não tinha nada além de um medo terrível de tudo dar errado. Ele não era um cara qualquer e era isso que estava me matando.
— Pelo amor de Deus, é o Tommy! Ele não vai parar de falar com você por causa de algo bobo assim. Além do mais, eu duvido muito que ele não sinta algo por você também, quer dizer... Vocês agem praticamente como namorados, mas que não se beijam. – ela disse e eu tive que concordar.
Não era raro alguém pensar que éramos um casal. Estávamos sempre juntos, as vezes de mãos dadas, as vezes abraçados, sabíamos tudo um sobre o outro... No começo, eu me irritava. Um garoto e uma garota não podiam ser próximos e apenas amigos? Mas depois eu comecei a me pegar gostando daquilo. Principalmente da ideia de ser a namorada dele. Foi quando meu mundo caiu.
Ele era meu melhor amigo, mas, de repente, eu me vi começando a realmente reparar nele. Eu sempre soube que ele era atraente, afinal, eu tinha olhos, mas nunca havia parado horas para pensar em como o seu sorriso era lindo ou como seus olhos brilhavam quando ele sorria. Como seria a sensação de beijá-lo? De receber um abraço apertado sabendo que éramos um casal e não apenas melhores amigos? Percebi que cheguei ao fundo do poço quando me peguei sentindo inveja das garotas com que ele ficava, e então, não deu mais, eu tive que compartilhar aquilo com alguém ou ficaria louca. Só não tinha certeza se tinha feito a melhor escolha ao selecionar a Julie.
— Eu não sei se consigo.
— Vamos fazer assim. – ela disse, se sentando de frente para mim na minha cama. – Jess... Você realmente gosta do Tommy? – perguntou, séria, fazendo com que eu me sentisse até intimidada.
— Eu acho que sim. – respondi, minha voz não soando tão certa quanto devia.
— Não, eu não quero que você ache nada. Você precisa ter certeza! Você estava lá quando ele terminou com a Elena, você viu a fossa, você ajudou ele a sair de lá e ficar bem de novo. Você conhece ele, Jess, sabe que quando ele entra em um relacionamento, ele entra de cabeça, com tudo. E você se conhece também. O Tommy não pode ser só mais um pra você porque... Eu realmente quero que vocês deem certo, mas se magoar ele, eu vou ter que te matar.
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VERSUS
General FictionJessica Corinne nunca soube lidar bem com suas emoções. Por isso, quando ela e seu melhor amigo decidiram ter um relacionamento sério, todos pensaram que ele sairia como o machucado da história. Não foi bem o que aconteceu. Agora, ela quer vingança...