À luz de velas

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Batidas na porta a intrrompem.

- Maraisa, vem almoçar com a gente! - Maiara exclama do outro lado da porta.

Maraisa junta todas as cartas e as enfia dentro da gaveta antes de pedir para a irmã entrar.

- Não estou com fome. - ela diz assim que a Maiara senta ao seu lado na cama.

- Você não vai ficar socada nesse quarto só porque aquele idiota foi embora! - Maiara exclama.

- Não vou ficar de vela pra você. - Maraisa diz e sorri.

- Como se o Luiz fosse um peguete que eu acabei de conhecer. - Maiara revira os olhos - Vem passar um tempinho com a gente! Por favor!

- Como foi a caminhada à cavalo? - Maraisa muda de assunto.

Maiara suspira toda apaixonada e sorri. Não precisava responder. Havia sido muito boa. Os dois fizeram toda a trilha até a cachoeira e depois aproveitaram para ficar um tempinho juntos. Sem sombra de dúvidas, Maiara era completamente apaixonada por ele.

Maraisa ri e puxa a irmã para um abraço forçado.

- Olha essa carinha toda apaixonadinha! - Maraisa exclama- Não sei porque você briga tanto com o Luiz.

- Vamos parar de discutir meu relacionamento e vamos comer logo! - Maiara tenta se esquivar do abraço da irmã.

As duas descem e encontram o Luiz já na mesa.

Maiara passa o dia todo se dividindo entre mantar a Maraisa ocupada e dar atenção para o Luiz. Queria aproveitar o tempo, que era raro, com o namorado, mas não queria deixar a irmã sozinha sofrendo por um idiota.

Maraisa estava quieta, mas, ao contrário do que a irmã pensava, nem se lembrava de Hugo. Sua preocupação era as cartas que repousavam na gaveta de sua mesinha cabeceira.

A tarde foi regada por uma chuva calma, que, ao cair da noite, se tornou um temporal.

Maraisa revirava seu Instagram enquanto Maiara fazia cafuné no Luiz que estava deitado em seu colo, ambos no sofa da sala, quando, de repente, as luzes se apagam depois de um estrondo.

Os três permanecem na escuridão da sala até que Pedro, o caseiro da fazenda, entra todo molhado.

- Caiu um raio na caixa de força e derreteu todos os fios. - o homem informa - Só vai ser possível arrumar quando a chuva parar.

O problema era que, aparentemente, a chuva não estava com a mínima pressa de ir embora.

- Sério que eu vou ficar sem Wifi? - Maraisa revira os olhos - O sinal de 4g daqui é péssimo e com a chuva fica pior ainda!

- Esquece esse celular e passa um tempinho com a gente! - Luiz sugere.

- Agora eu posso segurar a vela literalmente! - Maraisa ri.

- Cala a boquinha, Maraisa! - Maiara reclama e joga uma almofada na irmã.

- Você quer que eu interaja com vocês, mas não me deixa falar! - Maraisa reclama rindo.

Querida MaraisaOnde histórias criam vida. Descubra agora