cap 39, temp 01 🌺
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Laura narrando;
Pegamos o voo. Foi um voo tão triste, tão demorado.
Eu tava em "par" com meu irmão, e o voo inteiro, apesar de não ser tão longe, demorou demais, e pra melhorar toda a situação, eu e meu irmãos ficamos falando das coisas boas que minha avó já tinha feito, das bobagens que ela falava, e percebemos que nós realmente a amávamos muito, pois os dois estavam com muitas lágrimas no rosto.
Quando chegamos lá, fomos direto pra casa da minha tia paterna, a Raquel.
Encontrei meus primos, eu tava com tantaaaaa saudade, mas naquele momento, todos só queriam saber sobre minha avó.
Meu pai e minha tia (eram só os dois de filhos), foram resolver todas as coisas que tinham que ser resolvidas, e minha mãe e meu tio ficaram guardando as roupas, coisas pessoais essas coisas, e eu meu irmão e meus primos ficamos conversando sobre ela, e vendo o álbum de fotos.
Tivemos que dormir na casa da Tia Raquel, e no dia seguinte, quando era mais ou menos 08:00 da manha estavam todos acordados, pois o funeral seria 13:00.
Foi um dos domingos mais tristes da minha vida inteira. Minha avó era praticamente minha melhor amiga. Ela me dava conselhos sempre, e eles sempre funcionavam por sinal.
Ela me ensinou que apesar do quão errado seja as coisas, temos que arriscar, pois é melhor se arrepender de uma coisa que você fez do que se arrepender de uma coisa que você não fez, porque às vezes não tem volta, e isso que ela me ensinou eu vou levar pra minha vida, sempre. (mas é claro, não passar do limite MAXIMO, mas às vezes uma besteirinha passa)
Eu tava com saudades da Julia e dó Leo, mas eu não estava com pique pra falar com eles, porque sério, eu não tenho palavras para descrever o que eu senti naquele momento.
O voo de volta pra São Paulo era 23:00. Eu e meu irmão voltamos juntos novamente, e eu dormi quase o voo inteiro.
Chegando em São Paulo, cada um foi para seu quarto, e não tinha mais assunto naquela casa.
Eu me tranquei, fiquei chorando até, e lembrei, infelizmente, que minha avó morreu exatamente uma semana antes do meu aniversário, e eu acho que vai ser o pior aniversário da minha vida.
Segunda feira de manhã, todo mundo fez a mesma rotina, mas é claro, um pouco mais triste.
Fui pra escola com meu irmão, e eu realmente não queria briguinha com ninguém, então preferi ficar na minha, e apenas contei o que tinha acontecido pra Carol e pra Isa, e foi muito bom contar pra elas, porque elas me confortaram demais.