"Por volta de 1971, em Nova York, o vírus HIV encontrou uma população que era como palha seca, fazendo com que a epidemia queimasse mais quente e mais rápido, infectando pessoas suficientes para chamar a atenção do mundo pela primeira vez. Assim como Kinshasa, foi um momento decisivo para o vírus se tornar uma pandemia."
- Dr. Worobey.
Meu pai estava na cama, lendo um livro, como sempre. Harry ficou ao lado de fora com os braços cruzados e espiando lá dentro, meio inseguro e tímido sobre se apresentar, mas mantive a porta aberta para ele entrar quando quisesse.
- Oi, velho - Mark fechou o livro e prestou atenção em mim, logo reparando em Harry que vinha atrás - esse é Harry Styles.
- Charlotte me disse - meu pai passou a mão no cabelo para ajeitar e pigarreou alto, antes de se dirigir ao meu namorado: - Então você vai morar aqui agora?
- Se o senhor não se importar.
- Tudo bem, eu não negaria teto a um amigo do meu filho. Além disso, Louis é o chefe dessa casa agora - meu pai não soa tão simpático quanto tenta, mas é o jeito durão dele de ser - Confio nele, mas estou de olho.
- Obrigado - eu disse sorrindo e Mark estranhou, me fitando por um tempo, de um jeito que eu sei que está me analisando. - Ele não é só o meu amigo, é isso também, mas meu namorado.
- Faz sentido - ele manobrou a cadeira para se dirigir ao Harry que reagiu daquele jeito dele meio arisco por timidez - Não precisa ter medo, garoto, sou só paraplégico, não um morto, não ainda.
- Pai, por favor.
- O quê? Só estou deixando seu namorado a par da situação.
- Não fale besteiras.
- Tá tudo bem, Lou - Harry apaziguou forçando um sorriso - foi um prazer conhecê-lo, senhor Tomlinson, ouvi coisas muito boas a seu respeito.
- Imagino que sim - ele respondeu sarcástico, aquele humor ácido que me irrita, e abre o livro novamente - Seja bem vindo, Harry.
Deixei a porta do quarto aberta e fomos almoçar.
- Desculpa por isso, ele faz umas piadas mórbidas e às vezes é uma pessoa difícil, mas em outras acaba voltando a ser ele mesmo e você vai o conhecer... meu pai é bacana.
- Não foi tão difícil assim conhecer o pai do meu namorado. Ele até foi ok comigo - Harry comentou, enquanto atravessamos a rua e caminhamos mais um pouco até a casa de Trisha. ‐ Seu pai é bom, só está triste.
- Olha, se não são os pombinhos - Charlotte disse quando entramos na cozinha de Trisha de mãos dadas.
Ela vestia um shorts curto e a camisa branca de Stan. Eu franzo o cenho, porque não quero pensar na possibilidade de eles terem transado. Ela tem mania de usar as roupas dos caras com quem dorme.
- Porque você está vestindo a camisa do Stan?
- Não começa, Louis! - ela aponta um garfo para mim - Cuida da sua vida e do seu namorado e não seja chato comigo.
- Eu vou ser chato porque você tem quinze anos, porra, deveria estar estudando e não fazendo besteiras!
Como sempre, ela me ignora e passa reto para a sala com um prato na mão. Trisha aparece e diz estar saindo para o trabalho, avisa que podemos ficar à vontade desde que depois de almoçar lavamos a louça para ela. Zayn também não estava, aparentemente havia saído com Liam. Harry e eu pegamos nossos pratos e fomos almoçar, sentados na mesa para ficarmos sozinhos.
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stay in my arms if you dare (larry)
FanfictionHarry Styles, 16 anos, é o rico e alinhado repórter da Bennett High School. É o seu primeiro ano no ensino médio e ele cobrirá as notícias da Olimpíada Anual Colegial, onde os estudantes do último ano do ensino médio competirão em diversas categoria...