Cap. 23

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- É a quarta vez em dois dias! Não passou na sua cabeça talvez... ligar pra ela? Eu não sei nada de contrato!- bati a porta na cara do homem e subi as escadas.

- Oppa, quem era?- Taehyung me abraçou por trás e mordeu meu ombro- Por que ficou tão estressado?

- Um homem tem vindo aqui em casa procurando minha mãe pra assinar umas coisas. Isso está me deixando tão nervoso.

- Você não pode ficar nervoso, nós precisamos arrumar essas coisas hoje pra você partir em paz amanhã. Tem algo que eu possa fazer pra você ficar menos nervoso?

- Acho que não. Vamos terminar isso de uma vez- voltamos a colocar algumas coisas nas caixas.

Parecia um dia normal. Taehyung continuava feliz e otimista, Minhee dormindo como sempre, e mamãe... longe.

- Onde eu coloco isso?- ele esticava um par de meia amarela.

- Coloca ali na mala- me virei pra fechar a caixa e senti ele me cutucar logo em seguida.

- E isso? Onde eu coloco?- era um embrulho azul com uma estampa colorida de unicórnios, acompanhado de um laço amarelo.

- O- o que é isso?- peguei de sua mão e ele sorriu encarando o presente.

- É um presente de despedida, pra você lembrar de mim. Tem duas, no caso de acontecer alguma coisa com a outra.

O abracei por impulso e ele me apertou forte. Logo depois ele me pediu para abrir o embrulho enfeitado.

Desfiz com cuidado o laço e rasguei o papel de presente, o encarei e ele fez uma expressão de sofrimento, aparentemente deve ter demorado para embrulhar.

Era uma foto em um porta retrato branco escrito "love" pintado a mão com tinta vermelha. Eu, ele e Minhee, no dia que ela deu as primeiras palavras.
Senti meus olhos pesarem e as lágrimas escorrendo lentamente  pelo meu rosto de uma forma discreta, foi demais para o meu emocional.

- Como uma família perfeita...- ele disse cobrindo seu rosto para esconder a vermelidão que tomava o mesmo.

- Ei, não esconda isso, eu gosto tanto...- tirei suas mãos do seu prório rosto e ele ficou mais vermelho ainda. Seus olhos brilhavam toda vez que ele me olhava e seu sorriso alargava, eu conseguia ver o amor que ele sente por mim só de olhar pra ele.

Nos encaramos alguns segundos e ele escondeu seu rosto no meu pescoço.

- Oppa, eu vou sentir sua falta- senti sua respiração quente batendo no pequeno pedaço de pele descoberto e me arrepioei na hora, em seguida ele me encarou - não sinta minh falta, não será justo.

- Por que só você pode sofrer? Mas é claro que eu vou sentir sua falta. É óbvio que eu vou chorar por estar longe, e pode ter certeza que meu sono vai ser afetado.

- Não é certo...

- Não é certo eu te amar tanto assim?
Normalmente num relacionamento as pessoas sofrem igualmente quando se afastam.

- Se você sofrer igual a mim vai ser demais...

- Você nem vai perceber, são apenas 3 meses. E nós vamos manter contato, quero que me ligue todos os dias e me fale o que está acontecendo.

- Eu posso fazer isso, vai ser fácil oppa.

- Avise minha mãe que eu fui pra Busan, ela não atende meus telefonemas e diga que o dono da casa quer vê-la. Mas não se esqueça de avisar, é importante.

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