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JUSTIN BIEBER

Santa Mônica, CA. Segunda-feira, 1 de Agosto, 2016.

8:30 AM

O ensino médio pode parecer um pesadelo para algumas pessoas, e um conto de fadas para outras, bom, eu considero a segunda opção. Nossa escola é dividida entre os que serão bem sucedidos futuramente, e os que serão fracassados para sempre, e eu estou na primeira categoria, se esse ano, eu felizmente me formar!

Já estava a alguns minutos dentro do meu belo presente de natal, um Range Rover Evoque. Todos me perguntam, como consegui reprovar e ainda ganhar um carro, a resposta é que nem eu sei, mas não questionei meus pais, é até é uma dica que dou, se fez coisa errada e ganhou uma recompensa, não pergunte o por quê, talvez a ficha deles não tenha caído ainda.

— Eai dude. — Chaz deu duas batidas na janela, bloqueei o celular, que tinha minha atenção a alguns segundos atrás e apertei no botão que abaixava o vidro, dando de cara com o moleque.— Vai morar ai dentro? — perguntou rindo.

Apanhei minha mochila no banco do carona e tirei a chave da ignição, destravei a porta e sai do carro, depois de fechar a mesma, ativei o alarme e fiz um toque de mãos com Somers, conhecido apenas pelo time.

— Está chorando por que ainda vem de bicicleta para a escola? — perguntei e ele ficou sem resposta e por fim acabou me mostrando seu dedo do meio, dei um fraco empurrão nele enquanto andávamos para dentro da Santa Monica High School.

Enquanto andávamos, eu e Chaz respondiamos a acenos e sorrisos, a maioria de garotas, desde meninas da oitava serie, até as do terceiro ano, essa é consequência de ser bonito, popular e educado.

— Nós...— nem tive tempo de concluir o que queria falar, senti um corpo colidir com o meu e ir ao chão, me virei rapidamente, para ter certeza de que nao havia se machucado e vi Bethany, minha vizinha, porém mais conhecida como a psicopata homicida. Ela juntava seus vários livros, desesperadamente, fazendo com que alguns que já estavam em seus braços, caíssem também, todos apenas olhavam e riam e de certa forma eu senti pena dela, abaixe, encostando um dos meus joelhos no chão, então peguei seus livros, levantei, segurei a mão dela para que ela fizesse o mesmo e lhe entreguei os livros. Seus olhos já estavam cheios de lagrimas, com todos a sua volta rindo de sua pequena queda. — Me desculpa, eu não vi você, ta tudo bem? Você se machucou?

— Vai andando filhinha, a cota de boas ações do Justin já esta esgotada. — Landry segurou a menina pelos ombros, e a empurrou, não deu nem tempo de eu me desculpar por aquela grosseria e Bethany já estava longe. — Não posso deixar você dois minutos sozinho que até a louca barra suicida barra homicida da sua vizinha quer atacar.

Era até meio tosco minha praticamente namorada pensar que perderia seu posto para uma garota que já foi internada em mais de cinco clínicas psiquiátricas, mentirosa compulsiva, meio psicopata, suicida, que corta os braços e fala sozinha, Bethany é digna de pena.

— Landry, você é bem melhor de boca fechada. — empurrei ela contra um dos armários e envolvi nossos lábios, prensando meu corpo no dela. Por alguns segundos esqueci que estávamos na escola e deslizei minha mão até sua bunda.

— Ei!— o inspetor Jefferson pigarreou, cutucando meu ombro até que eu soltasse a loira. — Sabem que não é permitido esse tipo de demostração de afeto! Por favor.

— Ok! Desculpe. — falei, depois de me virar para ele.

— Você pode me acompanhar senhor Bieber? O diretor Spencer quer conversar com você. — avisou cruzando os braços.

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