JUSTIN BIEBER
6:13 PM.
Casa dos Callahan, Santa Mônica, CA.
Quar, 31 de agosto, 2016.Meu coração disparou rápido e eu enfiei em meu bolso a caixinha. Coloquei de volta aquela parte do assoalho, pisando em cima quando levantei, nós iamos sair do quarto, quando ouvimos todos entrarem em casa, decidimos, conversando apenas pelo olhar, que seria mais seguro ficar no quarto da Bethany.
Eu me meti em seu banheiro e Chaz no Closet e não demorou muito para que a porta fosse aberta, mas batida poucos segundos depois. Eu estava dentro do box, torcendo para que fosse ela no quarto e quando entrou no banheiro, exalando pelo local, seu perfume doce porém nada enjoativo, eu tive certeza. Quando abri a cortina do box, ela estava se despindo, mas se cobriu rápido e antes que Bethany gritasse eu a prensei na parede cobrindo sua boca.
— Está tudo bem, sou eu. — sussurrei, ela fechou os olhos, ainda ofegante então assentiu.
— Bethany, eu preciso ir ao mercado, você quer vir? — ouvimos a voz de Alicia eentão eu tirei minha mão de sua boca.
— Não, eu vou tomar um banho e dormir um pouco. — ela avisou alto e sua mãe saiu sem se despedir. Beijei a testa dela, e respirei fundo, me afastando e estendendo a toalha, para que ela cobrisse seu corpo e foi o que fez.
— Chaz está no closet, nós viemos ver se achávamos algo, mas não encontramos nada. — menti, com medo de que aquilo tudo fossem apenas lembranças ou arquivos, e ela terminasse frustrada.
— Tudo bem. Quando Alícia sair, vocês podem ir. — ela falou, saindo do banheiro e eu a segui, Bethany vestiu seu roupão branco e foi até o closet, chamando o Chaz. Ele saiu de lá completamente pálido.
— Estou me sentindo em um filme de suspense, onde os mocinhos entram no território do vilão e correm perigo, então um dos amigos se perde, o menos importante, e o outro liga para ele e o encontra morto, e pior, o menos importante seria eu...— desandou a falar e eu e Bethany nos olhamos e rimos.
— Você tem um pensamento bem fértil, Chaz. — Thany disse rindo, e eu já comentei como gosto de seu sorriso?
Conversamos um pouco, então tivemos certeza que Alícia saiu, mas infelizmente Daniel ficou. Chaz criou um surporte com um porta canetas na cômoda da Bethany, onde colocou seu celular para gravar no aplicativo que transmitia para o meu, eu conferi e estava passando tudo ali. Ele disfarçou o celular com algumas canetas em volta, e objetos de decoração, o deixando imperceptível, caso Daniel viesse tentar algo com ela.
Olhei pelo meu celular a filmagem e o ângulo estava muito bom.
— Eu estou com medo. — ela confessou e eu a puxei para um abraço, encostando meu queixo em sua cabeça.
— Eu vou estar vendo tudo! Ela não vai tomar em você, eu prometo!— segurei seu rosto, a fazendo olhar para mim e ela sorriu fraco, com os olhos marejados, beijei sua testa e então nos soltamos.
Bethany saiu do quarto e ia nos avisando se estava tudo limpo, saímos pelos fundos e pulamos o muro para a minha casa, era tão próxima e fácil de passar que chegava a ser ridículo. Entreguei a chave a Thany e acenei fraco, eu e Charles entramos em casa, já na cozinha, então nos dirigimos até a geladeira.
— Eu encontrei um fundo falso, no chão do closet da Bethany com três pendrives.— contei, enquanto comia o sorvete.
— O que estamos esperando para assistirmos tudo que tem nesses pen drives?— ele perguntou, ansioso, dei de ombros sem saber e voltei a comer.
— Estou com medo de não ser nada e mais uma vez falhar com ela. — suspirei, pensando sobre aquilo. Peguei meu celular e verifiquei a filmagem, a vi voltar pro quarto e acenar, o que me fez sorrir.
— Tudo bem! Vamos lá assistir, se não tiver nada em nenhum, apenas fingimos que nada aconteceu. — deu de ombros, terminando de beber a cerveja, que provavelmente pertencia ao meu pai.
— Tudo bem, vamos. — levantei, mas logo senti a vibração em minha mão e o som alto do celular tocar. Atendi o mesmo, já me preparando para os gritos de Landry.
Com essa história toda de Bethany, tenho dado tão pouca atenção a ela.
— Fala, baby. — pedi, calmamente.
— Eu preciso ver você, preciso falar com você. — falou chorando e aquilo me assustou.
— Oh, merda, Lendry, o que houve? — perguntei, indo até a sala e pegando as chaves do meu carro em cima da mesinha de centro.
— Nós precisamos conversar. Preciso contar isso para você, antes de qualquer um, e-eu preciso! Oh meu Deus, Justin. — seus soluços eram altos, ela chorava com tanto sentimento, era impossível ficar calmo.— Vem pra cá, agora, por favor.
— Eu estou indo, amor. Por favor, calma. — pedi e ela concordou murmurando um "tá". Desliguei e olhei para o Chaz, que me encarava com o cenho franzido.
— Ela...
— Está chorando muito, dizendo que precisa me ver. Eu vou lá, não assista nada sem mim, me dê tudo que achou e eu vou deixar no meu quarto. Amanhã, assistimos sem falta! — falei, pegando um recipiente redondo e largo que estava com algumas balas, as deixando espalhadas na mesinha de centro, Chaz largou os pen drives ali, e eu corri até meu quarto, deixando tudo lá, dentro do meu closet, misturado a umas caixas de sapatos, eu tranquei a porta do quarto e desci.
Saímos da minha casa, meu carro já estava lá em frente. Depois da pintura que convenci ao meu pai a pagar para mim, ficou ainda mais bonito, com o tom preto fosco. Eu realmente não quero que Daniel imagine que fui eu que peguei Bethany naquele dia.
Chaz já havia subido em sua bicicleta, e estava pedalando para longe, então eu entrei no carro dando a partida, pegando o caminho para a casa de Landry. Eu realmente estava preocupado. Ela nunca chora e parecia desolada, deve ser algo bem sério. Se for algo relacionado também a violência sexual, eu juro que vou surtar... Droga, agora que pensei nisso eu realmente estou com medo de chegar lá e ouvir que ela foi estuprada.
Dirigia, distraido mas passei a pensar naqueles pen drives. O que será que iremos encontrar neles? Eu não sei se tenho estômago para assistir Daniel estuprando Bethany, usando o corpo dela como se fosse um objeto sexual e não sua filha, aquilo era repugnante de mais! Pensando naquilo, eu enfiei minhas mãos nos bolsos, em busca do meu celular, para ver como ela estava e me praguejei totalmente quando notei que o aparelho não estava ali, eu provavelmente deixei cair no closet ou enquanto subia as escadas, não sei... Inferno! Eu vou ficar louco. E se ele fizer algo contra ela? Eu prometi que não deixaria! Droga, eu deveria voltar e pegar o celular... Mas Lendry precisa de mim, ela estava desesperada no telefone.
Sacudi a cabeça, tentando afastar aqueles pensamentos negativos, então prestei toda minha atenção no caminho. Ok, Daniel ainda está assustado com a situação de sábado e o sumiço de Bethany, ele não seria idiota de fazer algo com ela, tão recente assim, vai dar tudo certo!
Respirei fundo, parando em frente a casa de Lendry, sai do meu carro e andei até a residência, apertando a campainha quando estava em frente a porta. Ela não demorou nem um minuto para abrir a porta e se jogar em meus braços, entre soluços desesperados. Acariciei suas costas e beijei seu ombro.
— O que foi, amor?
— E-e-eu estou grávida!

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Help Me
FanfictionMeu pai é um bom homem, ele vai todos os domingos a igreja, e é certo que abre sua carteira para a caixinha de ajuda de custo para os necessitados, gerenciada pelo padre. Meu pai é um bom homem, sempre que algum morador de rua lhe pede uma peque...