BETHANY CALLAHAN
10:18 AM
Casa dos Callahan, Santa Mônica.
5, de agosto, 2016.
Joguei minha mochila no sofá e sentei na grande poltrona terapêutica ao lado, era confortável, e me ajudou a relaxar um pouco.
Enfim em casa, antigamente eu preferia os hospitais, me sentia mais segura lá, mas depois do que aconteceu naquele lugar, depois de descobrir que não, eu não estou segura em lugar nenhum, hospitais entraram para a minha lista de lugares horríveis.
Todos dizem "não há lugar melhor que o nosso lar", eu discordo totalmente, acho que qualquer pessoa que tenha sido molestada, abusada, violentada e estuprada em cada canto do seu "lar", não o acha tão acolhedor assim.Flashback ON
Daniel sentou na poltrona que havia ganho da vovó e me colocou em seu colo, ele me olhou sorrindo e me despiu, sem me deixar sair de cima dele.
- Deixa eu brincar lá fora hoje, por favor!- implorei, incomodada com aquela situação.
- Não, você vai brincar comigo, hoje...
- Mas eu não gosto disso, papai.- resmunguei, esfregando meus olhos.
- Mas eu gosto, e você tem que me obedecer, já conversamos sobre isso Beth...
Flashback OFF
Levantei, prendendo meu cabelo e sentei ao lado da minha mochila no sofá em frente a televisão.
Olhei para a maldita poltrona e podia me ver ali, sentada no colo daquele homem, ele "estimulando" minha parte intima, com seu pênis nojento entre as minhas coxas, bem perto da minha vagina. Eu chorava, repetindo "me deixa brincar, papai", mas ele não me dava atenção, apenas chupava os dedos e voltava com sua mão para lá, lembro claramente... Ele segurou seu pênis, encostando ambos os nossos sexos e me pediu para relaxar, prometendo que me permitiria brincar quando acabasse, então eu apenas deitei minha cabeça em seu ombro chorando baixinho.
Eu não sabia dar nome ao sentimento que apertava meu coração naquela época, mas era vergonha e culpa, muita culpa.- Thany! - Alicia me sacudiu, sorrindo, então beijou minha testa. - Estamos em casa, filha! Ai, a nossa casa! Foram só três dias, mas eu senti saudades...
- Bom dia para as garotas mais lindas de toda Califórnia.- Daniel sorriu enquanto descia as escadas, nem mesmo o encarei e levantei, me dirigindo a cozinha, podendo ouvir antes de fechar a porta ele perguntar a minha mãe.- O que aconteceu com ela?
Nojento!
Abri o armário com os mantimentos e peguei o pacote de cereal, peguei uma tigela e apanhei o leite na geladeira, me servi, então peguei uma colher, sentando sobre o balcão e comendo.
Hoje a tarde sai os resultados dos exames. O Dr. Smith afirmou que sim, minha vagina estava bem machucada por conta de atos brutos, mas ele não podia alegar ser por um objeto ou por um órgão sexual masculino sem os exames do laboratório em mãos, por conta do meu histórico psiquiátrico, mas Alícia comentou comigo que ele disse para ela, ter quase certeza de que eu não havia penetrado objeto nenhum em mim mesma, porque com certeza estaria mais gravemente ferida.
- Essa foi a última vez que você tenta me ferrar! Você me entendeu, Bethany? - Daniel me surpreendeu, e eu senti meu coração disparar com suas palavras, me dispersando dos meus pensamentos. Ele segurou meu rosto pelo maxilar, encarando meus olhos.
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Help Me
FanfictionMeu pai é um bom homem, ele vai todos os domingos a igreja, e é certo que abre sua carteira para a caixinha de ajuda de custo para os necessitados, gerenciada pelo padre. Meu pai é um bom homem, sempre que algum morador de rua lhe pede uma peque...