Isso terá fim!

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JUSTIN BIEBER

5:18 AM.

A caminho de Los Angeles.

Sáb, 27 de agosto, 2016.


Bethany estava calada no banco de trás, havia sentado lá porque o do carona havia ficado manchado com seu sangue. Eu a olhava vez e outra, com medo que ela fizesse qualquer coisa contra si mesma, como sei lá; pular do carro em movimento. A forma que eu a vi no banheiro foi desesperadora, demorei pelo menos uma hora e meia para acalmar ela e acalmar também. Isso tem que acabar! Daniel tem que ser punido, ele mereceria a morte, se a morte não fosse um belo livramento pelo que ele fez. Ele tem que sofrer em vida, sentir dor e todos os sentimentos ruins que causou a ela.

Eu ainda me sinto culpado, muito culpado! Ela não é louca, nunca foi! Eu sempre senti e lá no fundo, soube disso, devia ter seguido minha intuição e ter ajudado ela anos atrás, quando a vi correndo na rua e gritando que seu pai fazia coisas nojentas com ela, mas eu não fiz nada, eu inclusive tentei ajudar Daniel a continuar machucando ela, quando pedi que parasse de tentar sair daquele pesadelo. Eu sou um monstro!

Funguei, secando meu rosto e mordi meu lábio inferior, olhei para o banco de trás e Bethany havia pego no sono. Ela estava deitada no banco, dormindo de um jeito tranquilo, e eu me senti aliviado com aquilo, dormindo ela não pensaria em como sua vida foi cruelmente destruída.

Foi difícil convencer ela a irmos para o hospital, por mais que estivéssemos indo para L.A, o medo dela que Daniel a encontrasse ou me acusasse de algo era enorme, Chaz conversou muito com ela, e ela ainda estava sentindo muitas dores, então se deu por vencida e aceitou.

Nós chegamos no destino que meu GPS havia mandado, em frente à um grande hospital. Estacionei ali em frente e tirei o cinto, peguei minha carteira e conferi meus cartões ali dentro, enfiei tudo no bolso e fui para a parte de trás do carro. Seus cabelos estavam sobre o rosto inchado e roxo, cobrindo a mordida em sua bochecha. Ela parecia um anjo, porra! Ela é tão especial, como ele pode fazer isso?!

— Bethany, ei.— balancei seu ombro e a garota acordou em alerta, sentado rápido e olhando em volta.- Está tudo bem, sou eu, Justin.

— Ok, Tá... Tá bom.— Ela ainda estava administrando tudo. Segurei em sua mão e a ajudei a sair do carro, ela mal conseguia andar, eu me ofereci para carrega-la, mas ela não quis.— Desculpa sujar seu carro.- pediu envergonhada.— E-eu posso limpar, posso dar um jeito.

Tudo, absolutamente tudo que a Bethany fazia ou falava me queimava por dentro e me fazia ter ainda mais vontade de cuidar e proteger ela do mundo.

— Não se desculpe, você não tem culpa de nada! Está tudo bem, minha prioridade agora é você, foda-se o carro.— falei, tentando deixar ela confortável, ela deu um sorriso mínimo para mim, mas aquilo já foi o suficiente para confortar um pouco meu coração.

— O que vamos falar para eles?

— Pensei em dizer... Dizer que somos namorados.- mordi meu lábio inferior, tentando falar aquilo sem ficar extremamente estranho.— E que somos adpetos do BDSM, e... Desculpa, eu tenho que saber isso.— parei em frente ao hospital e nós fomos para um canto com alguns arbustos, para não atrapalhar a passagem das pessoas.— Ele... O Daniel tirou sua virgindade hoje? Por isso você sangrou tanto?

Ela ficou extremamente vermelha, e seus olhos estavam repletos de lágrimas. Bethany pareceu engolir uma pedra, então ela me olhou, mas em segundos abaixou a cabeça. Ela negou e droga, eu respirei fundo, me preparando para o que iria ouvir, ela levou os dedos para boca e começou a morder as pelezinhas dele, eu estava tentando me manter paciente, mas aquilo estava fazendo minha cabeça revirar, o que ele fez para deixar ela escorrendo sangue?

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