CAPÍTULO 2

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Eu não deveria, mas mesmo depois da noite de ontem, consigo me sentir a vontade com Toni, talvez por que eu já esteja acostumada com caras assim.

Estou impressionada como eu tenho pensado no meu trabalho desde ontem, eu não costumo ligar tanto pra isso.
Visto meu vestido preto de ontem, porque infelizmente as roupas de Gabriela não dão em mim.

Duda e eu chamamos um taxi e fomos em bora da casa de Gabriela. O taxista a deixa em casa e depois segue para a minha...

Meu tio não está em casa, menos mal, pelo menos não vou ter que ouvir aquilo tudo.
Troco de roupa e fico sentada no sofá da sala. Alcanço meu celular, cinco chamadas perdias de André, o infeliz do meu chefe.

Na sexta chamada que ele faz, eu resolvo atender.

- André? -minha voz é baixa, esperando um de seus normais insultos-

- Porque você não atendia o telefone, sua vadia? -ele tem raiva em suas palavras-

- Eu sai ontem, meu celular havia descarregado... -ele grita algo para alguém do outro lado do telefone-

- Não quero saber das suas desculpas! Essa noite teremos uma noite de máscaras, a atração principal será você. Esteja aqui mais cedo! -ele desliga o celular-

É incrível como ele transforma as mulheres que trabalham pra ele em produtos, como se podesse nos vender a qualquer hora.

O resto do dia se passa normalmente, como sempre.
Quando a noite já está quase chegando, começo a me arrumar.
Visto uma calça jeans preta, uma blusa branca, uma jaqueta de couro e um tênis, prendo meus cabelos em um rabo de cavalo pego minha bolsa e saio de casa em direção ao meu inferno, quero dizer, trabalho.

O taxista me deixa na frente da boate, o letreiro da frente já está iluminando o nome Sexy Hot. Isso quer dizer que daqui a pouco os clientes estarão aqui.

Eu entro, todas as meninas estão com os cabelos arrumados e já maquiadas, de roupão ajudando a organizar tudo.
Sigo para o camarin sem falar com ninguém. Começo minha maquiagem marcante, faço um coque em meu cabelo e visto meu roupão.

Dou uma olhada na roupa que vou usar na hora do "show", um vestido vermelho decotado e curto, por baixo um corpete também vermelho que será usado na hora do lape dance. Um salto e uma máscara. Não sabia que era noite de máscaras.

- É a sua cara, não é? -me assusto ao ver André encostado na penteadeira me olhando-

- Não, não é. -eu volto para a frente do espelho-

- Não sabe como fica sexy dando uma de marrenta. -ele segura meu rosto me fazendo olhar nos seus olhos-

André tira um colar do bolso e coloca em meu pescoço, quando termina, da dois beijos no meu pescoço.

- Presentinho do Sr. Pedro Albuquerque. -ele me olha pelo reflexo do espelho-

Ele sai de trás de mim quando as outras meninas entram. Ele sai do camarin nos mandando ficar prontas.

Como de costume, nenhuma menina fala comigo além do necessário. Melhor assim, não ficarei aqui por muito tempo, é só até o Pedro me pedir pra nos casarmos, e eu já estou dando um jeito para que isso aconteca.

Me visto e saio do camarin. Os clientes já começaram a chegar, todos de ternos super caros provavelmente escolhidos por suas esposas.

Vou até o bar e pego um drink, só bebendo pra aturar isso aqui!
Minha atenção vai toda para um homem que pede algo mais forte ao barman. Não me lembro de tê-lo visto aqui em outras noites.

SEDUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora