Continuamos o caminho até o hospital sem trocar uma palavra...
O taxista nos avisa que chegamos, Duda desce por um lado e eu pelo outro.Só agora percebo que a perna dela ta sangrando, então eu a ajudo a entrar. Logo um enfermeiro vem com uma cadeira.
- Eduarda! -Sarah entra no hospital se desmanchando em lágrimas junto de Vicente-
- São os pais? -o enfermeiro pergunta secamente-
- Sim. -percebo que eles dão as mãos, como se precisassem um do outro-
Eles entram com a Duda. Tenho certeza de que não vai ser nada grave, afinal, ela ta consciente, seja oque for que ela esteja sentindo, ela mesma pode dizer, e o médico dará um jeito.
Me acomodo em uma cadeira na recepção do hospital, depois de mais ou menos uma hora, Vicente vem até mim, se sentando ao meu lado.
- Obrigado, Sophia. Por tê-la ajudado, por ter ido busca-la e, por ter nos ligado. -seus olhos estão cheios de lágrimas. Eu nunca o vi chorar-
- Eu sempre vou cuidar da Duda. -eu o olho nos olhos, demonstrando firmeza nas minhas palavras-
- Você é uma grande amiga pra ela, e, como uma filha para nós. -meu coração está derretendo com essa conversa. Ele não tem noção do quanto eu queria que isso fosse verdade- A Duda volta pra casa amanhã, só uma pancada de leve na cabeça e a perna que ficou presa machucou um pouco.
- Que bom. -fico feliz em saber que ela está bem-
- Eu, tomei a liberdade de chamar um taxi pra você. Precisa dormir, amanhã ela vai pra casa, ai vocês podem se ver. -ele se levanta e eu fasso o mesmo-
- Obrigada. -ele me olha nos olhos-
Vicente segue para os corredores, e eu para a saída. O taxi chega, o motorista me pergunta se sou a Sophia, e me deixa em casa.
Passo no quarto do meu tio tentando não fazer muito barulho, ele parece estar dormindo, um cheiro de bebida absurdamente forte sai do seu quarto. Eu fecho a porta e sigo para o meu quarto.
Tomo um banho, visto meu pijama e olho meu celular. Merda! Dez chamadas perdidas do André. Bom, mais ferrada que eu estou não posso ficar, então resolvo dormir, afinal, são 5:15 da manhã e eu ainda quero ver a Duda.
Acordo com meu celular vibrando, enquanto disperto o alcanço, mensagem do Pedro, me sento na cama para resonde-lo.
Pedro: Bom dia linda, saudades.
Sophia: Bom dia. Saudades também. Já viajou?
Pedro: Não, meu vôo é amanhã. Assim que eu voltar quero te ver! Até mais tarde... Bjs
Sophia: Bjs.
O relógio marca 12:45, minhas pernas doem, sempre que faço pole dance fico assim no dia seguinte.
Me levanto e me arrumo, visto uma calça jeans azul clara, um cropped rosa e uma sandália também rosa. Faço um rabo de cavalo no cabelo, pego minha bolsa e saio.
Amanhã é segunda, que droga, tudo de novo. Escola, aquela maldita boate. Pelo menos dias de semana são menos caras, então fechamos mais cedo.
Quando me dou conta estou na porta da casa da Duda, aperto a campainha e Sarah me atende com um sorriso no rosto.
- Sophia, entra! -ela me da espaço e eu entro-
- A Duda ta bem? -ela fecha a porta e para na minha frente-
- Ta, ta lá no quarto dela. Esperando você, disse que vocês tem que conversar. -ela já sabe, espero que não saiba sobre Pedro- Pode subir.
Eu subo em direção ao quarto de Duda, a porta está meio aberta, entro.
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SEDUÇÃO
RomanceSophia Venture é uma adolescente de 16 anos, e apesar da pouca idade, já sofreu muito. Perdeu os pais aos 10 anos, e desde então, é criada pelo tio, Heitor, o único parente vivo da menina. As únicas pessoas com que ela pode contar são Duda, sua melh...