- Não é mais. -quando percebi os dois estavam de pé se encarando-
- Ela nunca vai deixar de ser. -os dois estão quase se batendo-
- Já chega! -eles me olham- Você, continue. E Renan, não se meta! -fui rude, mas era preciso-
- Eu vou direto no assunto. Sou o líder de o que alguns chamam de máfia brasileira, outros chamam de gangue, entenda como quiser. -eu ri daquilo-
- Pare de me enrolar.
- Estou falando a verdade! Fazemos vários tipos de roubos, temos muitos inimigos, somos conhecidos por uma boa parte do mundo. -ele parece se orgulhar disso-
- Criminosos. -revirei os olhos-
- Herança do papai. -dei-lhe um tapa forte na cara- Meu pai não era um crimisoso!
- Sim, Sophia! Ele era. Até você completar 5 anos... Quando ele decidiu que não queria você ligada a nada disso. Eu aceitei, até ele dizer que "Nada disso", me incluia também. -eu o escutava atentamente- Eu não deixei a gangue acabar, não ia aceitar voltar a viver em baixo das asas dele pra sempre, então lá fui eu. Um garoto de 17 anos, liderando uma gangue, ou o que sobrou dela.
- Mas eu não lembro de você antes disso. -ele revirou os olhos para mim-
- E de que você se lembra antes disso, Sophia? -ele tinha razão, não tenho muitas lembranças da minha infância- Eram caras armados, drogas, granadas entrando e saindo de casa. Mamãe te levava para algum tipo de psicológo, sei lá, sei que fazia com que você apagasse isso da sua memória. E como eu já não morava em casa, fui incluido nesse apagão.
- É muita coisa pra mim... -eu já estava chorando como uma louca de novo-
- Sophia, você é tudo que sobrou... Me deixe cuidar de você, chega de ficar achando que está sozinha no mundo! Eu nunca mais vou abandonar você. -seus olhos estavam vermelhos-
- E onde Renan entra nisso tudo? -Renan ficou espantado do nada-
- Renan faz parte da gangue. Meu braço direito. -Luan o entregou-
- Seu babaca. -Renan o xingou-
- Chega de mentiras! -Luan grita para ele-
Eu simplesmente quero sair dessa casa! Não sei oque dizer a Luan e nem consigo falar com Renan. Que ódio!
Quando me dei conta estava sentada chorando descontroladamente.- Eu quero ir embora. Eu presiso sair de perto de vocês! -os dois me olhavam com espanto-
(...)
Desci do carro deixando Renan e Luan antes mesmo do carro ser estacionado. Quando me dei conta já estava dentro do quarto pegando algumas roupas.
- Você não vai a lugar nenhum. -Renan joga minhas roupas de volta para o armário-
- Sai! -gritei-
Ele se afastou. Fechei minha mochila que continha algumas roupas. Alcançei as chaves da minha moto e sai daquele apartamento como um furacão, deixando Luan e Renan chamando meu nome.
Subi na moto e só a parei quando cheguei onde eu queria. A boate. Nunca achei que diria isso, mas de onde eu nunca devia ter saído.
Entrei e logo os olhares de algumas meninas vieram para mim. Depois de adentrar mais um pouco olhando o começo de noite na boate, senti alguém me puxar para um canto.
- Posso saber oque você faz aqui? -André me pergunta com um tom ameaçador-
- Saudades. -mentira! Minha vida é feita de mentiras e não quero olhar na cara do meu marido e nem do meu suposto irmão-
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SEDUÇÃO
Storie d'amoreSophia Venture é uma adolescente de 16 anos, e apesar da pouca idade, já sofreu muito. Perdeu os pais aos 10 anos, e desde então, é criada pelo tio, Heitor, o único parente vivo da menina. As únicas pessoas com que ela pode contar são Duda, sua melh...