CAPÍTULO 12

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- Olá Sophia, sou a Dra. Mirian. Sente-se. -a médica tem um sorriso meigo nos lábios, Duda e eu nos sentamos-

- Essa é minha amiga, Duda, ela pode ficar? -porfavor diga que não!-

- Como preferir. Bom, seu marido disse que você está com algumas marcas roxas no corpo... -ela me da uma piscada, como se soubesse o porque- Vou te passar a pomada de sempre, e te indicar um creme para dor.

O que ela quis dizer com "pomada de sempre"?
Duda me olha com uma cara de poucos amigos.
Não troquei muitas palavras com a médica, apenas peguei as receitas e sai daquela sala.

- Apenas me escute! Você se casou com um desconhecido, sem preliminares, sem namoro, sem romance, mesmo assim, eu te apoiei! Mas a cada dia ele desce mais no meu conceitos, agora você precisa de dermatologista... -ela pausa, como se pensasse em algo- A quanto tempo ele te bate, Sophia?

Confesso que senti vontade de rir com aquilo. Acho que o casamento está me amadurecendo, afinal, Duda tem apenas 16 anos, quase a mesma idade que a minha, mas ela não precisava saber da parte "ruim" do meu casamento.

- Ele não me bate, Duda. Fique tranquila, coisas da viagem, apenas isso. -disse apenas, subindo na moto-

Deixei Duda em sua casa e depois segui para a minha, já tentando arranjar alguma desculpa pelo fato de eu aparecer com uma moto. Que tal "Achei ela na rua"? Acho que ninguém aceitaria essa merda de desculpa, muito menos o Renan.
Bom, alguma coisa eu vou ter que dizer, alguma coisa que não envolva essa tal tia.

Fiquei tão perdida nos meus pensamentos, que quando me dou conta estou na sala de casa. Logo posso escutar Renan aos gritos com Carlos, o motorista.
Subo as escadas sem fazer barulho, não que eu esteja com medo, longe de mim! Mas, como ele está irritado, é melhor evitar algum encontro agora.

Vou direto para o banheiro, tomo um banho e visto um short jeans curto e uma blusa curta, quando escuto a porta fazer um barulho alto, me fazendo pular enquanto prendo meu cabelo, me viro em direção a porta, e posso ver Renan, com sua roupa pós dia de trabalho, sem gravata e sua blusa social com botões abertos. Ele balança a cabeça de um lado para o outro.

Continuo a fazer o que estava fazendo antes, ele se encosta na porta do banheiro, olhando meu reflexo no espelho.

- Eu gostaria muito de rir enquanto te digo que um dos meus seguranças viu você hoje, andando em uma moto. Gostaria também que você risse enquanto respondia "Quem foi esse louco?"... -ele franze a testa enquanto pensa- Mas pra minha infelicidade eu tenho que te perguntar: De quem é aquela moto, e o que ela está fazendo com você?

- Ela é minha. -não é mentira, ela realmente é minha-

- Vai continuar mentindo pra mim? -ele me puxa bruscamente para olha-lo-

- Já que é pra falar de mentiras, vamos começar com quando você ia me contar que comprou a boate? - 1×1 pra mim! Veja se pode com essa, querido marido-

- A quanto tempo você sabe disso? -pra minha surpresa, ele não muda um traço do rosto-

- Não importa! E você precisa parar com essa maldita mania de segurar o meu braço! -eu puxo meu braço, o fazendo soltar-

Eu desco a escadas rapidamente e saio do apartamento.
Já do lado de fora do prédio, percebo que deixei meu celula4r no quarto! Só me lembrei de pegar as chaves da moto.

Tiro a moto da garagem e começo meu caminho em direção a uma praia qualquer, preciso pensar! Longe do Renan. O caminho estava tranquilo, até escutar um barulho familiar. E olha que sorte! A polícia.

SEDUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora