CAPÍTULO 8

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Eles param e nos olham.

- Renan, Julia está tocando tão bem! -Milena diz sorrindo e se aproximando de nós-

- Ele já está ocupado com outra criança, Milena. -Pedro faz o comentário ridículo nos olhando-

- Porque não fica quieto, Pedro? -Renan o responde-

- Por que é mais divertido falar. -ele é tão sarcástico, chego a ficar irritada!-

- Já chega! -Elen interrompe o começo de discução- Renan, porque não passa um tempo com a sua filha, eu vou levar a Sophia pra dar uma volta.

- Elen... -Renan a repreende desconfiado-

- Fica tranquilo! Vou tomar conta dela. -ela o responde segurando a minha mão-

Renan aperta um pouco mais a minha cintura e me da um beijo. Ele parece incomodado com esse passeio.

E eu, encomodada com o fato de ele ficar com a Milena, sozinho...

A noite cai e então me vejo na entrada de uma das melhores boates de Paris, ao meu lado, Elen, que me olha orgulhosa do trabalho que fez comigo.

O nosso dia foi resumido em compras e uma parada em seu apartamento, onde ela me fez de boneca, me maqueando, arrumando o cabelo, e me fazendo vestir uma saia preta rodada curta, uma blusa branca com detalhes de paitê e um salto preto.

Ela não permitiu que eu ligasse para Renan, disse que ele e a filha precisavam de um tempo, eu concordei. Não queria ser a madrasta chata que tira o pai da menina.

Quando me dei conta, estava sob as luzes neon fortes da boate, a música alta. Eu trabalhava em uma, mas nunca consegui me sentir confortável em nenhuma.

- Preciso ir ao banheiro! -Elen diz no meu ouvido me dando seu copo para segurar- Não saia daí!

Eu viro meus calcanhares para a direção do bar, quando um homem me esbarra por trás, sinto sua mão em minha cintura, me sustentando de pé.

- Desculpe. -ele para em minha frente sorrindo-

- Tudo bem. -eu retorno o sorriso, dessa vez, mirando seu belo par de olhos verdes, e que olhos!-

- Sou Eduardo. -ele beija as costas da minha mão. Eu travo por um segundo ou dois, não estou acostumada com esse tipo de cavalheirismo-

- Sou Sophia. -eu recolho minha mão novamente-

- Está sozinha, Sophia? -ele está flertando comigo?-

- Não, ela não está, nem aqui na boate e nem na vida. -Elen surge ao meu lado, cortando a nossa tentativa de início de conversa-

- Eu não compreendo... -ele da um sorriso, me parece estar mesmo desentendido-

- Suponho que deve conhecer Renan Albuquerque. -ela pega minha mão com aliança e o mostra. Elen não pode fazer isso!-

Eduardo da um sorriso de lado, diferente do sorriso de dois minutos atrás, e some pelo meio da multidão.

Elen pega seu copo da minha mão e ingere o líquido como se nada tivesse acontecido.

- Não tinha esse direito. -tudo bem, não seria capaz de ir muito longe com o rapaz, mas mesmo assim...-

- Sophia, acredite, estou te ajudando... Não sabe no que se meteu. -sinto que ela não se refere a Eduardo-

Não ficamos até o fim da noite... Lá pelas três da manhã estou dentro do quarto. Renan sentado na poltrona com uma calça de moletom cinza sem camisa, com todas as suas tatuagens a mosta, e com um copo na mão.

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