CAPÍTULO 25

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- Pedro? -o encaro sem entender nada- O que você ta fazendo aqui?

- Vim fazer uma visita a um velho amigo e a noiva dele...

- Não sou noiva dele!

- Não dê ouvidos á ela. -Eduardo aparece- Preciso conversar com você, no meu escritório.

  Pedro e Eduardo seguiram para a sala que eu nunca fiz questão de entrar. Bom, até hoje... Fui até a cozinha, peguei um copo de vidro e adentrei o banheiro que fica bem ao lado, banheiro esse, que tem uma porta para dentro do escritório.
  Espero que funcione como nos filmes... Coloco o copo de vidro na porta sem fazer barulho algum, e encostei minha orelha. E não é que funciona mesmo?

- Como vão as coisas com os Albuquerque? -é a voz de Eduardo-

- A minha família está sem entender. Renan só sai de casa com o irmãozinho dela. Nem na empresa tem aparecido, não atende as ligações de ninguém. Meu pai foi á casa dele, mas ele não o recebeu.

- Isso é bom... Vai ser fácil pra polícia pega-lo quando eu forjar as provas da morte do tio da Sophia.

- Não tem medo de descobrirem que foi você? -puta que pariu! Eduardo matou meu tio?-

- Não. E você? Não tem medo de descobrirem que você foi o mandante? -por pouco não deixo o copo cair no chão-

  Paro de ouvir para não abrir a porta e atirar nesses dois com a arma de Eduardo! Antônio precisa chegar logo... Renan vai ser preso injustamente! E por uma acusação na qual eu fui a primeira a fazer.
  Saio do banheiro e me tranco no quarto. Começo a chorar de desespero, pânico, medo. Vários sentimentos ruins de uma vez só. Tão ruins que me dão até vontade de vomitar...

- Você só pode ter atraído eles pra cá! -Eduardo e Pedro entram no quarto desesperados- Precisamos ir embora daqui agora!

- Uou... Vocês precisam ir. Eu entro no meu carro e sigo para o lado contrário. Bem longe de você. -Eduardo pega os óculos de sol, que estava prestes a por no rosto-

- Ta achando que eu vou e ferrar sozinho? -apontou a arma para ele- Se eu cair você cai juntinho.

- Seu desgraçado.

Eduardo pega as coisas que precisa, enfia e uma mochila preta, me puxa pelo braço e nós três descemos correndo. Antes de entrarmos no carro, pude olhar para o fim da rua e ver três carros correndo na nossa direção.
 
  Eduardo pisa fundo no acelerador, e em menos de dois minutos já estamos á mais de 50 km. Os carros nos seguem quase que colados atrás de nós. Me jogo no chão do carro quando começo á escutar os barulhos dos tiros disparados contra o carro e quebrando os vidros.

- Deviamos ter vindo no meu carro. É blindado. -Pedro grita-

- E você só diz agora imbecil?

  Depois de uma freiada brusca, bato com a minha cabeça em alguma coisa. Tudo fica escuro...

- Sophia? Sophia? -escuto a voz me chamar baixo-

- Luan... -abraço meu irmão com força assim que abro os olhos-

- Ta tudo bem... Eu to aqui... -ele beija o topo da minha cabeça-

- Pra onde nós estamos indo? -só agora percebo que estamos no banco de trás de um carro-

- De volta pra casa. -Antônio diz do banco da frente-

- E o Renan?

- O convenci á ficar... Do jeito que está, ele poderia atrapalhar tudo...

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