CAPÍTULO 5

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Aqui estamos nós. Sentados no tapete da sala, ouvindo alguma música que eu não conheço, na terçeira garrafa de vinho.

Renan está me contando sobre a sua última viajem a Dubai.

- É um belo lugar. Quem sabe eu te leve lá um dia... -se meus pensamento já não estivessem tão bagunçados, eu acharia isso estranho- Você não ficou triste com a morte do seu tio? -ele pergunta enchendo nossas taças mais uma vez-

- Meu tio era uma pessoa, horrível! Fiquei triste por perder a única pessoa da minha família, mas, é uma morte superada. -eu bebo um gole do vinho- Renan, eu perdi meus pais. Eu consigo viver sem qualquer um...

- Você é fria, pra uma garota de 16 anos... -ele está sério-

- A vida me deixou fria... -eu respondo, mostrando meu copo vazio para ele-

- Já chega de beber. -ele pega nossas taças e as três garrafas de vinho vazias-

Eu continua sentada enquanto ele deixa tudo na cozinha e volta.
Renan me ajuda a levantar, eu piso de mal jeito e quase volto ao chão, ele segura firme minha cintura, me olhando nos olhos.

- Acho melhor você ir dormir. -ele sugere me soltando-

Meu celular toca, é o André. Droga, eu esqueci que hoje teria pole dance! Eu atendo.

- Oi André... -to me preparando para o esporro-

- Sophia... Eu, só queria te dizer que eu arrumei uma dançarina mais, experiente, então, você não me deve mais nada... -não acredito que eu to ouvindo isso!-

Eu desligo... Acho que essa é a minha única felicidade nos últimos dias!

- Aconteceu alguma coisa? -Renan cruza os braços enquanto pergunta-

- Eu to livre daquela maldita boate! -só agora percebo que ainda to sorrindo-

- É... Amanhã eu vou cedo pra empresa. A empregada chega amanhã... Você tem aula? -ele pergunta olhando para o celular-

- Tenho...

- Tudo bem. -ele sobe as escadas-

- Renan? -eu o chamo ainda da sala-

- Sim? -ele para e me olha-

- Porque ta me ajudando? -eu já deveria ter perguntado isso a muito tempo-

- Você viu em mim, uma coisa que muitos não viam a muito tempo.. -não entendi oque ele quis dizer-

- Como assim? -eu subo as escadas e paro na frente dele-

- Nem ligou pro meu dinheiro ou para oque poderia te oferecer... Achou errado e, me deu um fora. -nós rimos- Sei que você não é tão seca assim, Sophia... No fundo, é só uma menina... Boa noite.

- Boa noite... -eu o respondo-

Ele segue para seu quarto e eu vou para, bom, o meu quarto.
Eu deito e tudo gira, deve ser o efeito o álcool...

Dessa vez não foi a luz do sol no meu rosto que me acordou, graças as cortinas de blecaute.

O que me acordou foram batidas na porta. Minha cabeça ta explodindo! Eu me levanto e abro. É uma mulher, ela me parece ter uns 40 anos.

- Olá Srt. Venture. Sou Verônica, a empregada daqui. O Sr. Albuquerque me pediu pra lhe acordar para a escola. O café está pronto. -ela tem um sorriso meigo-

Verônica sai do meu campo de visão. Eu entro e tomo um banho, visto uma calça jeans preta e uma blusa com detalhes prateados que encontrei no armário. Pego minha mochila e desco.

SEDUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora