Quanto ao suicídio, como já foi explicado, não somos os criadores de nossa própria vida. Por isso, é natural que não possamos eliminá-la. Problemas todos têm, mas a maturidade para lidar com eles deve ser buscada por cada indivíduo. Nestes casos, a presença de Deus faz toda a diferença na vida do ser humano. Exu Tiriri uma vez me disse: "Moça, com fé tá difícil, sem fé a gente não sai do lugar..." Neste ensinamento fica a mensagem de que se não nos consideramos fortes o bastante para enfrentar nossos problemas sozinhos, devemos ter a humildade de buscar ajuda. Dentro da visão reencarnacionista, é compreendido que a morte não representa o fim da vida, mas apenas o encerramento do corpo físico, logo, de que adianta eliminar o corpo se o espírito sobreviverá e ainda será cobrado pela vida e pelo mau uso do seu livre- arbítrio? Neste caso, lembre-se o desespero não é bom conselheiro. A religião pode ajudar muito, mas para isso é preciso que a humildade seja maior que o orgulho. As notícias que temos do astral sobre o processo pós- morte dos suicidas não é das melhores. De acordo com estes relatos, o espírito desencarnado não consegue se desprender do corpo físico, por ter eliminado a sua existência terrena antes da hora. Então permanece por muito tempo ligado à matéria, mantendo quase integralmente a sua consciência e assistindo à decomposição do seu antigo corpo físico. Eles sente todas as sensações pertinentes à decomposição, em um processo doloroso, e silencioso clama por socorro até perceber que nenhum ser está acima das leis universais que regem o universo. De acordo com o psiquiatra e escritor Augusto Cury, no livro " Ansiedade: O mal do século", a pessoa que pensa em suicídio quer é acabar com a sua dor e não a sua própria vida. Porém, sem saber como fazer isso, acaba perdendo o interesse em continuar vivo. Recomendamento a leitura deste autor e a consulta com um psiquiatra, ou um neurologista, isso pode ajudar muito em casos de desânimo prolongado e depressões. A vontade dos homens não está acima das leis naturais da vida. Atentar contra a sua contra a sua própria existência, em um gesto egoísta, e não pensar naquele que fica e que terá que encarar, além dador da morte, a incompreensão do suicídio, não poderá permitir portas abertas no alto. Imagine que todo ser humano em sofrimento busque o fim da sua vida como solução para seus problemas. Seria uma atitude coletiva de covardia. É preciso coragem para buscar força e resistir às provações terrenas, superado os obstáculos, mas antes de tudo é preciso atitude e humildade para encontrar as respostas daquilo que não compreendemos e ajuda para enfrentar o que sozinhos não conseguimos enfrentar. A Umbanda e toda religião pode ajudar. Basta que busquemos estes auxílios. Admitir que precisamos de ajuda é ato de coragem e de crescimento espiritual. Não se envergonhe de pedir ajuda nunca. Existem também os casos de suicídios indiretos, nos quais pessoas infelizes com o curso da sua própria saúde, na esperança que a vida termine mais rápido. Buscam propositalmente, ás vezes no plano consciente, outras no inconsciente, formas de destruir o corpo. Comem tudo que lhes é proibido pelas recomendações médicas, ou não comem nada, dormem pouco, bebem muito, se drogam, se aventuram na boemia, relaxam com a higiene do corpo e buscam isolamento total. Estes comportamentos, na maioria das vezes, denunciam atitudes de pessoas que procuram antecipar sua desencarnação por causa do desânimo intenso. É preciso reverter quadros oferecendo ajuda e dando incentivos, como sugerir atividades físicas para vencer o sedentarismo, a ociosidade e a ansiedade, sugerir a frequência a Templos religioso, seja de Umbanda ou de qualquer outra saudáveis programas de rádio e assistir a bons programas televisivos, ouvir boa música, ir a matas, cachoeiras e praias, tomar banho de sol e de lua a fim de absorver o magnetismo dos mesmos, pois o contato com a natureza ativa energias revitalizantes no indivíduo.
Escritora: Flávia Pinto