Casamento

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Toda forma de amor deve ser celebrado e abençoada. Os casamentos Umbandistas são lindos rituais de celebração do amor. Todos aqueles que, junto aos seus pares, integram o manto do amor em uma relação amadurecida, devem, sim, buscar a bênção de um sacerdote para invocar a proteção de Deus para sua união.
A realização do casamento Umbandista é um ritual que busca comunicar ao mundo que estas duas pessoas se amam e invocam a proteção de Deus naquele momento para que juntos, possam continuar se amando e constituir uma família que comungue sempre a presença de Deus e de toda as entidades de luz em todos os momentos de sua vida. Nesse momento, a Entidade e o sacerdote invocando energias do universo e do reino dos Orixás, abençoam os nubentes desejando que tenham sabedoria, companheirismo, amizade, solidariedade, lealdade, respeito e fé para que, juntos, construam um núcleo familiar, que é a base de toda sociedade, iluminado ir Deus.
Em tempos modernos, é cada vez mais frequente que os casais não cheguem bem a dez anos de casamento, e isto tem comprometido muito a organização da sociedade. As famílias vêm se desestruturado em efeito cascata. Temos certeza de que este fenômeno está ligado aos avanços, não calculados, da modernidade, mas também a ausência de Deus na vida das pessoas. Sobretudo dos pais e mães, que são os principais responsáveis por recepcionar, criar, cuidar, educar e proteger as almas que chegam para o novo desafio da reencarnação na condição de filhos.
Os efeitos danosos de um lar que vive em brigas são incalculáveis, mas igualmente danoso é o efeito da separação na vida de toda família. Em tempos atuais, ninguém mais é obrigado a ficar casado com ninguém, mas parece que esta liberdade trouxe um comportamento voltado a não mais persistir na União e aceitar facilmente a separação como unica solução. Parece que a humanidade está descrente do "viver felizes para sempre". Os casais modernos estão menos fortes para preservar seu amor e cuidar de sua família. Parece que ficou mais faço amar uma novidade do que aprender a amar quem está diariamente ao seu lado. Todo cônjuge tem seus defeitos: em vez de esperar pela pessoa perfeita - que não existe em nenhuma dimensão conhecida pelos humanos -, por que não exercitar o amor inteligente para ser feliz?
O principal alvo dos espíritos obsessõres é a família, seguida pelos adolescentes. Destruindo um lar destroem o coletivo, e o ataque estratégico aos jovens começa exatamente nesse momento de desestruturação do lar. O ser humano buscou a modernidade, mas esqueceu de prever o dano que uma relação mal construída, e portanto mal terminada, causa nos filhos desta união.
Na Umbanda temos uma preocupação de como será o futuro, uma vez que as gerações mais novas não tem referências de relações continuadas por longo tempo, e sabe-Se que os comportamentos são socialmente influenciados. Será que o que se querer é o fim das relações sólida? Tempos modernos parece que existe algo de ruim em ser casado por muito tempo, e parece também que as pessoas já casam pensando em se separar. Estão prontas para isso, basta algo não sair como o planejado. Este é um mal oriundo de uma liberdade com que a humanidade ainda não tem maturidade emocional e espiritual para lidar. Pensando agir como adultos livre, autônomo e independentes, agem como crianças indefesas que reagem com a separação nas primeiras dificuldades que a relação apresenta. Qual será a fórmula usada pelos nossos avós para permanecerem casados por trinta, quarenta, cinquenta, sessenta anos? Será que é tão impossível assim? e qual era o quadro da violência e dos transtornos sociais há poucos tempo atrás, quando as relações familiares eram mais duradouras? Será que há uma correlação entre esses comportamentos sociais e a desunião das famílias? Ao ver alguém em declínio emocional, envolvido com drogas, com depressão ou perdido na vida, já se perguntou como deve ser a estrutura familiar desta pessoa? É preciso perder a ingenuidade e saber que os espíritos sem luz influenciam não apenas pessoas, mas também comportamento sociais e coletivos. Hoje a regra é casar, depois namorar par ver se dar certo, enquanto,há pouquíssimo tempo atrás, namorava-se bastante e até se noivava, para só depois casar ou não. A carência, o ciúmes, a solidão, a baixa autoestima, a insegurança, o sentimento de posse, a paixão, o tesão, o interesse financeiro, a imaturidade e as ilusões têm casado mais gente que o amor verdadeiro. aliás, o amor está muito distante da humanidade, justamente porque ele está distante das famílias. Quando não se encontrar o amor em casa, já se sai à rua um tanta desiludido com as possibilidades de construir relações duradouras. O resultado são pessoas cada vez mais vazias e emocionalmente frágeis pelo fato de não terem sido criadas em ambientes com sólidas relações de afeto. É importante pensar que é impossível buscar um casamento e construir uma relação sólida e duradoura sem fazer estas reflexões. A não previsibilidade destes pontos gera infelicidade a curto prazo, transtornos energéticos a médio prazo e processos obsessões de alta complexidades longo prazo. Quando se busca bênção para uma união através de uma cerimonia de casamento, o casal tem que refletir sobre todos estes pontos. Abençoar uma união é algo muito serio. Esta bênção não pode ser em vão. os nubentes não podem achar que o sacerdote será o elemento magico que garantirá que tudo dará certo. A bênção para a união ajudará muito, pois protegerá e alicerçará o campo magnético do casal para evitar que caiam facilmente em armadilhas obsessivas dos espíritos inferiores especializados em destruir lares. A benção de uma união e a celebração do amor é algo de mais lindo a pena, não pode ser em vão. Pense nisso. A Umbanda não aconselha falsos puritanismos. A religião tem ciência da atualidade. O aconselhamento é bem simples: não case com a primeira pessoa que aparecer em sua vida. Quando parecer que encontrou alguém, faça uma prece sincera e peça que Deus, em conjunto com o seu anjo da guarda e todas as Entidades, que o protegem, que deem sinais indicando se a pessoa é alguém que está vinculado ao seu planejamento reencarnatório. E permita que o tempo amadureça a relação, não tenha pressa. O símbolo do casamento é a aliança, não as algemas. Não queira prender ninguém pelo vínculo do casamento. Queira viver um amor tão intenso e equilibrado que o caminho natural seja o casamento. Não se apavore se demorar a encontrar uma pessoa legal. O planeta tem, atualmente, sete bilhões de pessoas. É natural que a matemática do amor demore a acontecer, temos muitos caminhos e muitas encruzilhadas com que nos deparar. Enquanto não aparece a pessoa certa, se encante com aquelas que estão de passagem, sem querer pôr algemas nos corações alheios. Namore bastante e somente depois pense em casa ou não. Observe atentamente as características da personalidade do seu (sua) parceira (o) e reflita se depois de dez, vinte, trinta anos o seu amor ainda será forte o bastante para permanecer convivendo com os defeitos da pessoa amada. Isto é bom porque, quando o casal for buscar a bênção para sua união ( seja ela heterossexual ou homoafetiva, pois para a Umbanda o importante é o respeito ao amor), os pares devem estar de fato preparados e bem- amadurecidos para este pedido.

Escritora: Flávia Pinto

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