Seis

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Abri os olhos e me arrependi amargamente por ter feito isso. Minha cabeça parecia que ia explodir. Quase cai da cama ao ver costas tatuadas e com toda certeza masculinas, os cabelos castanho-escuros da cor de um lápis de cor marrom são inconfundíveis.

Kyle.

Aí.

Meu.

Deus.

Não! Não! Eu não dormi com esse bandido noite passada, eu não estava tão bêbada! A última coisa que me lembrei foi de vomitar tudo o que eu tinha bebido.

É impossível. Olhei ao meu redor e percebi o ambiente desconhecido, isso aqui não é o quarto de Joyce que é onde eu deveria estar. Onde eu estava?

Respirei fundo.

Com todo o cuidado, levantei o lençol branco e percebi que estou apenas com a minha lingerie preta da noite passada. Tentei normalizar meus batimentos cardíacos. Não estou completamente nua, isso é um bom sinal.

Ouvi um resmungo vindo de Kyle, ele se remexeu e virou o rosto para o meu lado. Fiquei completamente paralisada, segurando o lençol com força contra o peito. A barba em seu rosto começava a aparecer, deixando-o ainda mais incrivelmente sexy.

Ele abriu os sonolentos olhos verdes, fez uma careta e colocou o braço no rosto.

— Porra.— ele xingou e olhou as horas no seu celular que está no criado mudo ao lado de sua cama.— Você acorda cedo pra caralho, gatinha.

Sua voz sonolenta também soou incrivelmente sexy. Me levantei bruscamente, puxando o lençol comigo e me enrolando nele. Kyle se assustou com o meu movimento brusco.

— O que eu estou fazendo aqui? — perguntei entredentes.

Ele apoiou os cotovelos na cama e me deu um sorrisinho malicioso, aquele que aparece a covinha na sua bochecha.

— Você me pediu para eu te levar para minha casa e eu te trouxe.— ele respondeu.

Meus olhos se arregalaram.

Ele solta uma risada.

— É sério, você vomitou até as tripas e depois me pediu para que eu te trouxesse para cá.— Kyle se levantou apenas de cueca preta boxer, sem vergonha nenhuma.

Seu corpo era realmente perfeito sem roupas, desde os ombros largos, barriga chata e tudo o mais. Desviei o olhar e tento com todas as minhas forças me lembrar de eu pedir a ele que me trouxesse até aqui, foi em vão pois não consegui me lembrar.

Que horrível essa sensação.

Um ditado que Joyce costumava dizer muito era: "cu de bêbado não tem nome."

Arrgh.

Será que...?

— Nós dois... Nós?— gaguejei um pouco indicando nossos corpos.

— Não. — Kyle respondeu imediatamente, entendendo o que eu queria dizer.— Não me aproveitaria de nenhuma garota, no estado em que você estava.

Respirei aliviada.

Menos mal.

Seria horrível transar com alguém e não lembrar de porra nenhuma, ainda mais no estado deplorável que eu estava.

Não me lembrava de ter pedido a ele que me levasse para cá, será que ele queria se aproveitar do meu estado? Mas não se aproveitou porque eu vomitei toda a bebida que ingeri na noite anterior? Jesus, que vergonha! Eu vomitei na frente dele! Que nojo!

RupturaOnde histórias criam vida. Descubra agora