Trinta

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A casa de Hunter estava lotada. Havia muitas pessoas que eu nunca vi na vida, nem de vista na faculdade. Quando Joyce disse que queria uma festa de arromba, eu achei que era brincadeira, mas obviamente não era.

Abaixei meu vestido vermelho e curto para baixo, enquanto eu andava pelas pessoas procurando por Joyce ou Kyle.

Eu encontrei Kyle no bar improvisado que eu e Joyce organizamos. Franzi a testa quando vi que ao lado dele havia uma mulher... familiar, acho que já a vi nos corredores da faculdade. 

Os dois não perceberam minha presença, eu estava há alguns metros de distância. Eles estavam apenas conversando.

Estreitei os olhos.

Eu não iria bancar a namorada ciumenta nem a pau!

A garota olhava para Kyle com admiração e tesão. Ela enrolava uma mecha do cabelo loiro e mordia o lábio inferior sedutoramente.

Eu a entendia, Kyle era lindo e sexy pra cacete mas era meu.

Mas eu queria observar sua conduta com outras mulheres, sem a minha presença.

A garota se aproximou dele, tocou o seu braço e sussurrou algo em seu ouvido. Eu já tinha uma ideia do que ela havia dito a ele. Tinha certeza que era algo do tipo: "me leve para qualquer lugar e faça o que quiser comigo."

Senti meu sangue ferver.

Que... vadia!

Tudo bem... ela não era uma vadia. Mas eu estava com raiva! Dele, principalmente.

Mas então ele se afastou dela e tirou sua mão de seu braço e deu um sorriso de "me desculpe mas sou comprometido."

Sorri satisfeita.

Andei com os meus saltos altíssimos até onde eles estavam. Cheguei por trás de Kyle e passei minhas mãos por seus braços fortes abraçando-o.

— Ei, baby. Eu estava procurando você.— falei e observei a reação da garota.

Ela parecia surpresa mas seu olhar era de desprezo.

Kyle olhou para mim e se levantou segurando minha cintura.

— Eu estava te esperando aqui, gatinha.— ele deu um beijo no meu pescoço.

Sorri maliciosamente para a garota e levantei uma sobrancelha, acho que ela entendeu que ele era meu.

Raspei minhas unhas de leve em seu pescoço e lhe dei um beijo na boca. Queria que a garota visse. Kyle retribuiu com o mesmo fogo e desejo, muito rapidamente esqueci da existência da garota e de todas as pessoas da festa.

Me afastei interrompendo o beijo.

— Quem era aquela garota?— Perguntei.

Ele riu e deu de ombros.

— Sei lá.

Fiz uma cara feia.

Hunf.

— Você está com ciúmes, gatinha?

Sim! Estou!

— Não, claro que não.— respondi.

Nem morta que eu iria admitir uma coisa dessas.

Ele riu alto.

— Não precisa sentir ciúmes. Eu sou todo seu.— ele sussurrou sugestivamente no meu ouvido.

Eu ri, enlacei seu pescoço com os meus braços e ele me apertou mais forte.

— Preciso fumar, vamos lá fora comigo?—perguntei.

RupturaOnde histórias criam vida. Descubra agora