Eu tinha voltado no domingo cedo para a minha casa. Meu pai e eu almoçávamos em silêncio na sala de estar, enquanto ele assistia o replay do jogo dos Raiders de ontem.Meus pais nasceram no Alabama, então dava pra entender o porquê meu pai amava tanto futebol americano. Todo mundo no Alabama ama futebol americano.
Eu realmente não tinha nenhum interesse e empolgação. Estava mais do que entediada assistindo àquele jogo, que eu não conseguia entender absolutamente nada.
Meu pai olhou de soslaio para mim e sorriu.
— Quer que eu troque de canal?— ele perguntou.
Balancei a cabeça negativamente.
— Como está as aulas na faculdade?— ele perguntou puxando assunto.
— Boas.— respondi.
— Ainda com problemas em Cálculo III?— ele perguntou.
— Não. Um amigo está me ajudando.— respondi.
Era Kyle que estava me ajudando, mas é claro que ele não podia saber.
Meu pai assentiu com a cabeça. E franziu a testa.
— Kelly me disse que encontrou você no mercado, com o seu... hum... seu namorado?
Merda.
Eu tinha esperanças de que Kelly não iria comentar nada com meu pai.
— Era um amigo, pai.— respondi querendo encerrar esse assunto.
— Você sabe que pode me contar tudo não é? Sou seu pai e quero te apoiar em tudo. Até se você tiver alguém... especial.
— Pai...— falei desconfortável.
— Escute, filha... Oh Deus!— ele esfregou uma mão em seu rosto.
E reparei que sua mão esquerda estava sem a aliança.
A aliança dele com a minha mãe.
Franzi a testa.
— Eu queria tanto que sua mãe estivesse aqui para me ajudar com isso. Namorados... essas coisas. Só quero que saiba que quero o melhor para você, isso inclui uma pessoa especial e que te mereça.
Assenti.
— Você não está usando mais a sua aliança?— perguntei.
Ele piscou.
— Faz muito tempo que a uso. Decidi tirar.— respondeu.
Eu fiquei um pouco sentida pela minha mãe.
Como eu sou idiota! Estou sentindo por uma pessoa morta e que eu nunca conheci.
Como eu sou mesquinha e infantil.
Eu sempre quis que meu pai arrumasse alguém e fosse feliz durante todos esses anos. E agora que ele tira a aliança eu fico sentida? Eu deveria estar feliz por ele estar seguindo em frente, finalmente depois de todos esses anos.
— Eu digo o mesmo a você, pai. Você também merece uma pessoa especial ao seu lado, afinal faz dezenove anos que a mamãe faleceu.
Ele sorriu de leve e segurou minha mãe me dando um abraço.
— Você foi o melhor presente que eu recebi da vida. Eu te amo, filha.
O abracei forte.
— Eu também, pai. Muito.— eu disse.
Claro que eu amava. E admirava meu pai, ele foi forte durante todos esses anos sofrendo pela morte da esposa e criando uma criança sozinho.
— Convidei Amelia Darhower para jantar fora está noite.
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Ruptura
RomanceCameron é uma garota de dezenove anos, cética e indiferente. Sua vida era boa o suficiente e ela não desejava ter um relacionamento sério tão cedo. Mas, às vezes, ela sentia um vazio muito grande dentro dela, pensava que era uma pessoa fria e sem se...