O desafio

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Meara digitava o resultado de um logarítmico friamente calculado pela terceira vez. Seu pequeno visor, parecido com um Ipad moderno demais, aceitava a resposta para as lições do dia que ela tinha três horas para cumprir. Agora, com tantas tarefas, era mais fácil não pensar no show de horrores que tinha sido o banho. A sala de estudos abrigavam todos - todos, menos Lana. Todos estavam vestidos com uniformes brancos, com o logo da cidade e do Habitat, e estavam concentrados em suas atividades.

Meara chegou a olhar para o lado, para onde Melvino estava usando o seu visor, concentrado demais, e quis perguntar onde estaria Lana, mas teve medo de não poder falar. Não haviam aliens ali, mas eles deveriam estar por perto, e Meara sabia disso.

- Ei... - Ela chamou com uma voz bem baixinha. - Mel!

- Oi. - Melvinou virou-se para ela, com um tom de voz quase normal, mas mantendo-se baixo para não incomodar os colegas. - O que foi?

Sentados em suas carteiras assim, não era difícil não parecer com uma sala de aula comum. E bom, Meara nunca tinha ido bem na escola.

- Onde está Lana?

- Não sei. - Ele deu de ombros. - Deve estar com Ny ou Doom. Não se preocupe, ela está bem.

- Eu já estou com fome... - Kennedy interrompeu os dois que conversavam, usando um tom mais alto de voz. - Será que falta muito?

- Os otários querem calar a boca? - Ryan levantou sua cabeça, com seu enorme óculos de grau, irritado. - Tem pessoas que querem ir de fato pra Andromeda nessa sala, e que estão estudando pra isso.

Meara virou os olhos, irritada e olhou para Melvino de novo.

- Não se preocupe, está bem, termine sua atividade.

Foi quando um sinal luminoso acendeu-se e todos começaram a guardar seus visores. Devia ser o final do dia de estudos e Meara percebeu isso vendo Melvino se levantar.

- Até que enfim! - Tyrone comemorou. - Eu não saí da lição 200 ainda! Estou super atrasado.

- Não é uma corrida. - Melvino consolou o amigo. - Vamos nos trocar pro almoço.

- Ny prometeu que ia ser massa hoje! - Kennedy relevou o cardápio, colocando um braço ao redor dos ombros de Meara, de forma amigável. - Se não for comer toda sua, saiba que eu aceito restos.

- Guloso. - Chiara falou rindo, com seu sotaque estranho.

O novo grupo de amigos andou pelos corredores, animado, enquanto Sheila e Ryan se afastavam para irem ao banheiro coletivo e foram rindo, falando alto, até pararem perto da porta de Kennedy e Lana. E a imagem, não foi nada gentil.

Lana estava deitada na cama, nua, da cintura pra baixo. Usava uma camiseta folgada demais pra ela, branca e lisa, e tinha sua vagina sem pelagem alguma e branquinha de fora, para todo mundo ver. Ny estava ali, em pé, com uma mão nos lábios cinza escuro, olhando a cena da menininha ruiva chorando, irritada e envergonhada.

Doomdanru tinha um termômetro nas mãos, e o balançava no ar impiedosamente.

- Não vai doer, meu amor. - Ele usou um tom tão paternal que chocou Meara. - Não chore.

- Ny! Eu não quero! - Lana chorou mais ainda, vendo os amigos todos ali, chocados. - Não deixa!

- Tem que por, Lana... - Ny tentou acalmar com a voz.

- Vamos lá, criança. - Doomdanru pegou os calcanhares de Lana e os levantou no ar, sem ter medo de expor tudo ali. Deixou-a em uma posição de troca de fraldas.

Todo mundo prendeu a respiração e virou de costas, mas Meara não conseguiu se mover, tamanho o choque. O macho cinza levantou as pernas de Lana no ar, até seus joelhos tocarem seu peito e a região íntima da menina se abriu toda, como uma flor. O ânus dela, rosado, ficou de fora, todo aparecendo ali, e sua vagina, sem pelagem, mostrou alguns espaços rosados também, com tecido fino e delicado.

AuroraOnde histórias criam vida. Descubra agora