Doomdanru entrou no quarto igualmente decorado demais, com cores mais vibrantes e fortes, e ele tinha uma cinta na mão. Uma cinta grossa, pesada, de couro de Vermonte - um tipo de boi que era comum em Andromeda. Encostou a porta, porque queria sim privacidade para aquela cena - que podia assustar as crianças ali, especialmente as meninas.Ryan sabia melhor do que desafiar Doomdanru e tinha aprendido isso à duras penas. O alienígena de expressão neutra demais não gostava de ter seu lugar desafiado, e crianças que o faziam, eram colocadas em seu lugar tão fortemente que raramente voltavam a fazer bobagens grandes demais.
O menino estava nu, como ele havia mandado. Nu e sentado em sua cama, cobrindo seus genitais com as mãos, de forma infantil demais. Ele usava óculos, e isso ainda estava em seu corpo, mas era a única coisa nele, além de uma bela e enorme porção de vergonha. Ele viu a cinta grossa nas mãos de Doomdanru e engoliu seco.
- Por quê está se cobrindo, Ryan? - Quis saber Doomdanru, com uma voz firme.
- Desculpe, senhor.
Ryan tirou as mãos do pênis, porque era melhor tirar por vontade própria do que Doomdanru tirar para ele. Sim, ele estava envergonhado, mas não era inteligente ser teimoso ali. Deixou tudo de fora, e, com o medo que estava, seu pênis estava encolhido, com as bolas enrugadas, deixando Ryan mais envergonhado ainda.
Doomdanru não ligava para aquilo. Claro, ele tinha visto pênis de todos tamanhos e formatos - aliás, ele mesmo tinha um. Com menos formato, e menos peles, mas tinha. E grande ou pequeno, todos tinham a mesma função - copular. Por isso, não ligava para crianças com medo, e com o pinto encolhido como o de Ryan agora. Fazia parte da biologia natural, e Doomdanru compreendia isso.
- Eu odeio te disciplinar, Ryan, mas eu também odeio o fato de que você parece não compreender o significado da palavra cavalheiro. Bons modos são o caminho mais rápido para Andromeda, e se você não sabe disso, não merece ir.
- Eu sei. - Ele abaixou a cabeça, sem olhar diretamente para Doomdanru.
- Você é ambicioso, Ryan, e eu respeito isso. Tem postura para muitas coisas, mas eu não admito que trate mal as meninas e meninos desse Habitat. Eu estou sendo claro?
- Está. Eu não vou fazer de novo, Doom.
- Vou garantir que não faça. - Doomdanru levantou o queixo, firme. - Vire de bruços nessa cama. - Ordenou. - E afaste as pernas, eu quero ver seus genitais enquanto faço isso.
Doomdanru não se importava em aplicar castigos vergonhosos. Não mesmo. Se a vergonha era parte da punição, Doomdanru usava isso bastante, especialmente com meninos com ego demais. Uma hora, eles aprendiam.
- Não, Doom. - Ryan pediu, já com vontade de chorar.
- VOCÊ TEM ALGUMA COISA PARA ME ESCONDER, RYAN?! - Gritou.
- Não, senhor. - Respondeu envergonhado.
- EU JÁ NÃO VI ISSO ANTES, RYAN?
- Viu sim, senhor.
- ENTÃO EU NÃO QUERO MAIS OUVIR SUA VOZ! OBEDEÇA!
Ryan começou a tremer. Não tinha salvação. Ele ficou em pé, tremendo muito e estava com tanto medo e tanta vergonha, que começou a se urinar. Doomdanru entendia medo, mas sabia que quando a criança se urinava assim, era um pouco demais. Ryan estava apavorado e Doomdanru compreendeu um limite psicológico honesto ali.
Doomdanru soltou a cinta e foi até o rapaz, avaliando o estrago. Ele tremia, bastante.
- NÃO ME BATE! - Ele gritou com tom de desespero. - DOOM, NÃO! NÃO!
Doomdanru, só para não perder seu tom, segurou Ryan pelo braço e deu-lhe três palmadas médias, mesmo com ele sujo.
Paft!
Paft!
Paft!
Foi mais para assustar, e fizeram o pinto do menino balançar, mas Doomdanru não podia bater em uma criança suja e assustada assim. Até ele sabia melhor.
- Não se preocupe... - Doomdanru disse com a voz mais carinhosa, puxando o menino sujo para um abraço. - Não vou contar para ninguém, criança.
- Doom! - Ryan agarrou-se ali, com força, chorando muito. - Eu... eu fiz xixi!!!
- Se acalme. - Ele agarrou o menino com força, transmitindo o máximo de amor que podia. - Já foi... já foi...
Ryan chegou a entortar o rosto ali, com os óculos no rosto ainda.
- Aqui... vai se machucar... - Doom pegou o óculos do rosto dele, e o tirou. - Pronto... sei que não vê direito sem, mas eu estou aqui, e vou te guiar.
Era verdade. Doomdanru podia ser duro, mas ele sabia, por prática, como cuidar de uma criança muito bem. E para ele, Ryan era uma criança. Ele sentiu o odor começando a subir e suspirou.
- Vem. - Doomdanru pegou o rapaz no colo, com cuidado. E decidiu que para não humilhar o menino, era melhor que o tratasse no seu banheiro particular.
Levou o menino nu e sujo no colo, sem se importar de se sujar de urina também, e o colocou embaixo do seu chuveiro particular sem porta também. E ligou a água em cima dele. Ryan estava nu, e agora, tinha um olhar perdido, confuso demais para Doomdanru compreender.
- O que está sentindo? - Quis saber o alienígena pegando o sabonete ali e esfregando em sua mão. - Que cara é essa, meu menino?
- Eu estou com vergonha. - Disse limpando o rosto, sem conseguir ver muito além de um palmo na frente do nariz.
- Sabe que não precisa. - Doomdanru abaixou as mãos e começou a lavar o rapaz pelo pênis melado. - Eu não vou lhe machucar, e não vou contar para ninguém. Ficou com medo, por isso se urinou? Hum?
- Fiquei. - Confessou suspirando e fechando os olhos quando Doom subiu a pele da glande de seu pênis. - Eu não gosto quando me lava assim, Doom. Eu estou com vergonha.
- Você está sujo, criança. - Doom falou, já descendo a mão para as bolas do rapaz. - Vamos deixar a água fazer seu trabalho... quer Ny aqui? - Quis saber. - Ela pode estar aqui, se quiser.
- Não. - Ryan negou. - Prefiro você. Você é menino.
- Isso... - Doom chegou a sorrir. - Somos meninos, não há motivos para medo. - E abaixou-se na frente de Ryan, prestando atenção em suas pernas meladas. - Vamos tirar esse xixi daqui.
- Tá bom... tá bom...
Ryan viu Doomdanru abaixado, limpando suas pernas com atenção, e ali mesmo, sorriu amplamente, convencido. Ele não tinha apanhado, e a puta da Meara tinha tomado a maior surra. Seu teatro podia ter sido humilhante, mas, tinha funcionado. E Doomdanru estava comendo na sua mão.
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Aurora
Science FictionMeara Ablim nasceu na Terra com uma rara mutação genética - Heterocromia, que fazem seus olhos terem cores diferentes - um azul e um castanho. Abandonada ainda bebê por ser "imperfeita" por culpa da revolução genética, ela viaja até "Provenance" ass...