Capitulo 4

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Abro com dificuldade meus olhos ao ter meu sono interrompido por uma bola peluda se enroscando em meu braço. Acaricio seu pelo cinza enquanto meu gato se deita ao meu lado.

- Bom dia, Serbastian. - parece retrucar em resposta com seus miados.

Estico meus braços ainda na cama deixando alguns travesseiros caírem no chão. Após tantos noites sem dormir ao menos oito horas completas por conta das frenquentes insônia, eu até que tive uma boa noite tranquila de sono e, consegui acordar depois das oito. O que um bom antibiótico não faz, penso ao me levantar da cama me sentindo um pouco menos mórbida pela dor de cabeça que não me acompanha como sempre esta manhã.

Amarro meus cabelos indo em direção ao banheiro para tomar um banho fazendo meu corpo acreditar que teria um longo dia pela frente - fazendo absolutamente nada.Visto a primeira lingerie que vejo jogada em meu closet me posicionando em frente ao espelho. Meus cabelos ruivos escuros vinham até minha cintura com alguns fios quebrados precisando urgentemente de uma boa hidratação. Minha pele pálida e sem brilho acompanhada com as olheiras profundas abaixo de meus olhos me mostram o quão morta eu pareço estar. Sem contar na gordura localizada que já está a mostra em minha barriga e coxas.

Estou horrível.

Visto uma calça jeans cintura alta que vinha até metade das minhas panturrilhas, uma blusa cinza de algodão com mangas curtas colocando a borda para dentro da calça e calço um sapa-tênis branco. Jogo meus cabelos para trás ajeitando algumas mechas curtas atrás da orelha. Pego minha bolsa de alça longa e a coloco em meu ombro saindo para a cafeteria ali perto. Não estou com a mínima vontade de entrar em minha cozinha abandonada nesta manhã.

Entro no elevador apertando botão com destino ao primeiro andar. Esperei as portas de aço se fecharem por inteiras até alguém segurá-la rapidamente. Alguns segundos atrás, eu estava tendo uma manhã tranquila e satisfatória e agora estou revirando os olhos ao ver Alex ao meu lado me dando um bom dia com o mesmo sorriso diabólico e provocativo de ontem à tarde.

- Bom dia. - resmungo suspirando com sua presença. Foram apenas alguns segundos até que chegássemos à recepção, porém estar com seu olhar curioso em cima de mim naquele elevador pequeno demais para seu ego, transformou os poucos segundos em longos minutos.

- Acho que vai chover mais tarde. - comenta ao chegarmos até a porta de saída do prédio. Seguro minha bolsa em meu ombro seguindo em direção ao Starbucks na esquina no final da avenida ignorando sua presença.

- Não sou muito observadora quando o assunto é clima. - digo andando pela calçada larga desviando de alguns desconhecidos que andavam apressados por ali.

- Apenas olhe pra o céu. - me alcança fazendo o mesmo que eu com as pessoas super-ocupadas. Desacelero meus passos olhando para cima observando a imensidão azul com algumas nuvens escuras nos avisando que a chuva está próxima. Quase não se repara por conta dos várias prédio da cidade.

- É. - dou de ombros - Provavelmente, irá chover. - sinto minha visão escurecer por um momento. Meu estômago implora por comida.

- Tchau, Alex. - volto a caminhar - Preciso de um bom café da manhã.

- Vai a cafeteria aqui perto? - assinto de olho nas pessoas que passavam - Eu acompanho você. - anda ao meu lado na calçada - Aproveito e compro um expresso para enganar a fome antes de ir trabalhar.

- Á pé? - indago desdenhosa - Você tem carro.

- Hoje irei fazer uma caminhada até o trabalho.

- Você é bem incompreensível, sabia? - nego com a cabeça ao suspirar com sua insistência em querer me fazer companhia.

- Prefiro o termo teimoso, sabe? - provoca abrindo um sorriso atrevido.

Alex Foster Não Presta! Onde histórias criam vida. Descubra agora