Capítulo 11

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Acordo com o som do despertador perto de mim o desligando rapidamente vendo que ainda são 5:30 am.

– É hoje. - sussurro para mim mesma reparando que neva em minha varanda.

O inverno chegou e logo, Alex também.

Penso nas palavras de Sarah ontem. Penso que seria uma boa voltar aos velhos hábitos já que decidi deixar o infalível plano de me afastar das pessoas para trás. Me levanto pegando uma legging e um moletom cinza, calçando meus tênis de corrida que há muito tempo não são usados. Fiz um rabo de cavalo apertado por conta dos fios curtos e desci meu prédio correndo pelas ruas do bairro, que a essa hora estão desertas.

Corro parcialmente pelos longos quarteirões por vários minutos, percebo o quanto corri quando vejo as horas no celular. Voltando para meu apartamento, tomo banho e coloco uma calça jeans e uma blusa de botões branca arqueando as mangas até os cotovelos, me vejo no espelho após pentear meus cabelos surpreendendo-me, mais uma vez, com o quanto diferente estou. A blusa e a calça por mais que eu esteja com uns quilos a mais, realçam o pouco de curva que eu tenho.

Vejo as horas no relógio e lembro que o avião de Alex já devia estar chegando, tenho uma idéia maluca de ir até o aeroporto e lhe fazer uma surpresa, mas seria demais e desnecessário. Quando dou por mim, estou pegando as chaves do seu carro que ele deixou comigo. Entre as várias pessoas do aeroporto fica cada vez mais difícil encontrar o portão de desembarque do Canadá. Percorro meu olhar pelo local lotado.

O portão de desembarque foi aberto e várias pessoas saíram, uma delas me era familiar. Está distraído com o carrinho de malas e o celular em mãos. O cabelo cortado, deixando um pequeno topete bagunçado no topo é a única diferença Usava uma blusa social azul com uma jaqueta de couro preta por cima e seus vans cinza.

Uma onda de arrepios invadem meu corpo quando nossos olhares se encontram, ele me olhava surpreso e ainda confuso, provavelmente por conta da minha mudança.

Não aguento apenas olhá-lo e corro em sua direção rodeando seu pescoço em um abraço fazendo ele, automaticamente, largar as malas no chão e me abraçar na mesma intensidade, ficando assim por vários segundos.

- Que recepção.- diz me fazendo soltar uma risada abafada por meu rosto estar escondido em seu ombro ainda o abraçando fortemente - Podia fazer assim mais vezes, Madelane.

- Não se acostuma.- me distancio tentando me recompor e agir naturalmente - Vamos?- sacudo as chaves do seu carro em minha mão sorrindo.

- Claro.- o ajudo com as malas até o carro - Que tal uma café da manhã primeiro, estou morrendo de fome.- concordo.

Passamos o caminho todo até a cafeteria conversando sobre a sua viajem. Ainda estava surpresa comigo mesma com a força que meu coração ainda estava acelerado com sua presença novamente em minha vida e apesar de hesitante, eu gostava daquela sentimento de felicidade em meu peito. Chegamos ao Starbucks e fizemos nossos pedidos na mesma mesa em que sempre sentamos.

- Agora, vamos falar sobre uma coisa que eu ainda não estou acreditando.- toma um gole do seu cappuccino com canela.- O seu cabelo!- me olha sorrindo.- E você está de maquiagem?

Tento não ficar vermelha de vergonha por ele estar tão surpreso.

- Isso porque você não viu o meu apartamento.- digo misteriosa.

- E eu pensando que iria encontrar você toda descabelada e de mau humor.- demos risada.

- Sarah me ajudou a ajeitar o apartamento e em troca, ela me levaria ao shopping, acabei aceitando e ela me levou ao salão de beleza e acabei desse jeito.- explico balançando os braços ainda não acreditando que ele estava lá, a poucos centímetros de mim.

Alex Foster Não Presta! Onde histórias criam vida. Descubra agora