Capítulo 3

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Seis anos depois..

─ Te achei! ─ pulei em frente de Sarada, fazendo cosquinhas nela. A de cabelos negros começa a se mexer, quase não demonstrando reação. ─ Poxa, filha, você não sente, isso é injusto.

─ Ah, mamãe, você sempre me acha! ─ ela emburrou a cara e cruzou os braços na frente de seu corpo pequenininho. Beijei sua testa e a peguei no colo, caminhando até seu quarto, mas fui impedida porque a campainha tocou incessantemente.

─ Sara! ─ praticamente gritei quando abri a porta, vendo a minha irmã cheia de sacolas de lojas nas mãos.

─ Tia Sara!

─ Oi, minha pequena! Sabe o que a titia trouxe hoje? ─ Sara pegou Sarada no colo, fechando a porta.

─ Não...

─ Suco de tomate!

Sarada quase pulou do colo da rosada, eufórica até demais.

Minha irmã deu uma caixa de suco de tomate para minha filha, que começou a tarde rapidamente.

- Sarada, vá com cuidado!

A menina riu, colocando a caixinha na mesa.

- Vou para o quarto brincar com minhas bonecas!

Fiquei sozinha com minha irmã, conversando sobre coisas banais, até eu receber uma ligação.

- Sra. Tsunade, o que houve?

- Sakura, solicito sua presença aqui no hospital urgente.

- Estou indo.

Desliguei o telefone e corri para o quarto, sendo seguida por minha irmã.

- O que aconteceu, Sakura?

- Tsunade precisa de mim urgentemente.

Coloquei uma calça branca e uma blusa de mangas longas da mesma cor. Calcei minhas sapatilhas e deixei Sara cuidando de Sarada.

Ao chegar no hospital, me deparei com um homem de cabelos pretos e olhos ônix.

Parei no meio do caminho. Ele me lembrava alguém.

- Sakura, certo? - ele perguntou. Apenas assenti.

- Irei deixá-los à sós. Estarei na sala três, Sakura.

Tsunade saiu dali, me deixando com o homem.

- Meu nome é Sasuke Uchiha, dono das empresas Uchiha.

Minha mão começou a suar. O que esse homem queria comigo?

- Estava à procura de alguma secretária, para que fizesse relatórios para mim. Tsunade me disse que sua profissão era relatar alguns erros e detalhes do hospital.

Assenti, mesmo sabendo que ele não havia me perguntado nada.

- Ela me recomendou você. Por isso, queria saber se a senhorita estaria disposta a ser colocada num teste. Caso seja contratada, irei lhe mandar um contrato.

- E-eu...aceito!

Ele abriu uma pasta, me entregando papéis presos por um clipe.

- Este será seu teste. Entregue-o a Tsunade, caso seja aprovada, eu mesmo irei em sua residência.

Assenti, vendo-o andar até a porta.

- Tenha um bom dia, senhorita Haruno.

- O senhor também.

Olhei para os papéis em minhas mãos e sorri.

- Sakura Haruno, o que aconteceu aqui!? -Shizune e Tsunade entravam na sala com sorrisos monstruosamente grandes.

- Faço a mínima idéia. - respondi, com um sorriso bobo ao olhar para os papéis.

- Ele... Se parecia com Sarada.

Arregalei os olhos, comparando ele e Sarada. Eram extremamente iguais. Será que ele...

Não! Como ele seria o pai dela? Impossível!

- Muito igual...

- Sakura? Sua irmã está na linha.

Agarrei o telefone das mãos da recepcionista, mordendo a unha.

- Sara?

- Mana, papai teve um ataque cardíaco. Kurenai está inconsciente e eu estou mal...papai está na beira da morte! - entrou em desespero.

Não ouvi mais nada. Só o barulho do telefone espatifando no chão pude ouvir, mas depois quase fui ao encontro do chão, sendo segurada por uma loira e uma morena.

[...]

Acordei num lugar branco. Pequenos bracinhos me rodeavam. Olhei ao redor e vi que estava num hospital, deitada ao lado de Sarada.

- Você está bem?
Olhei para o lado, vi Tsunade e sua típica prancheta em mãos.

Sorri como resposta.

- C-cadê a Sara?

- Foi para Portugal, ver como seu pai está. Não se preocupe, o estado dele é muito menos grave.

Suspirei aliviada, enquanto acariciava os fios de minha filha.

- Você irá receber alta agora. Vá para casa e descanse.

Assenti, vendo-a sair do quarto.

- Minha princesa... - sussurrei, acariciando os cabelos de Sarada. Não me arrependo de tê-la como filha, apesar de não saber quem é o pai, ela é um grande presente para mim.

Enfrentei todos os problemas que me cercavam, até conhecer Tsunade. Meu parto foi de graça, feito por ela.

Sarada abriu os olhos devagar, sorrindo ao me ver acordada. Sorri para ela, vendo Shizune entrar para me liberar.

- Obrigada por tudo.

Ela riu e disse que não era preciso agradecer.
Peguei minha filha no colo e a levei para o carro, a colocando numa cadeirinha.

Ao chegarmos em casa, ela dormia. Disse que não queria comer, pois Sara a enchera de comida. Sorri e resolvi vestir uma roupa menos folgada. Coloquei uma blusa rosa, vesti um short folgado e calcei minhas pantufas.
Olhei para os papéis em cima da mesa e comecei a analisá - los.

Fiz o relatório no computador e imprimi. Acabei eram três horas da manhã. Quando eu ia para o quarto, Sarada estava no corredor.

- Mamãe, posso dormir com você? - perguntou, manhosa.

- Claro. Vem.
Peguei ela no colo e a levei para meu quarto, dormindo em seguida.

***Setecentos e oitenta e nove palavras!!!

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Setecentos e oitenta e nove palavras!!!

Coração de mãe [EM REESCRITA]Onde histórias criam vida. Descubra agora