Capítulo 7

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Suspirei, limpando o suor na testa.

- Acabamos, Sarada. Agora você tem seu quarto limpinho em folha, vá tomar banho para refrescar.

- Tá bom.

Ela veio até mim, dando um beijo no rosto e foi tomar seu amado banho. Realmente, a casa era grande.

Fechei os olhos, aproveitando a brisa que entrava pela janela, até ouvir a campainha tocar.

Desci rapidamente, abrindo a porta e me deparando com uma mulher de cabelos pretos e olhos...iguais às orbes de Sarada.

- Olá...

- Olá, tudo bem?

Assenti, tímida.

- G-gostaria de entrar? - perguntei, dando passagem. Ela sorriu, entrando.

- Fiquei sabendo que mudou-se para cá anteontem. Qual seu nome?

- Sakura Haruno. E o da senhora?

- Mikoto Uchiha.

Ah, claro. Só podia ser Uchiha mesmo.

- Meu filho disse que sua nova secretária iria morar nessa casa. Eu pensei que fosse mais uma velha, mas vejo que é uma bela moça..
.
- Mamãe! Mamãe!

- Sarada? Já tomou banho? - perguntei, olhando-a. Sempre que vem um Uchiha, Sarada é como imã e interrompe a conversa.

- Não, é que eu esqueci onde está minha toalhinha de tomates.

Suspirei, olhando pra a Uchiha.

- Sarada, tenha modos!

- Ah! Oi titia, meu nome é Sarada!

Minha filha chegou perto de Mikoto, abraçando suas pernas.

- Eu sou Mikoto.

- Você tem quantos anos? - perguntou Sarada.

Para uma menina que vai fazer seis anos, ela consegue fazer perguntas.

- Idade para ser uma vovó.

Arregalei os olhos. É o quê?! Essa mulher tem cara de ter pelo menos vinte anos!

- Quer ser minha vovozinha? Minha vó, Kurenai, nunca me viu .

- Claro que sim! Não tenho netos, meus filhos não ajudam! Será um prazer, mas claro, só se sua mãe deixar.

Mikoto olhou para mim, esperando uma resposta.

- Se isso faz minha filha feliz, é claro! Minha madrasta não gosta muito de Sarada. - respondi.

Sarada fez uma festa, mas eu tive que mandá-la tomar banho.

Ela foi, alegando que já sabia onde estava a toalha.

- Ela ama tomates. Ninguém da minha família é tão fascinado por tomate desse jeito.

A Uchiha riu.

- Sasuke também é assim. Ele ama tomates. Mas...Se sua família não gosta, e a família do pai? - perguntou.

Abaixei os olhos, triste.

- É uma história longa...que me faz se sentir um lixo. Mas não posso falar disso aqui.

- Vamos lá para fora.
Andamos até a calçada e ela me olhou com pena.

- Conte - me.

- Eu nunca conheci minha mãe. Não sei se ela está viva ou morta, mas meu pai, Kizashi Yuhi, se casou com Kurenai Yuhi. Ela me odeia, por isso nunca me tratou como filha.

"Um dia, fui chamada para uma festa na casa de uma amiga. Pedi permissão à Kurenai e ela não deixou. Mas como uma quase adulta rebelde, fui assim mesmo. Eu tinha dezessete anos quando aconteceu. Me diverti muito, bebi muito e acabei me esquecendo de como fui parar num quarto. No dia seguinte, ao acordar, um garoto de cabelos negros dormia de costas para mim. Então fui embora, nunca mais o vi."

- Está dizendo que...

- Sim. E alguns meses depois, antes de completar dezoito, descobriram e me mandaram para fora de casa. Cuidar de Sarada foi difícil, mas eu estou conseguindo. E hoje, meu pai está internado e minha madrasta não se sente bem. Sou muito grata à seu filho por ceder um lugar melhor para o desenvolvimento da minha filha.

Ela se levantou, sorrindo.

- Foi um erro muito bom para você. E eu não vou te julgar, pois com o irmão de Sasuke, foi quase a mesma coisa. Mas eu tive ele antes do casamento. Às vezes nossos erros nos fazem amá-los.

Mikoto olhou fixamente para o final da rua, onde vinha um carro preto.

- Mas depois que Sasuke nasceu, Fugaku morreu num infarte. Cuidei dos dois sozinha. Mas fiz bem.

Eu me levantei, olhando o carro parar numa mansão a frente da minha.

- Aliás, essa é minha casa.

Sorri, estendendo a mão para ela.

- Foi um prazer conhecê-la Mikoto-san.

Mas o que eu não esperava era um abraço.
Um abraço de mãe. O que eu nunca senti na vida, estava sentindo agora. Carinho e muito amor.

Fechei os olhos, apreciando o abraço, com lágrimas nos olhos.

- Eu quem tenho o maior prazer em ter lhe conhecido, Sakura.

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Espero que tenham gostado!
Fiz com muito carinho.
Não se esqueçam do voto, isso me estimula a escrever.

SARADAUCHIHA096

Coração de mãe [EM REESCRITA]Onde histórias criam vida. Descubra agora