Capítulo 11

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Era meu primeiro dia no emprego. A tal Karin me levou até a sala do Uchiha, na maior antipatia.

Suspirei antes de dar duas batidas numa porta cujo uma placa banhada à ouro tinha o nome do meu chefe.

Fui atendida por um loiro sorridente, o que me fez arquear as sobrancelhas.

- Ah! Você deve ser a Sakura-chan, né?

- S-sim, Uzumaki-san...

- Como sabe meu sobrenome?

- Hina-chan é minha melhor amiga. - respondi, sorrindo ao me lembrar da antiga Hyuuga.

- Dattebayo, o teme está aqui dentro. Entre!

Teme?

Entrei na sala e reparei que era bem organizada, tudo em um devido lugar; o que me trazia certo conforto.

- Dobe, já pode ir. Sua prima vai sair com você para o almoço.

- Eu vou logo antes que resolva me prender aqui. - disse o loiro encarando o Uchiha para depois me encarar. - Tchau, Sakura-chan. - completou.

Sorri e acenei com a cabeça.

- Até breve.

Ele riu e saiu da sala.

- Senhor...?

- Bem, srta. Haruno, estão fazendo sua sala ainda, por isso, terá que permanecer na minha sala.

Olhei ao redor, à procura de uma mesa mesa e uma cadeira, pelo menos.

- Dividirei minha mesa com você.

Agora fui reparar realmente que sua mesa não era cheia como a minha no hospital, além de limpa, só uma pilha, de mais ou menos cinco centímetros, estava de um lado da mesa e de outro um notebook. Ao lado um pote bonito guardava canetas, lápis, marcador, etc.

- A-aqui? - perguntei espantada.

- Onde mais seria?

Suspirei. Calma, Sakura, você suporta ignorância todo dia com a Sarada, por que que com seu chefe seria diferente?!

- Por onde começo?

Ele apontou para a pilha de papéis citada há cinco segundos atrás.

- Terá que preencher esse documento. Quando chegar à um relatório, terá que digitá-lo no computador e... - ele suspirou cansado. - E trazê-lo num pen drive, já que os papéis, com exceção do documento, estão escritos à mão...

- Entendi. O relatório foi escrito à punho e o documento é só preencher. É urgente? - perguntei, ajeitando o óculos de grau que escorregavam do meu rosto.

- Não. Uma semana para terminar.

- Acho que amanhã eu acabo. - assegurei, sorrindo.

Ele apontou para a cadeira em frente à mesa e falou:

- Sente-se e pode usar meu notebook.

- Não será necessário. - falei, deixando-o com uma expressão confusa.- Eu trouxe o meu. - tratei de justificar, apontando para minha pasta e tirei um pen drive do bolso.

- Esperta. Pode começar.
Sorri e me sentei na cadeira, abrindo o notebook e começando o trabalho.

(...)

Ao acabar (sim, consegui acabar no mesmo dia.), resolvi buscar Sarada. Meu carro estava na oficina, por isso fui andando.

Até que um carro preto para à meu lado e o motorista abre a janela, revelando ser o meu deus-chefe.

- Cadê seu carro?

- Concerto. - respondi.

- Entra.

- O-o quê?

Ele emburrou a cara.

- Entra. No carro. Agora.

Assenti e entrei no banco de trás.

- A Sarada...

- Eu sei. - ele me interrompeu, olhando pelo espelho do carro.

Quando chegou na escola, pude ver uma Sarada solitária segurar sua mochila com força, vendo outras crianças brincarem e a excluírem. Meu coração apertou ao ver que ela segurava as lágrimas.

- Sarada...

Saí do carro rapidamente, chegando perto dela e a abraçando.

- Não chore. Em casa conversamos, tá?

Olhei no fundo de seus olhos e me arrependi amargamente ao ver um tom avermelhado surgir em suas orbes negras. Isso acontecia sempre que suas emoções passavam do limite.

- Por favor, não fique assim. A culpa é minha...

- Não é, mamãe. Vamos para casa. - ela disse, como sempre, monótona.

Olhei para o carro parado ali e a peguei no colo, entrando no veículo.

Sarada bocejou, significava que estava cansada. A apertei contra meu corpo, para que tentasse dormir. E funcionou; mas o que eu menos esperava ver era hematomas roxos em suas costas.

- Mas o que...?

Não. Sarada não pode ter apanhado na escola. Mas hematomas são causados por pancadas de algo contra a pele. Não podia significar surra.

- Ah meu Kami.

- O que houve, Sakura? - perguntou um certo Uchiha.

- Sarada...Acho que está sofrendo bullyng. O que eu faço?

- Pergunte à Mikoto. Eu não tenho filhos nem nada do tipo.

Suspirei. Era uma boa "dica".

- Hm. - ele resmungou ao parar o carro. Só agora reparei que havíamos chegado.

- Até amanhã, Sasuke. Obrigada.

Ele sorriu. E que sorriso.

- Se precisar, estarei aí.

- Digo o mesmo. - falei.

- Que tal... - ele se interrompeu, pensativo.- Nada. Se eu decidir, quem sabe eu te falo.

Gargalhei baixo pelo tom de seu rosto.

- Tchau, Sakura.

- Tchau, Uchiha...digo, Sasuke.

***
Sério, 51 votos até o décimo primeiro capítulo? Eu estou feliix demaaiis!
Espero que tenham gostado, não esqueça do voto e fui!

SARADAUCHIHA096

Obs: Capítulo não revisado!

Coração de mãe [EM REESCRITA]Onde histórias criam vida. Descubra agora