Edgar sentia cair cada vez mais em desespero. Ele não sabia ao certo como reagir diante de sua realidade. Sentia sua mistura de culpa por colocar Casper e Simon em perigo, raiva de Erik que até o final lhe causou problemas, tristeza por seu ferimento e alegria por estar vivo.
O médico explicou que era normal tudo que sentia. Ele ainda foi obrigado a conversar com psicólogo. Segundo Doutor Carter, teria que fazer um acompanhamento semanal, para evitar depressão ou qualquer outra sequela psicológica.
Quanto a sua perna, ainda mantinha se sem movimento na perna direita. O médico explicou que havia sofrimento ferimento no nervo, e isso era algo que levaria tempo para curar, porém jamais seria a mesma coisa. Isso abalou imensamente Edgar, pois agora teria uma deficiência para o resto da vida. Seu maior medo era que Casper finalmente percebesse que ele era um material de muita manutenção e final o deixasse.
Fazia apenas um dia que havia acordado, mas já sentia agonia em ficar no hospital. Queria muito ir para casa. Pelo que Casper falou, ele estava novamente desempregado. Seu chefe até entendeu que ele sofreu acidente, mas não poderia manter a vaga.
Ele repousou a cabeça no travesseiro e gemeu. Odiava isso. Queria ir para casa e esquece tudo que aconteceu. Edgar voltou abrir os olhos ao escutar a porta sendo aberta. Seus olhos umedeceram ao deparar-se com seus pais.
— Mom... — ele gemeu.
Naomi apressou para perto da cama e abraçou seu filho com cuidado. Mãe e filho começaram a chorar juntos, sentido alívio percorre os seus corações. Seu pai aproximou mais acanhado e abraçou a esposa e filho quando esses estenderam os braços para ele.
A pequena família manteve-se bem próximos por alguns segundos, aproveitando o calor e perfume um do outro, que serviu como bálsamo para apaziguar o medo daqueles dias terríveis enquanto Edgar estava em coma.
Quando finalmente se separaram, cada um sentou de um lado da cama, paparicando Edgar que ficou no meio deitado.
— Oh, meu anjo. Você nos deu um belo susto. — Disse Naomi.
— Casper não saiu um segundo do seu lado, tem que casar com esse homem. — disse seu pai.
— Pai! — Edgar gritou envergonhado. Normalmente seu pai era muito crítico referente aos seus namorados, não que ele tivesse tido muitos.
Naomi lhe deu tapinha na mão. — Conheci sua sogra, uma mulher maravilhosa. Formos ao shopping e casa de chá. — disse.
— Céus, já conheceram toda família dele? O que mais aprontam enquanto estivesse dormindo? Ou melhor, não me contém, não quero saber. — Edgar dramatizou, fazendo seus pais rirem.
— Não me tome como mulher superficial. — Disse Naomi, fingindo está magoada.
Edgar ficou sério. — Sinto muito ter causado problemas.
— Não é algo que teve controle... Aquele desgraçado... Devia ter sobrevivido para poder mofar na cadeia.
— Não quero pensar nele. Ficaram sabendo...
— Sim, meu anjo! — Disse sua mãe. — Sara alegou sobre uma cirurgia que pode fazer... Não recuperou totalmente, mas facilitará em sua 80% de recuperação não sentir dor.
Edgar sentiu uma pontada de esperança. Não poderia desistir, ele tinha muitas pessoas para apoiá-lo.
— Quando?
— Ela falou que você tem que esperar ao menos dois meses para a cirurgia... Por que precisa fazer tratamento com antibióticos. Vamos ver isso com calma depois. — disse seu pai.
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Chance Para Amar - (Romance Gay)
RomanceDepois de ser traído e enganado pelo namorado, Edgar fez uma promessa de que nunca mais vai se relacionar com alguém que tenha filhos ou que já foi casado com uma mulher. Mas sua promessa pode ser quebrada quando o seu novo vizinho bate à sua porta...