Capítulo 20

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  — Edgar! — exclamou Casper no telefone. — Pelo amor de Deus, quase tive um derrame quando tua mãe me ligou. Você está bem? Quebrou alguma coisa? Está muito ferido?

— Ei, calma! Estou bem. Não se preocupe. — o jovem negro respondeu. Ele suspirou e se aconchegou na sua cama. — Eu disse a ela para não te perturbar, não queria causar preocupação em você.

— Você está louco? — indagou o editor enfurecido. — É claro que ela precisa me dizer, estou longe de você, mas não quer dizer que não quero notícias suas, pelo contrário, eu anseio receber notícias de você a cada minuto. E também é claro que fiquei preocupado, meu amor, você caiu e se machucou. Sua mãe disse que até teve que tirar cacos de vidros do seu ombro.

— Está certo, desculpe! Eu só não queria te causar preocupação, mas está tudo bem. — ele ficou um pouco em silêncio. — Estava com saudades. — murmurou.

— Oh, bebê! Você não sabe o quanto que me mata a cada segundo estar longe de ti e é por isso que na sexta estarei te visitando, eu e o Simon.

Edgar acabou soltando um grito animado. — Sério? Ah, estou tão feliz e agora muito, muito ansioso! E o Simon, cadê o meu pivete favorito? Você está onde, amor?

— Nesse momento estou no meu escritório e Simon está com a minha irmã.

— Ainda não contratou nenhuma babá?

— Você o conhece, ele cismou em não ter babá, pois o Simon diz que o único babá que vai ter é você e está te esperando voltar.

Edgar suspirou. — Ele não é único. Queria tanto estar em minha casa, com ele, com você. Mas não, estou aqui entrevado nesta cama, sozinho e entediado.

— Sozinho, é? Hum, tenho algo que poderá te manter entretido por alguns longos minutos. — a voz grossa e rouca de Casper o fizera tremer involuntariamente e sua espinha arrepiar.

— O que tem em mente, Casper? — indagou curioso.

— Algo muito, muito prazeroso. A porta está trancada?

— Mãe e meu pai foram na casa do meu irmão, faz só dez minutos e pelo que sei, eles voltarão às seis horas. Temos quase meia hora. Agora me diga, Adônis, o que... tem... em mente?

— O seu notebook está perto de você?

Edgar escutou passos, o barulho de papéis e por último uma porta sendo trancada. Um arrepio subiu em suas costas, as suas bochechas esquentaram, não por vergonha e sim pela antecipação do que iria acontecer. Estava ansioso pelo que estava se passando na cabeça do seu namorado.

— Para sua sorte, o meu note está em minha cama. O que você quer fazer? Está ligado!

— Um momentinho... — murmurou. — Estou te vendo. Atenda! — e dito isto Edgar só escutou a chamada ser finalizada, mas antes de xingar, a música de chamada de vídeo do Skype começou a tocar.

Rapidamente ele clicou e aceitou a chamada de vídeo, em instantes viu Casper vestindo um de seus ternos. — Ei! — disse sorrindo.

— Ei, bebê! Você está tão lindo. Pena que ainda não inventaram um computador capaz de ultrapassar minha mão, queria tanto te tocar, te abraçar.

O jovem negro viu o enorme desejo ardente nos olhos cinzas do amado.

— Você não sabe o quanto que queria estar do seu lado, sentir teu toque, teus beijos...

Chance Para Amar - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora