— Edgar! — exclamou Casper no telefone. — Pelo amor de Deus, quase tive um derrame quando tua mãe me ligou. Você está bem? Quebrou alguma coisa? Está muito ferido?
— Ei, calma! Estou bem. Não se preocupe. — o jovem negro respondeu. Ele suspirou e se aconchegou na sua cama. — Eu disse a ela para não te perturbar, não queria causar preocupação em você.
— Você está louco? — indagou o editor enfurecido. — É claro que ela precisa me dizer, estou longe de você, mas não quer dizer que não quero notícias suas, pelo contrário, eu anseio receber notícias de você a cada minuto. E também é claro que fiquei preocupado, meu amor, você caiu e se machucou. Sua mãe disse que até teve que tirar cacos de vidros do seu ombro.
— Está certo, desculpe! Eu só não queria te causar preocupação, mas está tudo bem. — ele ficou um pouco em silêncio. — Estava com saudades. — murmurou.
— Oh, bebê! Você não sabe o quanto que me mata a cada segundo estar longe de ti e é por isso que na sexta estarei te visitando, eu e o Simon.
Edgar acabou soltando um grito animado. — Sério? Ah, estou tão feliz e agora muito, muito ansioso! E o Simon, cadê o meu pivete favorito? Você está onde, amor?
— Nesse momento estou no meu escritório e Simon está com a minha irmã.
— Ainda não contratou nenhuma babá?
— Você o conhece, ele cismou em não ter babá, pois o Simon diz que o único babá que vai ter é você e está te esperando voltar.
Edgar suspirou. — Ele não é único. Queria tanto estar em minha casa, com ele, com você. Mas não, estou aqui entrevado nesta cama, sozinho e entediado.
— Sozinho, é? Hum, tenho algo que poderá te manter entretido por alguns longos minutos. — a voz grossa e rouca de Casper o fizera tremer involuntariamente e sua espinha arrepiar.
— O que tem em mente, Casper? — indagou curioso.
— Algo muito, muito prazeroso. A porta está trancada?
— Mãe e meu pai foram na casa do meu irmão, faz só dez minutos e pelo que sei, eles voltarão às seis horas. Temos quase meia hora. Agora me diga, Adônis, o que... tem... em mente?
— O seu notebook está perto de você?
Edgar escutou passos, o barulho de papéis e por último uma porta sendo trancada. Um arrepio subiu em suas costas, as suas bochechas esquentaram, não por vergonha e sim pela antecipação do que iria acontecer. Estava ansioso pelo que estava se passando na cabeça do seu namorado.
— Para sua sorte, o meu note está em minha cama. O que você quer fazer? Está ligado!
— Um momentinho... — murmurou. — Estou te vendo. Atenda! — e dito isto Edgar só escutou a chamada ser finalizada, mas antes de xingar, a música de chamada de vídeo do Skype começou a tocar.
Rapidamente ele clicou e aceitou a chamada de vídeo, em instantes viu Casper vestindo um de seus ternos. — Ei! — disse sorrindo.
— Ei, bebê! Você está tão lindo. Pena que ainda não inventaram um computador capaz de ultrapassar minha mão, queria tanto te tocar, te abraçar.
O jovem negro viu o enorme desejo ardente nos olhos cinzas do amado.
— Você não sabe o quanto que queria estar do seu lado, sentir teu toque, teus beijos...
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Chance Para Amar - (Romance Gay)
RomantizmDepois de ser traído e enganado pelo namorado, Edgar fez uma promessa de que nunca mais vai se relacionar com alguém que tenha filhos ou que já foi casado com uma mulher. Mas sua promessa pode ser quebrada quando o seu novo vizinho bate à sua porta...