Capítulo 24

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Edgar desfrutou da sua limonada, enquanto observava Simon brincar no pequeno quintal da casa, aproveitando o dia sem aula. Era quinta-feira, eles acordaram como costume, enquanto Casper se arrumava para ir trabalhar, ele cuidava de Simon, mas quando o pobre menino tinha acabado de tomar banho, a direção da escola ligou, dizendo que houve um vazamento e as aulas de hoje e amanhã tinham sido canceladas.

Pensou que o seu filho poderia ter ficado irritado, mas se surpreendeu em ver a alegria estampada no rosto dele por poder brincar mais cedo e lá estava Simon no quintal rodeado com vários carros, bonecos e todo sujo de areia, desde que comeu o café da manhã.

Eram apenas nove e meia, estava cedo para começar a fazer o almoço, com isso estava aproveitando mexendo em seu notebook, escrevendo mais uma vez. Como Simon não tinha com quem ficar, acabou remarcando sua fisioterapia para próxima semana.

Fazia quase um mês que estava indo e com isso, já viu grandes resultados, mas o médico deixou claro que para a completa recuperação precisava fazer a cirurgia, que por acaso, era já no próximo mês. Confessava que estava com medo, medo de algo desse errado e que nada iria adiantar, medo esse que evitou demonstrar, pois via a alegria e a esperança nas pessoas ao seu redor, principalmente, nos olhos do seu Adônis.

Mas se sentia um tolo, pois mesmo que não voltasse a ter o movimento da sua perna, nada iria mudar, pois iria continuar a sua simples e amável vida, nessa casa, ao lado do seu parceiro e filho.

Um sorriso se formou em seu rosto e começou a teclar rapidamente, como de costume, nem olhava para as teclas, o seu rosto se concentrava nas infinitas palavras e ideias que apareciam magicamente em sua mente.

Estava tão concentrado que não percebeu a pessoa que estava atrás de si, não até sentir uma respiração em seu pescoço, o paralisando e ao escutar a profunda e rica voz do seu amado, inevitavelmente acabou gritando.

— Uau, que cena detalhada...

Edgar quase que derrubava o copo de limonada em cima do seu aparelho eletrônico, mas por pura sorte, acabou se livrando disso.

— Casper! — gritou assustado, se virou e bateu no seu amado. — Está doido? Quer que eu tenha um ataque cardíaco?

— Papai! — Simon, acenou, mas continuou sentado no seu lugar.

O Adônis apenas riu e mandou um beijo para o seu filho. — Oh bebê, não pensei que estava tão concentrado ai. — ele se sentou na cadeira livre em frente do amado. — O que está escrevendo, hein? Qual é o dia que vai me dar a honra em me deixar ler os seus romances?

— Após esse susto, estou repensando. — estreitou os olhos com um ar de brincadeira. — Mas o que o senhor está fazendo em casa nesse horário? Não que estou reclamando, Deus sabe que não, mas só são nove horas.

— Sabia que o senhorzinho adorava a minha presença. — mexeu com as duas sobrancelhas, o que fez o namorado rir. — É que quando cheguei no meu escritório, me veio à mente que os dois homens da minha vida estavam em casa, então, fiz o que estava pendente numa rapidez tremenda e saí, alegando que estava com dores estomacais, se por acaso você ver o meu chefe/sócio, estou doente.

— Não acredito! Olhe o exemplo que você está dando ao nosso filho. — mesmo reclamando, um sorriso abordava o seu rosto.

— Posso estar fazendo algo errado, mas não me arrependo. Hum, vejo que fez limonada, será que tem mais?

— Sim, está na geladeira. Vá pegar.

Mas antes de entrar na casa novamente, Casper ao passar do lado do amado, se inclinou e beijou docemente os lábios carnudos, provando do gosto cítrico do limão.

Chance Para Amar - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora