Edgar finalizou a ligação com suas amigas e atendeu a chamada da sua mãe. Sabia que devia ter ligado antes para seus pais.
— Olá Mami! — ele disse em tom gentil. Edgar era imensamente grato a vida pelos pais maravilhosos que tinha. Não eram todos os pais que aceitaram com facilidade a orientação sexual dos filhos.
— Olá mel! Como está o meu bebê?
— Mãe, eu já tenho 23 anos. Acho que não sou mais bebê! — ele reclamou enquanto revirava os olhos.
— Edgar Jackson Smith! Você sempre será meu bebê. Agora responda sua mãe corretamente.
Edgar sorriu. — Eu estou bem Dona Naomi. Já me instalei em meu novo apartamento, é menor que o anterior, mas muito aconchegante. Você e papai deveriam vir me visitar. — ele disse. Edgar jogou-se deitado no sofá e cruzou as pernas.
— É uma ótima ideia. Seu pai tem consulta médica na sexta, podemos ir no domingo. Que tal!?
— Vou adorar! — Ed disse. — Pensando em fazer almoço em casa e podemos ir jantar no restaurante de Giu!
— Faça isso! Agora tenho que ir. Seu pai está resmungando que não acha suas meias azuis. O homem ficaria perdido sem mim! Beijos amorzinho. — disse Naomi.
— Beijos mami... Durma bem. — Edgar disse. Enviou beijo a sua mãe antes de finalizar sua ligação. Ele acabou navegando em seu celular e parou o dedo no número de Casper. Não chegou registrar nos contatos, mas nas ligações efetuadas. Edgar duelo entre ligar ou não. Poderia usar a desculpa que queria saber como Simon estava. — Não... Eu fiz juramento. — ele murmurou para si mesmo.
Não iria se render. Seria firme na sua convicção. Nunca mais seria um idiota em acreditar no arrependimento ou bondade de qualquer um.
Ele jogou o celular em qualquer lugar do seu sofá e sentou. Precisava fazer algo útil. Amanhã sairia para entregar currículos, mas agora, iria escrever. Isso! Iria ocupar a sua mente com algo útil ao invés fica pensando besteira.
-oo0oo-
A semana havia passado como um riacho de águas correntes. Todos os dias Edgar sairá para entrega currículos. Primeiro foi na Lan House e cadastrou em vários sites de emprego, empresas e enviou e-mails. Depois foi para algumas empresas e entregou as suas referências profissionais pessoalmente.
Suas expectativas foram sendo minadas aos poucos. Depois de tantos encaminhamentos, ele não havia tido nenhum retorno. Chegou a realizar duas entrevistas, porém as empresas nunca ligaram. Edgar não era estúpido. Sabia que as empresas ligariam para seu último emprego atrás de referência, e certamente eles o caluniaram. Mostrava apenas o quanto Erik arruinou sua vida.
Edgar precisava trabalhar. Seu dinheiro não iria durar para sempre. Sinceramente, amava os seus pais, todavia não queria voltar a morar com eles.
Quando o final da sexta-feira chegou, ele estava de mau-humor, cansado e dolorido. Queria que essa semana acabasse. Queria chegasse sábado, poderia descansar e no domingo curtir seus pais.
Não chegou a ver as suas duas melhores amigas na semana, apenas falou rapidamente com elas no telefone.
Edgar subiu as escadas de seu prédio em total desânimo, praticamente se arrastando. Tentava pensar positivo para não se arrastar para depressão. Quando chegou a seu andar, deu alguns passos no corredor e parou ao ouvir aquela voz barítono. Olhou para cima e admirou Casper. Ah, aquelas pernas grossas naquele jeans surrada era uma tentação.
Pare Ed... Foco na promessa. Ele disse para si mesmo.
Sua atenção retornou para conserva.
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Chance Para Amar - (Romance Gay)
RomansaDepois de ser traído e enganado pelo namorado, Edgar fez uma promessa de que nunca mais vai se relacionar com alguém que tenha filhos ou que já foi casado com uma mulher. Mas sua promessa pode ser quebrada quando o seu novo vizinho bate à sua porta...