Capítulo 6

11.2K 1K 252
                                    

Os próximos dias vieram com bem-vindouro tranquilidade, permitindo que a vida ganhasse uma rotina agradável. Edgar havia se tornado a 'babá' oficial de Simon, que para ele fora algo totalmente novo e gostoso. Permitiu que ganhasse uma grana e ainda aproximasse de pai e filho. Simon era doçura de criança. O menino de seis anos era alegre, inteligente e energético.

Edgar normalmente cuidava dele por 3 dias na semana e quando Casper tinha alguma reunião de emergência. Como Editor principal em uma grande editora, o belo homem, trabalha em casa, e só tinha ir ao escritório quando tinha reunião com seus gerentes ou tinha que ir lidar com os escritores que faziam parte de sua responsabilidade. Seu horário flexível permite-lhe ser presente na vida e educação de seu filho.

Simon estava pela manhã em uma pré-escola, basicamente, servia para interagir com outras crianças e alfabetização. Três vezes por semana, Edgar ia buscá-lo na escola e cuidava dele até que Casper chegava.

Cuidar de Simon contribuiu para que Edgar conhecesse seus outros vizinhos e fosse bem recebido. Acabaram que o casal do 304B e o 450C o contrataram alguns dias como babá de seus próprios filhos, claro, apenas quando eles fossem sair para algum encontro romântico e precisava de alguém que ficassem algumas horas com seus filhos.

Edgar não tinha desistido de procurar outro emprego, algo mais sólido, todavia não reclamava da sua função de cuidador de criança, pois isso estava lhe ajudando pagar aluguel e comprar comida.

Casper parecia estar mergulhando mais ainda em Edgar, o belo editor havia se tornado sua fonte de inspiração, para alegria e desespero de Edgar. Ele estava terminando de escrever mais uma história, possivelmente que nunca seria lida, mas que dava alegria a sua vida desastrosa.

Isso também aumentava seu desespero, considerando que Edgar havia prometido nunca mais envolver com alguém que tivesse filho.

Era sua atual situação naquele momento, jogado em seu sofá e com laptop em seu colo, Edgar dava os últimos retoques da cena quente de seu livro. O casal protagonista estava em uma praia deserta e faziam amor debaixo do manto celeste.

Edgar podia sentir a dureza de seu pênis enquanto digitava as pecaminosas palavras. Em sua mente, era totalmente ele debaixo do corpo esculpido de Casper, mesmo que no curso, os nomes fossem diferentes.

O jovem negro não pode evitar soltar um gemido rouco. Seus dedos pararam de digitar e seus olhos se fecharam.

Pare com isso! Pare já!, ele gritou em pensamento para si, todavia, isso não impediu que sua imaginação continuasse a fluir. A atração que sentia por Casper somente aumentava, e não ajudava o fato que o homem fosse um pai maravilhoso e tivesse um sorriso sedutor.

Edgar se assustou quando o barulho da campainha infiltrou seus ouvidos. Por pouco, seu notebook não caiu do seu colo no chão. Tentando normalizar sua respiração, ele sentou e depositou sua ferramenta de diversão e trabalho no sofá. Ele levantou e olhou para seu baixo-ventre. Sentiu o rosto esquentar quando viu o volume em sua calça.

— Droga! — grunhiu em constrangimento. Ele pegou uma almofada e colocou na frente do corpo antes de ir atender a porta. Respirou fundo, e destravou a fechadura. Abriu a porta pela metade, suficiente para que seu rosto aparecesse. — Oh... Oi... — gaguejou quando seus olhos esverdeados pousaram sobre o responsável do seu martírio.

— Estou atrapalhando? — Casper perguntou levemente corado.

Edgar franziu o cenho sem entender o constrangimento do outro, até que percebeu que estava com respiração afoita e a testa suada. Merda! Ele vai pensar que estou com alguém em casa

Chance Para Amar - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora