Capítulo 26 - FINAL

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E é pela última vez aqui que vos digo, Boa leitura amados!

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9 anos depois....

Muitas coisas mudam ao decorrer do tempo, a aparência, a maneira de se comportar, a maneira de ver o mundo, a sociedade. Tudo era mutável, mas a única coisa que tinha certeza que não mudava era o amor, dizia isso por experiência própria.

O amor o pegou há nove anos numa situação que nem acreditava mais nesse sentimento, estava quebrado, desconfiado, com medo, mas o amor ignorou tudo isso e o abateu de uma vez por todas, vindo em forma de duas pessoas. Uma simples conversa no supermercado, na conversa no corredor do prédio, um simples trabalho de babá acarretou no mais complexo e inigualável sentimento, o pegou, o enlaçou e o fez ver o que era o verdadeiro amor.

Esse amor o consertou, o refez, mudou a sua maneira de ver a vida, o fez mais feliz do mundo, esse amor o encurralou até o dia que cedeu, quebrando a sua promessa e mostrando o que era ser amado de verdade. Foi uma aventura, altos e baixos, tragédias e momentos maravilhosos, até que... até que por simples insegurança e medo o fez perder quem mais amava no mundo.

Ainda doía em si a maneira como ele olhou para mim, magoado, triste, sofrendo... foi a pior cena que presenciou na vida e ainda doía, doía por ser o único a fazer isso, por ter feito o seu amor sofrer. Mas...

— Papai, papai!

Edgar que estava concentrado escrevendo, acabou se assustando com a voz doce repentina, ele largou a caneta e como sempre, virou a cadeira de rodinhas abrindo os braços, assim o seu pequeno furacão se jogava em seus braços.

O seu pequeno furacão riu contra o seu corpo o levando a sorrir. Os seus cachos negros estavam por toda parte, e seu corpo gordinho estava apertado junto ao seu.

— Papa, me pegou de novo! — exclamou sorrindo.

Edgar afastou um pouco e fitou os lindos olhos negros de sua filha, Seraphina. — Sim, bebê, sempre irei te pegar. Agora por que estava correndo pela casa? Cadê o seu irmão? Como foi a escola?

— Vim correndo para te encontrar. O Simon ficou conversando com a 'namolada' dele na sala e a escola foi chata, menos quando a Sabine 'bincou' comigo, ah, ela me chamou pra dormir hoje a noite lá, por isso que vim te 'encontar', pois o Papa disse para te pedir 'atolização'.

Edgar mais uma vez se derreteu de amor. Seraphina ainda tinha muita dificuldade de falar certas palavras, estavam trabalhando nisso, mas ela só tinha 6 anos, de acordo com os médicos e os professores era normal, mesmo tendo déficit de atenção, a sua menina era uma criança saudável e amorosa.

— Oh, bebê. Cadê o seu papai?

— Me chamando?

Casper entrou no cômodo, mesmo depois de nove anos de relacionamento ele ainda prendia a respiração e admirava aquele homem, o seu Adônis. Com quarenta anos, o seu marido ainda parecia o mesmo, porém só acrescentou alguns cabelos brancos, um certo amadurecimento, mas os seus olhos cinzentos transmitiam carinho, felicidade e amor, mais uma vez se viu caindo naquela imensidão.

— E aí, Papa? Posso ir? — perguntou Seraphina o tirando dos seus pensamentos.

— Bem, já que o seu Papai jogou a vez para mim, mesmo sabendo o que iremos fazer amanhã. — ele estreitou os olhos para o amado, que só fez sorrir. — Bebê, infelizmente terei que negar, amanhã nós todos iremos viajar, então não vai dar para você ir.

Chance Para Amar - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora