8. Goodbye John

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Sherlock correu o mais rápido que pode para, pelo menos, tentar encontrar Molly na portaria, mas todo o desespero foi em vão. Assim que chegou na porta principal do apartamento, a porta do elevador acabara de se fechar levando a garota para sua casa.

– Quero falar com Molly Hooper. – Sherlock encarava o porteiro, que olhava espantado para o moreno quase sem fôlego. – Por favor. – Disse após uma pausa, vendo que o homem não respondia e o fitava seriamente.

– Quem é você?

– Ora! – O moreno bufou – Sou Sherlock Holmes.

– Nunca te vi por aqui. Você é algum amigo da Molly? Ou familiar?

– Sou novo na região. Molly não é minha amiga.

– Então infelizmente não posso deixar você entrar. – O homem de cabelos negros e roupa social estava quase a ponto de fechar a porta principal quando Sherlock avançou para cima dele, fazendo -o perder o equilíbrio.

– O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? ESTA LOUCO? – O porteiro se segura no portão tentando ganhar equilíbrio.

– Preciso entrar neste prédio. É caso de estrema urgência.

– Você é alguém do FBI ou da CIA por acaso?

– Sou um Detetive Consultor. E antes que pergunte, não trabalho para o governo e sim por conta própria. Estou apenas ajudando a polícia.

– Poxa vida, como você é um cara interessante. – O homem soltou uma risada irônica e finalmente conseguiu trancar o portão deixando Sherlock do lado de fora.

– Pelo menos interfone para Molly. – O moreno seguiu o porteiro até a janelinha de sua cabine repleta de câmeras. – Tenho certeza de que ela irá liberar minha entrada.

O porteiro demorou alguns segundos para atender as ordens do detetive e pegar o interfone.

– Alô? Senhorita Molly? Sou eu Eduardo. Tem um moço aqui que está a sua procura.

"Quem é?"

O coração de Molly gelou, sabia que era Sherlock, havia visto ele a observando da janela da sala de Mariane, mas não queria vê-lo novamente. Estava com vergonha da noite anterior.

– Ele diz ser um tal de...–Olha para Sherlock com uma expressão de nojo. – Sherlock Holmes. Mas nunca o vi por aqui. Devo manda-lo subir?

Molly demorou a responder, não tinha forças para falar. Estava indecisa, por mais que quisesse nunca mais se encontrar com Sherlock, algo mais forte a atraia para ele e tudo que ela mais queria era que ele acariciasse seu rosto novamente assim como na noite anterior.

– Senhorita Molly? Está aí?

"Sim, claro." – falou após voltar de seus pensamentos. – "Éee..." – Sua voz falhou novamente. – "Não o conheço." – quis se atirar de uma ponte quando pronunciou aquelas palavras. – "Desculpe" – Desligou o interfone.

– Hoje não é um dia de sorte para você amigo. – Disse o porteiro rindo para o detetive. – Ela disse que não lhe conhece. Acho melhor ir embora.

Sherlock não entendeu o motivo de Molly dizer aquilo. Sentiu um nó dominar sua garganta e uma tristeza devastar seu coração. Mas como sempre, manteve a pose de ser mais inteligente do mundo.

O moreno deu alguns passos para trás e olhou em direção à janela do apartamento de Molly, havia visto o botão que Molly apertara no elevador, 4° andar, pode deduzir que sua janela era uma onde se encontravam dois vasos de flores, provavelmente dados por Tom, pelo péssimo gosto do enfeite nos vasos e ainda estavam ali por um simples apego da garota.

O Mistério está em SampaOnde histórias criam vida. Descubra agora