13. Arantes de Sá Ribeiro

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Imediatamente os dois se abaixaram, mais tiros estavam sendo desparados em direção a pequena sala. John se arrastou até a Sra. Hudson caída próximo ao sofá enquanto Sherlock apoiava a cabeça da senhora em seu braço.

– Sra. Hudson vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem. – Sherlock dizia para a senhora.

– Foi um tiro de raspão, a bala acertou o sofá. – John amarra um pedaço de pano ao redor do braço da senhora, que agora se encontrava desmaiada com a cabeça apoiada nos braços de Sherlock.

– Por que ela não responde? – O moreno diz eufórico. – Vamos John faça alguma coisa, você é médico.

– Ela desmaiou com o susto. Precisamos de uma ambulância, ela vai ficar bem, mas precisa ir para um lugar que poça oferecer uma estrutura adequada por causa de sua idade.

Sherlock coloca cuidadosamente a cabeça da senhora apoiada em uma almofada que tirara do sofá, vai até a janela após os tiros terem se sessado e ouvir o barulho de sirenes se aproximando.

– Aonde pensa que vai? Podem atirar ainda. Vá chamar a ambulância rápido. – O loiro diz arrumado a posição do corpo desfalecido da senhora e checando seu pulso.

– A munição acabou, não vão mais atirar. – O moreno com muito cuidado para não se cortar com os cacos de vidro espalhados pelo ambiente, chega até a beirada da janela e olha rapidamente para cima e volta sua visão para a rua, em seguida olha para John.

– O que houve?

– A ambulância chegou. – Caminha e vai em direção a porta.

– Como assim chegou? Você nem chamou a ambulância.

– Nem precisávamos. – Chega próximo a porta e retira um pequeno ponto preto que estava colado na maçaneta, em seguida vai até a pequena estande onde estava a TV e retira outro ponto. Ergue as duas mãos e mostra para John.

– O que é isso? Estavam nos espionando? O assassino? – John pergunta confuso com a situação.

– Eu diria... – Sherlock olha para os pequenos aparelhos em sua mão. – Nos monitorando, não são simples câmeras. – Observa mais atentamente. – São câmeras capazes de captar a audição e sensores de calor, mostram quando os níveis de adrenalina do corpo de quem está circulando pelo ambiente estão elevados. Muito interessante, um aparelho inventado pela C.I.A ou algum outro órgão expiatório chamado... Mycroft.

– Como? Mycroft inventou isso?

– Ele não. – O moreno anda até a porta, segura a maçaneta e encara John, escutam-se paços andando pelo corredor do apartamento. – O povo dele.

Antes mesmo que John pudesse tentar questionar outra coisa, Sherlock abriu a porta e dois homens com uniformes de enfermeiros adentraram no apartamento segurando uma maca e indo em direção a Sra. Hudson.

Assim que os homens arrumaram Hudson na maca e seguiram para coloca-la na ambulância um dos enfermeiros se virou para os rapazes.

– Os dois podem acompanhá-la, sendo que um deve ir atrás com ela e outro na frente.

– John você vai com ela. – Sherlock olha fixo para o amigo.

– Ok, pode ser, não tem problema. Quando voltarmos você pode ir atrás com ela.

– Não John. Você vai com ela. – aponta o dedo para o amigo e da ênfase na palavra "você". – Preciso resolver um assunto.

– Mas você é mais próximo dela. Tenha um pouco de amor uma vez na vida pelo menos. Deixe seus crimes de lado e fique do lado da Sra. Hudson. – John disse com uma certa imponência, que mais parecia uma mãe dando ordens a um filho.

O Mistério está em SampaOnde histórias criam vida. Descubra agora