18. Nem tudo é o que parece

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Sherlock puxava Molly desesperadamente, a garota estava quase a ponto de cair no meio da rua com a força que o moreno puxava seu braço. Fato que quase aconteceu, Molly literalmente tropeçara na rua, havia tropeçando em seus pés mas para evitar uma queda, que poderia quebrar seu braço, devido a forma como estava sendo carregada, se atirou contra as costas de Sherlock, que por coincidência ou já deduzindo que aquilo viria a acontecer, soltou rapidamente sua mão do braço da garota, girando abruptamente seu corpo para o lado em que Molly quase se aproximava do chão e agarrou sua cintura, impedindo que seu corpo se colidisse com o asfalto.

– Você não consegue correr? – Sherlock enlaçou seu corpo com os dois braços, ergueu a garota e a pôs em seu colo, para que o andar se tornasse mais rápido.

– Você está indo muito rápido. – Molly falava tentando se segurar no pescoço do moreno para não cair, o que era quase impossível disso acontecer já que os dois braços do moreno prendiam sua cintura e pressionavam seu corpo contra o dele. – O que pensa que está fazendo? Consigo andar sozinha.

– Precisamos ir rápido. Seus pés não conseguem ir na mesma velocidade.

Molly bufou encostando a cabeça no ombro de Sherlock, sentindo os cachos acariciarem suas bochechas, aquele perfume único e o calor do corpo do moreno, que a pressionava com mais força contra seu corpo.

– Virou cavalheiro agora irmãozinho? – Mycroft estava parado na entrada da pequena portinha por onde Sherlock e John entraram da primeira vez que invadiram a Livraria no meio da noite.

– Pare de ser idiota. – Coloca Molly cuidadosamente no chão, passando levemente as mãos por suas costas, provocando um arrepio na garota que acabara de sentir um calor dominar sua face. – Molly não estava conseguindo me acompanhar, precisava ajudar.

– Nunca me pegou no colo quando éramos crianças. – Mycroft encara o irmão. – Sempre me deixava para trás quando corria para brincar com Redbeard.

– Você sempre estava mais preocupado com a comida do que comigo. – Sherlock da meia volta, se aproxima da pequena escada e encara o Holmes mais velho. – Afinal, com esse peso nem um guindaste conseguiria de erguer.

– Falou um viciado em drogas, que sabe muito bem cuidar da saúde.

– MENINOS PAREM? – Molly gritou, encarando os dois Holmes. – Esqueceram do que viemos fazer aqui? – Encara Sherlock enraivecida. – Você que falou tanto que não tínhamos tempo para coisas fúteis, agora está discutindo o peso de seu irmão. – Respira fundo e olha para Sherlock. – Vamos resolver isso, antes que seja tarde demais e eu perca meu espírito de aventureira e volte para casa.

– Você não faria isso. – Sherlock franze o cenho e encara a garota.

– Você dúvida? – Coloca as duas mãos na cintura com uma certa imponência, demonstrando que estava pronta para sair dali quando bem entendesse.

Por um segundo Sherlock pensou o quao absorvido por Molly estava naqueles últimos dias, ela além de ser uma das peças principais no desenvolvimento do caso, estava se tornando uma das pessoas mais importantes de sua vida e não podia pensar em perdê-la, queria a garota sempre ali por perto, ajudando em algo ou até mesmo salvando sua vida e aquela atitude decidida da garota, fez todo seu corpo tremer e o medo de nunca mais vê-la o empalideceu.

– Sherlock você está me ouvindo? – Molly o observava sem entender sua reação. – Está passando mal?

– Deve ter se drogado antes de vir e os efeitos então começando agora. – Mycroft contrapôs.

– Eu estou bem. – Agita rapidamente a cabeça para voltar sua atenção ao caso. – John e Mary já chegaram? – Olha para o mais velho.

– Estão desde a hora que ocorreu seu suposto acidente. Não se preocupe, Mariane não sabe que estão aí.

O Mistério está em SampaOnde histórias criam vida. Descubra agora